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Quinta-feira, 16 de Junho de 2011
Uma nova bolha na Internet?

Na edição de hoje do Diário Económico e a pedido da Jornalista Sara Mota emiti a minha opinião sobre os recentes IPO de empresas que desenvolvem negócios assentes na Internet e em particular nas Redes Sociais que não podia deixar de partilhar convosco. Aguardo os vossos sempre proactivos comentários:

Há uns dias recebi através das redes sociais um jogo onde todos nós podemos brincar aos investidores de capital de risco. Enquanto bolhas flutuam, podemos atirar notas e vê-las aumentar, diminuir ou rebentar. No final, todas rebentam.

O jogo, que não é mais do que uma peça de humor, não representa o sector de capital de risco mas está lá perto. Os que investem, sejam eles business angels ou fundos de capital de risco, sabem que há um grande risco em cada operação que se faz. Dizem as estatísticas que por cada 10 investimentos, um torna-se um sucesso e gera um retorno de 1000%, 3,5 ficam assim-assim e geram o retorno integral do capital até 5 vezes e os restantes investimentos - 5,5 “rebentam” e só geram prejuízo. A média, porém, situa-se nos 120% obtidos num período de 3,6 anos, a acreditar nos dados publicados pela NESTA no mercado britânico.

O IPO do LinkedIn é considerado uma das primeiras grandes entradas no mercado aberto de capitais por uma rede social (seguiu-se por exemplo à rede de partilha de carros Zipcar em Abril). Em Junho o Groupon iniciou o processo para um IPO que se estima possa vir a público por $1000 milhões, representando uma hipotética valorização da empresa nos $20.000 milhões. Redes como o Facebook e Twitter entre muitas outras, permanecem na esfera da especulação com investimentos sucessivos de capital de risco que compram e vendem as suas participações com base em expectativas futuras de rendimento - acrescento que o Facebook e o Twitter estão avaliados no mercado secundário em $76.000 milhões (mais do que a Boing ou a Ford) e $7.700 milhões, respectivamente).

Apesar de ter consciência que a realidade actual é bem diferente da registada em 2000- altura em que conhecemos a “bolha internet”- uma vez que o mercado está muito mais consolidado, não só ao nível das infra-estruturas com velocidades de acesso muito superiores e maior penetração da internet, como à tendência para mais compras de produtos e serviços online, área em que as redes sociais ainda têm muito espaço para crescer.

Receio, no entanto, que os investidores - business angels e fundos de capital de risco - seguindo-se uns após outros a investir nas mesmas empresas, competindo entre eles e não competindo pelos negócios “menos consensuais” (descurando até o due diligence), criem uma espiral de especulação que pode resultar numa bolha, talvez não de um Facebook que vai dando cartas mas de outras redes menos consistentes.

Preocupa-me em particular o efeito que uma bolha terá sobre os business angels e por isso insisto na recomendação: procurar negócios não consensuais, em sectores não consensuais, onde seja mais provável encontrar as futuras “stars” de grande valorização.



publicado por Francisco Banha às 12:38
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Segunda-feira, 14 de Março de 2011
Redes sociais: o que realmente muda para as empresas?

Partilho a reflexão do jornalista e blogger brasileiro Cleyton Torres no site "Ponto Marketing", sobre a mudança que as redes sociais digitais trouxaram às empresas. O que mudou, afinal, na actuação das empresas devido às redes sociais? O autor salienta duas mudanças essenciais: a informação, além de frenética, passou a ser produzida por qualquer pessoa; a opinião do cliente/ consumidor, passou, em muitos casos, a ser mais importante que a marca em questão.

De facto, independentemente das opiniões, as redes sociais mudaram a forma como as empresas comunicam, permitindo-lhes alcançar públicos que, até então, não tinham sido explorados.

"Temas delicados ou polêmicos geralmente são os mais interessantes para se trabalhar quando o assunto é mídia digital. Ninguém gosta de opositores, rebeldes, anarquistas ou críticos quanto às redes e mídias sociais. Mas, de fato, e deixando o burburinho de lado, o que realmente mudou no modo de agir das empresas com todas essas parafernálias digitais sociais?" (…)

Continue a sua leitura em PontoMarketing



publicado por Francisco Banha às 12:08
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Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010
Redes Sociais, Inovação e Empreendedorismo na Era Digital

 

Partilho com os seguidores deste blog o vídeo de Gil Giardelli (na foto), especialista brasileiro de comunicação digital, Ceo da Gaia Creative e especializado em Internet and Mass Communication pela King’s College of London.

 

Segundo o Instituto Endeavor brasileiro, mais de 52% dos consumidores nas redes sociais já interagiram com marcas e empresas, enquanto que 80% das pessoas confiam em recomendações dos amigos. Neste cenário, as perguntas recorrentes – principalmente entre pequenos e médios empresários - são: “Quando é que a minha empresa deve participar nas redes sociais e qual informação que irá nelas partilhar? Quais estratégias são mais eficazes para a comunicação online com meu público-alvo?”

 

Quer nos agrade ou não, a verdade é que as redes sociais marcam a presença online da empresa como uma agregadora de negócios, sendo necessário saber como elaborar estratégias que possam promover um relacionamento mais próximo com os consumidores, ampliar a possibilidade de torná-los embaixadores da nossa marca de forma positiva e encontrar novas oportunidades de negócio.

 

Vídeo disponível em http://www.endeavor.org.br/videoteca/redes-sociais-inovacao-e-empreendedorismo-na-era-digital

 



publicado por Francisco Banha às 11:25
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Terça-feira, 24 de Agosto de 2010
Como calcular o ROI nas redes sociais digitais

 

Investimos na presença das nossas empresas nas redes sociais, mas como poderemos medir o ROI- Return on Investment? Existe agora uma panóplia de instrumentos gratuitos que nos permitem medir o ROI, medindo o tráfego, vendas e o ranking de SEO- Search Engine Optimization.

