source: FastCoDesign
Web volta a gerar firmas valiosas, mesmo sem receita
by Pui-Wing Tam
source: The Wall Street Journal
in Zwela Angola, 23/09/2010
«O índice da bolsa Nasdaq, forte em ações de tecnologia, está relativamente estagnado este ano. Mas o valor de empresas de informática está subindo bastante em outra área: as firmas da internet voltadas ao usuário final e que têm capital fechado.
Investidores de capital de risco e outros estão elevando as avaliações dessas empresas iniciantes, especialmente as que conseguem atrair um bom número de internautas. Num eco da bolha das empresas pontocom, alguns investidores também estão atribuindo avaliações generosas a empresas da internet que não têm faturamento e mal lançaram um produto.
Entre elas está o site de perguntas e respostas Quora Inc., que captou em março cerca de US$ 14 milhões e foi avaliado em cerca de US$ 87,5 milhões, disseram pessoas a par da questão. A empresa, sediada em Palo Alto, Califórnia, só lançou seu serviço em junho e ainda não informou como planeja gerar receita.
Outra empresa, a Blippy Inc., que permite às pessoas compartilhar e discutir compras feitas na internet, captou US$ 11 milhões e foi avaliada em US$ 46 milhões este ano. Em junho, a empresa de localização via celular Foursquare conseguiu US$ 20 milhões e foi avaliada em US$ 95 milhões, ante um valor de mercado de US$ 6 milhões obtido menos de um ano antes, disse uma pessoa a par da situação.
A valoração das empresas de capital fechado geralmente é nada mais que um exercício de adivinhação. Mas o aquecimento no segmento de empresas de serviços para usuários mostra como algumas áreas da incubadora de empresas que é o Vale do Silício começam a se recuperar. O processo já dava os primeiros sinais ano passado, quando o Twitter Inc. foi avaliado em US$ 1 bilhão durante uma rodada de captação de recursos, ante US$ 95 milhões em meados de 2008, quando realizou outra rodada de financiamento, segundo a firma de pesquisa de mercado VentureSource, subsidiária da dona do Wall Street Journal, a News Corp.
Alguns investidores temem que o aquecimento seja um sinal de que o mundo da web voltou à era do exagero. Isso pode criar expectativas falsamente positivas quanto ao desempenho de uma empresa, pressionando empreendedores e investidores a se arriscar para poder cumprir essas expectativas. Muitos investidores podem não recuperar seus recursos, especialmente com a relativa falta de receptividade das bolsas às aberturas de capital nos últimos anos.
"Toda vez que a avaliação de uma empresa aumenta, você está fazendo uma promessa implícita que tem de cumprir, e esse é o grande desafio", disse Matt MacInnis, diretor-presidente da Inkling, uma empresa novata de San Francisco especializada em livros didáticos interativos. A Inkling anunciou no mês passado mais uma rodada de captação conduzida pela firma de capital de risco Sequoia Capital, que elevou sua estimativa de valor para dezenas de milhões de dólares, disse MacInnis. "Agora é problema do empreendedor marcar um golaço ou fracassar", disse ele.
O valor crescente dessas empresas é refletido pelo mercado secundário, em que os investidores negociam fatias de empresas de capital fechado, como o site de relacionamento social Facebook Inc. No SecondMarket, que opera uma bolsa em que investidores podem negociar fatias de empresas iniciantes, a cotação das seis empresas mais procuradas — quatro delas são sites de serviços a consumidores finais — subiu em média 39% entre janeiro e agosto, segundo a empresa.
Por outro lado, o índice Nasdaq — que conta com gigantes da tecnologia de capital aberto como Apple Inc. e Intel Corp. — subiu apenas 2,9% este ano, até ontem.
"Há um grande desligamento entre o mercado aberto e o fechado", disse Saar Gur, investidor de capital de risco da Charles River Ventures que aplicou na Blippy.
