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Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010
Cascais Empreendedor...Sem Fronteiras

Quando se tenta imaginar um Ecossistema Empreendedor, a primeira ideia que porventura nos ocorre é Sillicon Valley e todo aquele ambiente onde a teoria e a prática se cruzam para originar novas empresas liderados por aqueles que serão os futuros criadores de riqueza da Economia à escala global.


Todavia, cada vez menos, o Empreendedorismo se revê no conceito de territorialidade ou de fronteira e, cada vez mais, no conceito de oportunidade. Tal significa, que o Empreendedorismo não é de âmbito local, regional ou nacional e, muito menos, apanágio exclusivo dos países mais evoluídos. O Empreendedorismo existe onde existirem condições e valências que potenciem, concretamente, a captação de talento e criatividade, e apoiem o lançamento de empresas inovadoras capazes de oferecer novos produtos e serviços ao mercado mundial. O Concelho de Cascais, graças à dinâmica empreendedora da Agência Municipal DNA tem vindo a tornar-se uma referência inequívoca daquilo que de melhor se tem feito na área do Empreendedorismo em Portugal.


Desde os Concursos Escolas Empreendedoras e Ideias de Negócios, à criação de um ninho de empresas, sem esquecer o Clube de Business Angels, muitas têm sido as iniciativas que justificam a existência, neste Concelho, de uma verdadeira plataforma que potencia a interacção constante entre investigação, desenvolvimento, negócios, Capital de Risco e Empreendedores. Graças à visão e à capacidade dinamizadora do Presidente da DNA e Vice-Presidente da CMC, Dr. Carlos Carreiras, Cascais tem hoje um verdadeiro Ecossistema Empreendedor que já acolheu 250 projectos e potenciou a criação de 82 novas empresas geradoras de 260 postos de trabalho. E, tudo isto, porque se conseguiu criar, à semelhança do que é feito noutros pontos do Mundo, um ambiente propício ao lançamento daqueles que são o activo mais valioso de qualquer sociedade, dando-lhes a oportunidade de abrir a porta a ideias sem fim para o futuro de todos nós.

 

Francisco Banha

Presidente do Grupo Gesbanha

 

www.gesbanha.pt

 

(Artigo de Opinião publicado na Revista "Atitude", em Janeiro de 2010)
 



publicado por Francisco Banha às 01:39
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Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2009
Artigo de Opinião no SOL : “Universidades Empreendedoras”

 

A convite do Semanário SOL- que está já hoje nas bancas- escrevi um artigo de opinião sobre as Universidades e o Empreendedorismo. Partilho o artigo, na íntegra, consigo.

Votos de um ano de 2010 cheio de SOL, empreendedorismo e muitos e bons artigos!


Universidades Empreendedoras

 

Nesta Era em que vivemos de profundas transformações económicas e sociais, ditadas pelo fenómeno da Globalização e pelo desenvolvimento exponencial da Sociedade do Conhecimento, creio não existir atributo organizacional mais importante que o poder de adaptação.

Uma Organização que seja capaz de se adaptar à mudança é uma Organização proactiva nas respostas às necessidades emergentes e, consequentemente, capaz de garantir a redefinição contínua das expectativas de quem pretenda adquirir no futuro os seus bens e serviços.

Apenas as empresas dinâmicas estarão em condições de explorar novos horizontes que lhes permitam a obtenção de vantagens competitivas, nomeadamente o talento e a capacidade de diferenciação. E esse patamar de novos horizontes apenas estará ao alcance de uma nova geração de quadros empresariais capaz de criar modelos de desenvolvimento económico que respondam às exigências ditadas pelo Mercado.

Tal como noutras épocas do nosso processo histórico, este contexto de mudança de paradigmas impõe que se evolua de uma Sociedade assente num modelo organizacional estático e hierarquizado para uma Sociedade assente num modelo que permita, a cada indivíduo, criar o seu próprio futuro, potenciando o espírito de iniciativa, a criatividade, a capacidade de detectar e aproveitar oportunidades, de assumir o risco e de formar decisões. Uma Sociedade que invista na Educação do Empreendedorismo, enquanto premissa essencial para o sucesso na actividade empresarial, a melhoria da competitividade da economia e o incremento da riqueza gerada no país.

É precisamente neste contexto que cabe às Universidades um papel fundamental na formação de indivíduos capazes de criar riqueza, através da dinamização de empresas e, consequentemente, da criação de emprego.

Somente as Universidades que assumam a mudança de paradigma pedagógico sustentada numa Educação empreendedora poderão assegurar a preparação intelectual das futuras gerações para os novos modelos organizacionais impostos por uma Sociedade em profunda mudança, na qual os indivíduos deverão estar aptos a desenvolver os seus próprios modelos negócios gerados a partir do conhecimento induzido pelas próprias Universidades.