Talvez a primeira questão que nos devemos colocar seja porque motivo é que queremos ter presença nos media sociais. Se a resposta estiver relacionada com a nossa marca, com o desenvolvimento de fiéis seguidores, devemos apostar nestes novos instrumentos de comunicação. A moeda de troca das redes sociais encontra-se nas relações estabelecidas e nos conteúdos.

 

O Facebook, por exemplo, permite-nos fazer uma página da nossa empresa, com conteúdo, vídeos, posts, ou seja, é um excelente meio para a construção de um “clube de fãs” online.

 

Se quisermos saber quem fala de nós, os alertas do Google serão o ideal ou mesmo o Twitter Search. Com o instrumento Tweetdeck será possível sabermos quando é que a concorrência digita o nome da nossa empresa. Podemos ainda fazer pesquisas em blogs ou em sites como o Technorati.

 

Caso exista uma necessidade premente de mensurar os resultados destes investimento, tendo em conta os objectivos da empresa, aconselho fortemente a leitura do artigo de Starr Hall, onde são indicados vários instrumentos (sem custos) para a medição do ROI.

 

Leia o artigo em: http://www.entrepreneur.com/article/217219?cm_mmc=SocialMedia-_-Twitter-_-Article-_-Main



publicado por Francisco Banha às 10:25
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Quarta-feira, 28 de Julho de 2010
Pequena livraria local sai da crise com ajuda das redes sociais

 

A Broadway Books, em Portland, E.U.A., estava prestes a fechar as portas, vítima da crise económica americana. Até que o Twitter e a blogosfera surgiram em seu socorro, provando que as novas tecnologias podem, sim, resgatar velhos modelos de negócio.

 

Em Janeiro de 2009, a crise económica mostrava sua face mais opressiva. Por toda parte, o que se via eram negócios fechando as portas e funcionários antigos perdendo seus empregos. Era um fim de tarde quando parei na livraria do meu bairro em Portland, estado de Oregon, para comprar alguns livros que minha mulher precisava para um curso. Eu era o único cliente. O silêncio parecia assustador. "Como vão as coisas?", perguntei à proprietária, Roberta Dyer (na foto), enquanto ela recebia o meu pagamento. Eu era um cliente habitual da Broadway Books havia mais de uma década, mas há meses que não entrava na loja. Roberta fez uma pausa antes de responder, e imaginei o pior. "Nosso ano foi péssimo", admitiu. "Mas, em dezembro, aconteceu um milagre."


Há 17 anos, Roberta enfrentava com coragem o desafio de manter a loja aberta, mesmo diante da concorrência de franshisings e das livrarias on-line. Nunca pensei nela como alguém que acreditasse em milagres. Por isso, ao ouvir sua resposta, imaginei que ela ainda estivesse abalada pelos factos do ano anterior. Qualquer que fosse o golpe de sorte que havia salvo a livraria - uma herança de família, uma doação de um cliente ou outro facto inesperado - , o mais provável era que ainda estivesse muito emocionada para pensar claramente.


Eu estava enganado. A história que ela me contou a seguir era absolutamente surpreendente. Não é todo dia que as novas tecnologias, consideradas as destruidoras das antigas tradições, colaboram para manter de pé dois pilares da velha cultura - os livros e a tradicional loja de bairro, comandada pelo dono. Mas não era só isso. O que eu ouvi de Roberta Dyer era uma história sobre uma mãe e um filho que se ligaram, apesar de sua diferença de gerações; sobre blogs, burritos e tempestades de neve; e sobre o poder de resistência quase místico das pequenas empresas locais. Só o céptico mais insensível não chamaria aquilo de milagre.


Tudo começou na manhã de 8 de Dezembro de 2008, durante a temporada de compras do fim de ano, quando a Broadway Books normalmente alcança 25% de suas vendas anuais. Sentada atrás do balcão de sua livraria vazia, cercada de pilhas de livros não vendidos, Roberta percebeu que a sua facturação estava prestes a desabar. Ela havia aberto a livraria em 1992, depois de passar duas décadas a trabalhar para uma loja de departamentos. Quando eu me mudei para o bairro, no ano seguinte, a Broadway Books já estava estabelecida. Era para lá que os moradores do bairro se dirigiam quando queriam encontrar um bom livro.


Foi assim até Setembro do ano passado. Mas aí tudo mudou. "Comecei a ver um olhar triste nas pessoas", lembra Roberta. "Era como se elas tivessem perdido a fé nas coisas mais básicas. Ninguém comprava mais nada nas lojas do bairro." Os meses de Outubro e Novembro foram igualmente sombrios. Diante dos maus resultados do início do Dezembro, Roberta começou a perder a fé: talvez fosse mesmo hora de fechar as portas. Antes de tomar qualquer decisão, porém, decidiu ligar para o filho. Precisava de lhe dizer que não encontrara aquele livro de música encomendado havia alguns meses. Mas, acima de tudo, precisava ouvir a voz do único filho. Aaron Durand, de 28 anos, estava no seu trabalho, numa empresa de calçados Birkenstock USA em Novato, na Califórnia, quando recebeu a chamada.


"Não consegui aquele livro para ti", disse ela. "Tudo bem", respondeu o filho. "Não tenho pressa." Ela insistiu. "Não entendeste, eu não te posso ajudar. Os meus distribuidores não trabalham com essa editora. Vais ter de entrar on-line, procurar e encomendar o livro." Estranhando o tom desanimado da mãe, Aaron perguntou: "Está tudo bem contigo?". Ela disse apenas: "Sinto muito, filho, não posso te ajudar". Indignado, Aaron mandou um email para o pai. "O que está a acontecer com a mãe?" Foi David Durand quem deu a notícia ao filho: a Broadway Books ia fechar suas portas.