Embora a supervalorização de empresas de internet com propostas empolgantes não ser nada novo, a velocidade com que esses valores subiram acelerou, disseram investidores de empresas novatas do Vale do Silício. Impulsionadas pela escala crescente da internet, as empresas da web podem decolar mais rapidamente se conseguirem conquistar usuários. Isso faz com que o valor delas cresça com mais velocidade do que antes, enquanto capitalistas de risco e outros investidores brigam por uma fatia dessa expansão.
O site de descontos Groupon Inc., por exemplo, foi fundado em 2008 e rapidamente começou a atrair pessoas interessadas em seus cupons de descontos em lojas do bairro do usuário. Em abril, quando recebeu uma injeção de US$ 135 milhões da firma russa de investimento Digital Sky Technologies Ltd. e da firma de capital de risco Battery Ventures, a Groupon passou a ser avaliada em US$ 1,35 bilhão.
"Antes, as pessoas não esperavam que o crescimento fosse tão rápido assim", disse a capitalista de risco Patricia Nakache, da Trinity Ventures.
Como as firmas de internet são relativamente baratas de abrir — só precisam alguns funcionários e computadores —, muitos empreendedores ainda não precisam de montanhas de dinheiro quando os investidores começam a telefonar, disse um dos fundadores da Blippy, Philip Kaplan.»
Artigo de Guilherme Vital in Vende-se Idéia 17/03/2010
« O que têm em comum a Apple Computers, a Amazon.com, a Hewlett Packard e a Disney? Steve Wozniak e Steve Jobs, fundadores da Apple, Jeff Bezos, da Amazon.com, David Packard e William Hewlett, da Hewlett-Packard Co., iniciaram o seu negócio numa garagem. Como disse um dos gurus do Silicon-Valley, Guy Kawasaki, a garagem “é um estado de alma” e “uma rejeição do status quo”. Eles não precisaram de um escritório luxuoso para estrear a sua empresa. [...]
A ideia partiu do Dr. Frederick Terman, um professor de Stanford que encorajou os seus estudantes a criar start-ups. Os primeiros a seguir os seus conselhos foram William R. Hewlett e David Packard, que criaram seu negócio numa garagem. [...]
Provavelmente, as políticas que existem para promover o empreendedorismo estão erradas. Talvez os subsídios e o capital para start-ups que existem sejam a via errada. É tempo de pensar em construir garagens. E se eu compreendi alguma coisa de como isso funciona em alguns países, o próximo passo seria criar um “Observatório de Garagens”. »
«Numa altura em que se debate na Europa a forma de criar ‘clusters' de inovação capazes de competir à escala global, Steve Lewis apresenta na World Investment Conference o projecto de criação do Silicon Valley português, o PlanIT Valley. Com um investimento anunciado que ultrapassará os 10 mil milhões de euros, deve ser visto com o optimismo próprio de algo que se propõe revolucionar a dinâmica de inovação portuguesa, mas também com o olhar crítico dos projectos que se pretendem bem sucedidos.
[...]
Replicar a dinâmica que se vê no maior pólo de inovação tecnológica dos EUA, tem sido uma estratégia transversal na Europa, mas é ainda uma ciência em desenvolvimento. Espalhados pela Europa, existem cerca de 2000 ‘clusters' com uma missão não muito distinta do PlanIT Valley - ‘to be the world's premier center of sustainable community innovation and research' - e, no entanto, notícias de ‘start-ups' de sucesso não abundam no velho continente.»
artigo completo in Diário Económico 8/06/09
Quando se fala de Silicon Valley é normal designar-se o mesmo não só de uma localização geográfica mas tambem de um estado de espirito que se pode traduzir em duas vertentes:
» lugar onde a intensidade do desejo de ganhar dinheiro dificilmente poderá ser mais exagerado mas também o
» lugar onde a intensidade do desejo de "deixar uma marca no mundo" assume contornos mais significativos.
Com efeito foi em 1989 que a California Landmarks Commission designou a garagem em que William Hewlett e David Packard fundaram a Hewlett Packard, em 1938, como o berço de Silicon Valley, mais concretamente o número 367 da Avenida Addison em Palo Alto.
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