A prestação de contas mais importante a que uma Universidade está obrigada é com o futuro. E, para isso, deverá proporcionar aos jovens que hoje ensina uma Educação superior que lhes permita antecipar o futuro antes mesmo deste se transformar em realidade.



publicado por Francisco Banha às 12:04
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Segunda-feira, 24 de Agosto de 2009
Capital de Risco Universitário

Tem-se vindo a reconhecer, gradualmente, a necessidade de fomentar e melhorar em Portugal o binómio Universidade/Empresa, tendo em conta o grande fosso ainda existente entre o conhecimento cientifico que as Universidades geram e a transformação desse mesmo conhecimento em oportunidades imediatas para se comercializar novos produtos e serviços capazes de alcançar diferenciação no mercado.

No entanto, apesar de há muito se encontrar traçado o "diagnóstico" o certo é que a "terapêutica" continua por iniciar. Isto porque, inexplicavelmente, continuam por criar mecanismos financeiros que permitam operacionalizar esse cruzamento de interesses entre o mundo das empresas e as Universidades, tendo em conta que algures no meio haverá um encontro feliz, a bem da competitividade a longo prazo das empresas e da Economia.

E o mecanismo financeiro que se afigura mais idóneo para transformar I&D produzido pelas Universidades em Inovação empresarial será a criação de Fundos Universitários "Seed Capital", com o envolvimento concertado do Estado, Universidades, SCR, FCR, Business Angels, Incubadoras, Parques Tecnológicos e outras entidades privadas, através dos quais sejam canalizadas para as Universidades verbas e conhecimento empresarial que permitam converter o fluxo fértil de ideias e inovações em novos negócios, criando, assim, condições para diminuir o efeito "vale da morte" a que se encontram sujeitas muitas inovações promissoras mas que nunca chegam a alcançar o mercado.

E esta realidade já há muito se encontra perfilhada por outros países. Inglaterra representa um excelente exemplo, na medida em que, desde 1998 - data em que foi criado o 1º University Challenge Competition, com uma verba inicial de 64 milhões de Euros, 37 Universidades envolvidas e 81 investimentos efectuados - tem utilizado o capital de risco no financiamento de projectos universitários com aplicabilidade empresarial como o demonstram os investimentos efectuados na Solexa (adquirida pela Ilumina Inc (NASDAQ: ILMN)), Smart Holograms, Daniolabs, Bluegnome, Genapta, CellCentric, Lumora e a Psynova.

Outro exemplo clarificador do processo de ligação da comunidade financeira e empresarial às Universidades, foi dado pelo Estado de Oregon, nos EUA, o qual, em 2007, criou a figura do "University Venture Development Fund", constituído por cada uma das 8 Universidades a actuar ao nível das áreas da Ciência e Investigação, com uma dotação total de $14 milhões, repartida por cada uma delas de acordo com o seu respectivo grau de envolvimento. Esta iniciativa, foi lançada através de um Programa de Incentivos Fiscais aplicável a pessoas singulares e empresas decididas a apoiar iniciativas universitárias de I&D, tendo em vista a criação de comunidades dinâmicas capazes de transformar as descobertas de hoje nos negócios de amanhã. Também as parcerias, Governo - Universidade - Indústria - estabelecidas no âmbito do referido Fundo focalizaram-se nas iniciativas de investigação, educação empreendedora e transferência de tecnologia, tendo em vista assegurar a transposição das melhores ideias geradas nas Universidades para o mercado, a bem da Economia e do bem estar Social.

Os exemplos citados, aos quais se poderiam somar tantos outros, como os "Cambridge Enterprise Seed Funds", mostram que não basta reconhecer, tal como tem vindo a ocorrer sistematicamente no nosso país, o importante papel que as Universidades podem desempenhar no desenvolvimento sustentado da Inovação empresarial, pois mais importante do que isso é possibilitar, sem mais demoras, o acesso directo das Universidades a fundos de capital semente com vista à criação de empresas inteligentes resultantes das inovações disruptivas detectadas no seio universitário. Para tal, dos responsáveis políticos espera-se uma nova visão capaz de reconhecer que os activos valiosos que as nossas Universidades representam são determinantes para o crescimento das nossas Indústrias de Inovação, e bem assim, que a criação de Fundos de Capital de Risco Universitários podem abrir a porta a ideias de vanguarda, novas tecnologias e oportunidades sem fim para o futuro de todos nós.
 



publicado por Francisco Banha às 12:32
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