Aaron ficou atónito. Ele tinha 12 anos quando sua mãe abriu a loja. Roberta era tão dedicada à livraria que a família costumava dizer que a mesma era sua filha. Perde-la seria um golpe terrível. Sem pensar, Aaron ligou o seu portátil, entrou na sua página no Twitter e começou a digitar: "Se estiver em Portland, pode-me fazer um favor? Compre um livro na Broadway Books. Não, espere, compre 3...". Aaron costumava entrar no Twitter para contar aos amigos que música estava a ouvir ou para trocar ideias sobre minigolfe. Mas, naquele momento, as palavras vieram com mais força. Aaron teve uma inspiração, e completou: "...e eu pagarei um burrito da próxima vez que for à cidade", digitou.


Aaron e os seus amigos usavam burritos (o famoso prato mexicano) como código. Era mais simpático dizer: "Eu pago-te um burrito", do que: "Eu devo-te 5 dólares". Ele não sabia por que havia associado os burritos às dificuldades vividas pela sua mãe, mas gostou do resultado final.

 

Depois, decidiu que seu o blog, chamado Everydaydude, também precisava de entrar nessa batalha. O site recebia pouco mais de 20 acessos por mês, mas ainda era a melhor ferramenta que ele tinha à disposição. Naquele dia, escreveu: "A loucura que é a nossa situação económica não me estava a incomodar. O dono da empresa onde eu trabalho havia dito que não ia despedir ninguém. Não tenho acções, nem sequer sei como comprá-las. Vivo um dia de cada vez e gosto que seja assim. Então, foi preciso levar um soco na cara para acordar. Isto aconteceu comigo ontem, e eu despertei."


Aaron continuou a digitar, contando a história da mãe e explicando a importância da Broadway Books, tanto para a comunidade de Portland quanto para Roberta. Contou como havia descoberto que a loja estava em dificuldades. Confessou que quase havia chorado, mas disse que o desespero havia sido substituído pela raiva, e finalmente por uma decisão. "Então, vai ser assim. Vou estar em Portland de 15 a 19 de Janeiro de 2009. Encontrem-me no Cha Cha Cha, no dia 16 de Janeiro, às seis da tarde. Se tiver um recibo da Broadway Books com um valor superior a US$ 50, eu pagarei um burrito. Passe esta mensagem. Ganhe um burrito grátis! Apoie as empresas locais! Saia da internet!" Aaron fez uma pausa. Ele não era um escritor, mas sabia que seu texto precisava de um final atraente. "As dificuldades económicas vão acabar. Se acha  impossível, tente ver as coisas com mais optimismo. Esta é uma virtude que aprendi com a minha mãe."


Depois de postar esta mensagem no seu blog, Aaron voltou ao Twitter com a finalidade de colocar um link para o seu texto no blog. O seu raciocínio era simples: mesmo que apenas algumas pessoas comprassem na livraria, pelo menos seria um reforço psicológico para sua mãe. Ao entrar no Twitter, viu que sua mensagem havia sido retransmitida por um amigo de Portland. Depois disso, outros amigos "retwitaram" o texto. No total, a mensagem foi repassada 30 vezes.


JOGADA DE MESTRE


A PROMESSA...
No dia 10 de dezembro, Aaron Durand prometeu pagar um burrito a todas as pessoas que comparecessem ao restaurante Cha Cha Cha, em Portland, no dia 16 de janeiro, com um recibo da livraria Broadway Books de mais de US$ 50.

 

A COBRANÇA...
No dia 16 de janeiro, diante de uma equipe de televisão local, Aaron e sua mãe pagaram 80 burritos e o restaurante bancou mais 40 para todos que compareceram. Algumas pessoas, porém, fizeram questão de pagar a própria conta.


Nos três dias seguintes, o blog Everydaydude recebeu três vezes mais visitantes do que o total dos dois meses anteriores. Amigos contaram a Aaron que haviam recebido emails de estranhos com um link para o seu blog. Nos escritórios da Nike e da Adidas em Portland, o texto de Aaron foi parar ao email de alguns funcionários, que o retransmitiram para toda a empresa. Na agência de publicidade Wieden+Kennedy, em Portland, Jeff Selis, um antigo cliente da Broadway Books, recebeu um email com um link para o blog de Aaron. Selis repassou a mensagem para toda a empresa. Em resumo: o pedido sincero de Aaron tornou-se viral. Quem estava com nenhuma fé nesta história era sua mãe. "Eu não sabia se era a favor daquilo tudo", diz Roberta. "Fiquei comovida com a atitude do meu filho, mas estava muito abalada com a situação da loja."


Um dia depois da publicação do texto no blog, a Broadway Books teve 12 vendas a mais que na mesma data no ano anterior. O crescimento manteve-se nos cinco dias seguintes. Em vez dos clientes habituais da loja, geralmente de meia-idade, os novos clientes tinham 20 ou 30 anos: eram jovens designers de calçado da Nike e da Adidas; pessoas que usavam gorros, phones, bicicletas. Todas compraram pelo menos três ou quatro livros - ou seja, estavam a atender ao apelo de Aaron. Roberta assistia àquilo tudo com surpresa e gratidão, mas não tinha esperança de que as coisas fossem realmente mudar. Assim que a neve chegar, pensou, os clientes vão desaparecer de novo. A primeira tempestade de neve do ano aconteceu na segunda-feira, 15 de Dezembro. O ar adquiriu um tom cinzento, um vento ártico soprou e o gelo partiu ramos de árvores e fez ruir cabos de electricidade. Ao ver as ruas cobertas de neve, Roberta teve certeza de que a festa havia acabado. Mal sabia ela que estava apenas a começar.


OS TWEETS QUE SALVARAM A LIVRARIA
Se estiver em Portland, pode-me fazer um favor? Compre um livro na Broadway Books. Não, espere, compre três e eu pagarei um burrito
10:42 AM, Dec 10th, 2008 from web
Apoie a sua livraria local. Em Portland, isto significa Broadway Books
12:54 PM Dec 10th, 2008 from web
@betsywhim Uau! Muito obrigado. As respostas que tive para este post foram muitas e incríveis. Nunca esperei tudo isto
7:45 PM Dec 11th, 2008 from web in reply to portlandmercury
Leia no meu blog: A loucura que é a nossa actual situação económica… http://tinyurl.com/5vs5oz
7:18 AM December 12th, 2008 from web


"Eu pensei que meus amigos leriam o blog e comprariam alguns livros. Não imaginava esta reacção", afirmou Aaron Durand, filho de Roberta Dyer, proprietária da Broadway Books.


Em busca de histórias com espírito Natalício, os media de Portland decidiram apostar na história emocionante que envolvia livros, blogs e burritos. Um artigo sobre a batalha quixotesca de Aaron para salvar a livraria da mãe foi publicado na edição on-line de um jornal semanal. Uma afiliada de uma rede de TV produziu uma peça para o noticiário noturno. Enquanto isso, a neve cada vez mais alta impedia que os camiões entregassem as encomendas da Amazon e de outras livrarias on-line. Conduzir era impossível, mas o Natal aproximava-se e as pessoas precisavam de comprar. Foi aí que os habitantes de Portland caíram em si: por que não fazer a coisa certa e ir até a livraria do bairro?


Enquanto tudo isto acontecia, Aaron Durand, o autor da magia, acompanhava o movimento de longe. "Fiquei surpreso com a reacção das pessoas", diz. "Achei que os meus amigos leriam meu blog, e talvez uns poucos comprassem alguns livros. Jamais imaginei que minha mensagem atingiria tantas pessoas." Ao fechar as contas de Dezembro, Roberta percebeu que o impossível havia acontecido: ela havia vendido 7% a mais do que no ano anterior. Mais do que isso: Dezembro de 2008 ficaria para a história como o melhor mês de vendas da Broadway Books de todos os tempos. "Ganhei o ano", diz Roberta. "Paguei todas as contas e ainda entrei no ano novo com folga para respirar."


Agora, só faltava Aaron cumprir o acordo que havia feito com a blogosfera e pagar um número desconhecido de burritos para todos que aparecessem no Cha Cha Cha, em Portland.  No dia 16 de Janeiro, uma equipa de televisão compareceu no local para registar o grande evento. Aaron e sua mãe pagaram 80 burritos e o restaurante preparou mais 40. As presenças não foram muitas, mas foram entusiásticas: eram principalmente amigos de Aaron e dos seus pais. A maioria dos convidados não fez questão de comer de graça, apenas participou na festa. E a equipa televisiva conseguiu uma peça comovente para o jornal da noite.


Terminadas as férias, o filho de Roberta Dyer voltou para São Francisco, na Califórnia, e retomou o seu trabalho na Birkenstock USA, em Novato. Na sua primeira manhã de regresso, Aaron foi chamado ao escritório do presidente da empresa. "Pensei que ele me fosse despedir, porque eu havia gasto demasiado tempo no projeto da Broadway Books, quando deveria estar a trabalhar", diz Aaron. "Em vez disto, ele deu-me os parabéns e disse-me que tinha ficado impressionado com a maneira criativa como eu usei as redes sociais. Depois, deu-me um aumento e promoveu-me para o departamento de marketing da empresa."


Um mês depois da minha primeira visita, em Fevereiro de 2009, retornei à Broadway Books. A livraria estava silenciosa. Um casal de meia-idade parou para conversar e verificar os novos lançamentos de livros, mas saiu sem comprar nada. "É assim que são as manhãs", disse-me Roberta. "Os negócios melhoram à tarde e durante o fim de semana. Domingo é nosso dia mais movimentado." Depois de uma breve pausa, ela continuou: "É claro que o que aconteceu em Dezembro não salvou a livraria a longo prazo. A reação do público ao blog de Aaron foi uma coisa isolada, e só funcionou porque não foi forçada ou premeditada. Mas serviu para lembrar às pessoas a importância das lojas de bairro. Serviu para lembrar a todos que o lugar onde se compram os livros é importante. Por falar nisto, o que está a ler?". Infelizmente, tudo o que havia lido nos últimos meses era a secção de desporto do jornal, respondi. "Venha comigo", ela disse, com um brilho nos olhos. "Acho que tenho uma coisinha aqui que você vai gostar."


MILAGRE NA RUA PORTLAND


A QUEDA...
Entre setembro e novembro de 2008, Roberta Dyer viu o seu negócio chegar ao fundo do poço. Com as vendas em baixa e a livraria deserta, só restava à empresária fechar a Broadway Books

 

O SALTO...
Depois que a livraria virou notícia na internet, os clientes voltaram com força total. Em dezembro de 2008, vendeu 7% a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Foi o melhor mês de vendas na história da loja


Por John Brant, da INC, extraído da Revista PEGN

 

 

 



publicado por Francisco Banha às 10:40
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Quarta-feira, 7 de Julho de 2010
Tempo dedicado a redes sociais subiu 23,9%

Tenho afirmado e defendido neste blog o potencial das redes sociais, como meio privilegiado de comunicação entre pessoas, empresas e consumidores. O artigo que hoje foi publicado no Magazine Meios & Publicidade reflecte esse tremendo potencial, que não pode ser ignorado pelas empresas e marcas.


“Cerca de 3,5 milhões de portugueses acederam a sites relacionados com redes sociais no primeiro semestre do ano. Este número integra o estudo sobre redes sociais que a Marktest está a levar a cabo, com base no Netpanel, e mostra que “83.8% do universo em análise, os residentes no Continente com 4 e mais anos que acedem à internet a partir dos seus lares” visitam redes sociais, sendo esta “das práticas mais frequentes entre nós”.


De acordo com a Marktest, por mês um mínimo de 2.289 mil utilizadores únicos e um máximo de 2.534 mil utilizadores únicos acederam a redes sociais a partir de suas casas no período em análise.


De Janeiro a Junho estes internautas visitaram “um total de 4,7 mil milhões de páginas de redes sociais, o que equivale a cerca de um quarto de toda a navegação feita na internet neste período (24.7%).”


Por sua vez o tempo dedicado a redes sociais “ultrapassou as 47 milhões de horas, número que representa 23.9% de todo o tempo que os portugueses dedicaram a este meio neste semestre”.

 

FONTE: Meios & Publicidade



publicado por Francisco Banha às 09:58
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Quarta-feira, 16 de Junho de 2010
Houve um blogue que previu a crise da zona euro. Ninguém ligou

Partilho um curioso artigo que li no Jornal I de hoje, que mostra como a internetm os blogs e as redes sociais revolucionaram a forma como comunicamos e nos damos a conhecer:

 

 

Anteviu a crise do euro em textos que publicou durante anos em blogues. Não lhe deram ouvidos. Agora é convidado para dar conferências

Durante anos ninguém ligou aos avisos do tipo "o céu está prestes a cair-nos em cima" feitos por Edward Hugh (na foto), um bloguista britânico sociável e dedicado, economista autodidacta, que previu repetidamente que a zona euro não poderia sobreviver.

 

Vivendo uma existência bastante espartana com o seu salário de professor a tempo parcial, enviou posts sucessivos para a ciberselva. Era o cúmulo da cegueira política, alertava ele, pensar que uma sociedade envelhecida poupada como a alemã poderia coexistir com outras mais jovens e dependentes do crédito como a irlandesa, a grega e a espanhola, que com ela partilham o euro.

 

No entanto, agora que a crise da dívida soberana europeia está a abalar os mercados mundiais, a desvalorizar o euro quase diariamente e a lançar dúvidas sobre o futuro da união monetária, as suas substanciais elucubrações tornaram-se leitura obrigatória para todo um público influente, e cada vez mais internacional, entre o qual se contam muitos decisores da Casa Branca.

 

Edward Hugh tem até sido abordado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que lhe pediu recentemente que fosse a Madrid para dar o seu contributo à análise que este organismo está a fazer da economia espanhola.

 

"É até muito agradável", confessa Hugh, de 61 anos, com um ar divertido, recostado num carro de luxo a caminho da sua próxima palestra, organizada pelo Círculo de Economia, um grupo de pressão empresarial de Barcelona. "Encontro-me com toda a espécie de pessoas interessantes, que me pagam para almoçar com elas."

 

Noutros aspectos, a sua vida mudou muito pouco. A semana passada, teve de pedir dinheiro emprestado a amigos para comprar roupa e se apresentar condignamente perante a audiência da conferência composta por políticos e executivos espanhóis. As suas fontes de rendimento ainda são sobretudo as aulas de Inglês que dá há duas décadas.

 

"Acho que estou em contraciclo", graceja. "Durante os anos em que o boom durou, quanto toda a gente estava a dar-se bem, eu não era ninguém."

 

Porém, a ideia de que um economista pode ser uma celebridade pop - nos moldes de um Nouriel Roubini (cuja previsão precoce da inevitabilidade do desmoronamento do mercado imobiliário dos EUA lhe trouxe fama e fez dele uma "marca" na consultoria internacional), ou nos de um Paul Krugman (economista, Prémio Nobel e cronista do "New York Times") - ainda não está muito arreigada na Europa, e particularmente em Espanha.

No entanto, agora que se levantam questões sobre o modo como os governos europeus poderão escapar à armadilha do endividamento e regressar a uma situação de crescimento, Hugh, que há anos pensa sobre o tema, está pela primeira vez a ser abordado para fornecer ideias e partilhar a sua sabedoria.

 

A sua mensagem sombria em colunas de jornais e intervenções na televisão e rádio locais, bem como em reuniões com responsáveis governamentais, é quase sempre a mesma: uma vez que a Espanha e outros países da zona euro como a Grécia, Portugal, a Irlanda e a Itália não podem desvalorizar unilateralmente a divisa comum, resta-lhes enveredar pelo que seria, em essência, uma desvalorização interna de 20%. Isto significa que, em cada um desses países, os salários dos sectores público e privado têm de baixar aproximadamente nessa ordem de magnitude para os países poderem repor a sua competitividade, aumentar as exportações e obter o dinheiro necessário para pagarem a respectiva dívida.

 

"Por que razão esses países não convergiram com o resto da Europa?", pergunta o professor. "É uma questão demográfica. À medida que as populações envelhecem, vai havendo menos pessoas na casa dos 20 aos 40 a comprarem casa, por isso há mais poupança. Quanto mais jovem for um país, mais o seu crescimento depende do crédito."

 

A Alemanha, em que a idade média se situa nos 45 anos (e está a aumentar) e em que a população começa a diminuir, é um país de aforradores e a política governamental tem sido promover o controlo dos salários e estimular as indústrias exportadoras.

 

Em contrapartida, as populações da Grécia, da República da Irlanda e de Espanha, mais jovens, entraram num frenesim de endividamento, que se deveu principalmente ao aumento da procura de novas casas e de bens de consumo, que, em muitos casos, se transformaram em bolhas imobiliárias antes de rebentarem. Os salários foram impulsionados para cima, encorajando a despesa mas fazendo com que, rapidamente, as indústrias nacionais deixassem de conseguir competir com os poupados alemães, holandeses e outros europeus do Norte.

 

Em geral os economistas não viram o que ele considera ter sido um cenário facilmente previsível, acusa Hugh. E, acrescenta, "é por isso que estamos agora numa situação tão complicada".

 

A tese demográfica de Hugh não é à prova de bala: com efeito, o alvo dos seus primeiros ataques foi a Itália e não a Grécia.

Só que a Itália, talvez por causa do seu já grande nível de endividamento e do envelhecimento da população, seguiu um rumo de maior disciplina fiscal que os seus vizinhos e evitou uma bolha imobiliária.

 

Por outro lado, a principal solução preconizada por Hugh - a de que a Alemanha abandone o euro, o que faria cair quase imediatamente o valor da divisa, aumentando a competitividade dos países mais fracos, que permaneceriam na zona euro - tem de ser entendida mais como um post provocatório num blogue que como uma proposta séria.

 

Ainda assim, a súbita vulnerabilidade da zona euro e a procura desesperada de soluções por parte dos decisores políticos, investidores e economistas fizeram com que as suas obscuras divagações se disseminassem com a força de um vírus.

 

"Ele é uma fonte de informações que prezo muito", diz Brad DeLong, economista da Universidade da Califórnia em Berkeley, que trabalhou no Tesouro dos EUA durante a administração do presidente Bill Clinton e que é também um destacado bloguista.

 

Por outro lado, Hugh está decidido a resistir a algumas das novas tentações que se lhe atravessaram no caminho. Diz ter recusado ofertas lucrativas de hedge funds no sentido de fornecer consultoria exclusiva por não querer que as suas opiniões sejam monopolizadas por uma única entidade - embora diga que está a considerar o convite para integrar o grupo de consultores que trabalham para Roubini.

 

Natural de Liverpool, Hugh estudou na London School of Economics, mas sentiu--se mais atraído pela filosofia, pela ciência, pela sociologia e até pela literatura. O eclectismo dos seus interesses não só o impediu de obter o doutoramento como também lhe barrou o acesso a um lugar de docente a tempo inteiro.

 

"O director do meu departamento disse uma vez que eu era um 'ladrão' por ter aceitado uma bolsa de doutoramento e continuar a ler os livros e a frequentar os cursos da minha preferência", diz.

 

Considerando-se mais europeu que inglês, mudou-se para Barcelona em 1990. Os posts no seu blogue são reflexo dos seus interesses variados. Cita frequentemente Bob Dylan, Charles Bukowski, Jean-Paul Sartre, Friedrich Nietzsche e até o comportamento social dos seus queridos bonobos (chimpazés-pigmeu), a espécie de primatas mais aparentada com o homem.

 

Hugh tem a aparência pálida e descuidada de quem passa, há pelo menos dez anos, 12 a 14 horas por dia em frente a um computador, mas está longe de ser um recluso. O seu feitio alegre e sociável e a sua adesão religiosa aos princípios da reciprocidade e do intercâmbio fazem dele um adepto das redes sociais. A fácil adaptação aos usos e costumes de Barcelona (fala catalão fluentemente) deu-lhe também uma rede de apoio de donas-de-casa de meia-idade, algumas das quais lhe têm proporcionado um lugar para viver sempre que ele muda de casa.

 

Vive actualmente numa quinta numa aldeia do Norte de Espanha, onde escreve para uma série de blogues, entre eles A Fistful of Euros, Global Economy Matters, além de outros específicos sobre determinados países, que se centram na economia do Japão, da Hungria, da Letónia e da Grécia. Contudo, mais que qualquer outra coisa, lê e reflecte.

 

"Na Idade Média, a curiosidade excessiva era considerada um pecado", diz ele com mais uma gargalhada. "No entanto, com a internet, acho que posso fazer o que quiser. Tenho a impressão que posso de facto fazer alguma coisa útil."


Visite o blog de Edward Hugh em http://edwardhughtoo.blogspot.com/


 Artigo publicado hoje no  Jornal I/The New York Times



publicado por Francisco Banha às 16:16
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Quinta-feira, 1 de Abril de 2010
Maior crítico britânico faz a primeira prova virtual de vinhos portugueses

Oz Clarke, o mais influente crítico de vinhos britânico, vai conduzir a 12 de Abril a primeira prova de vinhos portugueses transmitida ao vivo pela Internet, numa iniciativa apoiada pela ViniPortugal.

Por ser inédita a nível internacional, a prova de vinhos virtual tem por objectivo "dar que falar". Trata-se, afinal, de uma forma diferente e moderna de dar a conhecer os vinhos portugueses tirando partido das tecnologias actuais".

 

Além da página construída na Internet, a "Big Tasting" - o nome da prova virtual - está igualmente a ser promovida nas redes sociais Twitter e Facebook, como forma de alargar o conhecimento sobre os vinhos portugueses a mais pessoas.

A presença de Oz Clarke, conhecido pelas suas críticas em jornais e programas televisivos, eleva a expectativa do sucesso deste evento. Seis vinhos, cinco tintos e um vinho verde branco, foram escolhidos para dar a conhecer a variedade de castas, regiões e qualidade dos vinhos portugueses aos consumidores britânicos. A prova vai realizar-se no famoso campo de cricket Lord's Ground, que também acolhe eventos especiais, em Londres, e para a qual é possível comprar bilhetes. Quem não quiser - ou não puder - deslocar-se ao norte da capital britânica, pode acompanhar a degustação pela Internet.

 

A prova será ainda transmitida em dois écrãs gigantes na loja John Lewis, em Oxford Street, e do supermercado Waitrose em Canary Wharf, localizadas respetivamente nos centros comercial e financeiro de Londres.

Ambas são parceiras do evento através da promoção dos seis vinhos, que podem ser comprados antecipadamente numa caixa para serem provados "virtualmente" com Oz Clarke.


A "Big Tasting" será seguida, no dia 13 de Abril, por uma prova de degustação para profissionais onde vários produtores portugueses esperam encontrar distribuidores para os seus vinhos. A ViniPortugal agrupa profissionais ligados ao cultivo, produção e comércio vinhos portugueses, que promove no país e no estrangeiro.

 

FONTE: Jornal I

 



publicado por Francisco Banha às 10:08
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Segunda-feira, 29 de Março de 2010
Reino Unido: crianças entre os 8 e os 12 anos já nas redes sociais

 

Um quarto das crianças britânicas entre os 8 e os 12 anos afirma ter perfil numa rede social, como o Facebook ou o MySpace, adiantou o site Brand Republic, que relembra que a idade mínima para criar um perfil numa rede, segundo as condições estabelecidas pelos sites, é de 13 anos. Os números estão no estudo Children’s Media Literacy Audit, que refere ainda que três em cada quatro crianças têm ligação à internet em casa.

 

 

FONTE: Meios & Publicidade



publicado por Francisco Banha às 12:25
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Quinta-feira, 11 de Março de 2010
CNN considera redes sociais como principal concorrente


«A concorrência mais ameaçadora para a CNN não são os outros canais televisivos de informação mas as redes sociais na Internet, como o Facebook ou o Twitter, considerou hoje o presidente da estação, Jon Klein.


"A concorrência de que tenho verdadeiramente medo é a das redes sociais", afirmou Klein, à margem de uma conferência sobre o futuro dos meios de comunicação social em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.


Para o presidente da CNN, as redes sociais são "uma alternativa que ameaça a empresa de aumentar o seu público".


"As pessoas que são vossas amigas no Facebook ou aquelas que vocês seguem no Twitter são fontes de informação de confiança. Clicamos nas ligações que nos enviam e temos confiança nelas", afirmou.


"Mas nós queremos ser o nome que inspira mais confiança na informação. Não queremos que as mil pessoas que seguem no Twitter sejam as fontes de informação em que têm mais confiança", explicou Jon Klein.


Para o presidente da CNN, é "um desafio" em relação ao qual o canal deve estar "à altura". Klein sublinhou que a sua "missão" era fazer com que as redes sociais e os cibernautas "façam ligações para a CNN".
 

"Os 500 milhões de utilizadores do Facebook metem-me muito mais medo do que os dois milhões de telespectadores da Fox News", disse ainda Jon Klein, referindo-se ao canal de notícias mais visto nos Estados Unidos.»


Fonte: Lusa
In:
Briefing.pt



publicado por Francisco Banha às 12:33
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Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2010
café Facebook

Artigo de Luís Galveias publicado no blog Marketing.Mixers:

 

«As redes sociais online vieram para ficar. Não é moda nem febre passageira. Podem, quanto muito, ir mudando de formatos, perdendo popularidade para outras, ficar desactualizadas ou presas a determinados grupos (demográficos, interesses…) quer seja por interesse próprio quer porque os participantes assim as conduziram.


Apesar da popularidade que lhes tem sido favorável, há ainda muitas pessoas que por cepticismo ou por não verem qualquer interesse se mantêm alheadas desta realidade.  Cada um é livre de aderir ou não mas se há coisa que me custa é saber que há pessoas que não têm sequer interesse em explorar esta realidade que de virtual tem muito pouco.


Sei que muitas destas redes mostram apenas uma página sem qualquer informação. Basta ir a www.facebook.com e muito pouco do que lá dentro se passa é apresentado na página de início, obrigando quem quiser saber mais a inscrever-se. Pois bem, vou facilitar o trabalho.
 

Há um café chamado Facebook lá na minha rua. É um pouco diferente daquele onde ía antes porque me pedem algumas informações à entrada: o meu nome, e-mail, com que tipo de pessoas quero partilhar a minha informação, entre outras. Claro que posso sempre inventar e dar um nome falso mas rapidamente percebo que não tenho qualquer vantagem nisso. Continuando com as diferenças, este não tem consumo mínimo nem me sinto mal por não consumir nada e posso entrar lá de bolsos vazios.

 

Terminadas as diferenças, vamos às semelhanças. Assim que entro levanto logo a cabeça à procura de pessoas que já conheço. Não tem piada ficar ali sozinho. Para isso ficava no café anterior. Identifico umas quantas e estas dizem que sim, que me conhecem e que a partir daí vão socializar comigo neste café. Posso também convidar pessoas que não conheço mas é sempre arriscado dado que podemos encontrar um chato igual ao que frequentava o café anterior e só dizia coisas parvas que não me interessavam para nada.

Reconhecidos alguns amigos fico surpreendido com as coisas que me dão a conhecer. Alguns mostram-me vídeos fantásticos que trazem com eles, enquanto outros desdobram álbuns de fotografias das últimas férias, festas em que se divertiram ou simplesmente fotos onde eu também apareço. Frequentemente um diz em voz alta aquilo que lhe vai na alma. Quer seja o exame que o está a preocupar, a surpresa que teve nessa manhã, o acidente que ía tendo ou que procura casa, na expectativa que alguém lhe dê algumas sugestões ou sugira algum apartamento de que tenha conhecimento. Tal como no café anterior, as conversas são sobre tudo e estendem-se como as cerejas com comentários às vezes interessantes outras vezes nem por isso. Alguns ficam literalmente sem palavras e levantam o polegar só para dizer que concordam ou gostam da observação.


Assim como no café anterior, há uma sala de jogos mas aqui vão bem além do dominó, das cartas ou do xadrez e posso jogar em simultâneo com muitos outros amigos. Um pouco farto dos comentários do dia-a-dia, procuro grupos que falem de assuntos que me interessam e que poucos amigos dominam. Lá encontro essa mesa e sento-me a ouvir e a comentar sobre o festival do próximo verão, sobre como tirar melhores fotografias. Algumas mesas parecem autênticos anfiteatros tantos são os participantes.


Também tem uma secção com a típica placa de cortiça onde a associação A, a empresa E e o músico M colocam lá informações actualizadas e onde sei que encontro a próxima iniciativa, o novo produto ou a agenda de concertos. Felizmente ao contrário do café anterior, não tenho de vasculhar a placa toda e vou directo ao que me interessa.


Possivelmente está a pensar: “então mas um café assim, que não cobra acesso e onde não há sequer bicas e tostas mistas a sair, como é que se consegue manter aberto?” E eu respondo que isso é lá com eles, que simplesmente vejo alguma publicidade nas paredes enquanto lá estou ou compro determinados extras nalguns jogos para os tornar mais interessantes.


Pode ainda pensar: “então e se não gostar? Se não se fala lá do que eu gosto?” Bem, nesse caso pode simplesmente desistir e procurar outro. Há muitos nessa rua. Lembro-me do café MySpace onde há sempre música ao vivo, da pastelaria Hi5 – ponto de encontro de muitos adolescentes, do café-galeria Flickr onde há sempre exposições de fotografia, da cervejaria LinkedIn onde se vêm muitos executivos, entre muitos outros. É só escolher.


Pessoalmente, gosto de frequentar mais do que um, sempre se encontram pessoas diferentes.


Fica o convite. Apareça!»

 



publicado por Francisco Banha às 16:04
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How Facebook Can Become a Money Making Machine

O site Mashable aponta os caminhos para onde deve seguir o Facebook, bem como qualquer outra rede social, para se tornar rentável e assumir a alternativa que já é face aos outros média:

 



«Despite the staggering growth of social networking, determining how to monetize social media platforms remains a tough code to crack for even the savviest of companies. As such, identifying new revenue models will be instrumental in kicking off the next cycle of the social networking phenomenon in 2010.»

 

«Improving advertising, developing an e-commerce platform, and adding subscription services will not only generate the revenue necessary to make the transition from highly adopted to highly profitable, it will open revenue streams — as Google did before — for the next generation of digital developments.»

[artigo completo]



publicado por Francisco Banha às 13:31
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Sábado, 26 de Dezembro de 2009
Grupo russo investe 180 milhões na Zynga



«O grupo russo Digital Sky Technologies (DST), em conjunto com outros investidores, acaba de investir 180 milhões de dólares (cerca de 126 milhões de euros) na empresa norte-americana Zynga, produtora dos jogos on-line Mafia Wars e FarmVille.

Em comunicado divulgado esta semana, a Zynga, "a maior fornecedora de jogos sociais", refere que parte deste investimento será utilizada no crescimento da empresa e o restante no aumento da liquidez dos funcionários e investidores.

Este investimento surge um mês depois de a DST ter injectado 200 milhões de dólares (cerca de 140 milhões de euros) no capital da Facebook, a rede social que está a popularizar os jogos da Zynga.»

artigo completo in Marketing para Empreendedores, 25/12/09



publicado por Francisco Banha às 14:45
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Terça-feira, 10 de Novembro de 2009
“Diário 2”- o novo jornal online da vida real

Define-se como um “jornal colaborativo sobre a vida em tempo real” e é a mais recente aplicação online portuguesa.

O Diário 2 é um projecto que tem o português como língua principal, apesar de não possuir fronteiras geográficas. Coordenado pelo jornalista e especialista em novas tecnologias Paulo Querido- o utilizador do Twitter com mais seguidores em Portugal- o Diário 2 constitui o passo seguinte do sucesso do Twitter em Portugal.

Nas palavras de Paulo Querido, o Diário 2 “será menos blogue, menos opinativo, e mais informativo. Não partimos do zero”. Conta com uma equipa de 10 colaboradores.

Este projecto tem como finalidade a comunicação sobre “a vida em tempo real”, “a vida online” e a realidade das redes sociais em português- em Portugal, no Brasil e nos países luso-africanos.

A fonte de rendimentos do Diário 2 será a publicidade e Paulo Querido tem em mente cobrar honorários pela consulta de artigos especializados, bem como vender informação para outras publicações, constituindo um network de parcerias no médio prazo.

Visite: http://diario2.com/

 



publicado por Francisco Banha às 12:52
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Segunda-feira, 19 de Outubro de 2009
Empresa russa investe fortemente no Facebook

A Digital Sky Technologies (DST), empresa russa de tecnologias digitais está a reforçar a sua posição accionista no Facebook, comprando acções directamente aos accionistas da rede social criada pelo jovem empreendedor Mark Zuckberg.

 
De acordo com o que se sabe, a DST está a oferecer 14.77 dólares por acção, o mesmo valor que pagou quando em Julho investiu 100 milhões de dólares em acções do Facebook.
 
A DST é uma holding russa de modelos de negócio baseados na internet, sendo o principal player em países como a Rússia, Ucrânia, Cazaquistão, Geórgia e Arménia.
 
Esta notícia mostra o poder de um gigante da economia emergente, ainda desconhecido da maioria dos países europeus. Mostra igualmente a forma visionária como uma grande empresa russa encara a expansão das redes sociais globais.
 
FONTE: Sol


publicado por Francisco Banha às 10:23
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Sexta-feira, 25 de Setembro de 2009
A busca do Santo Graal: Twitter a um passo de valer 1000M

No mesmo dia em que dedico um post ao poder das redes sociais, é lançada esta notícia estrondosa: o Twitter prepara-se para ter um encaixe financeiro de 100M de dólares. Quem o diz é uma pessoa informada da empresa ao Bloomberg.

O Twitter, apesar do aumento exponencial dos seus utilizadores, não tem ainda uma fonte de receitas. Possui 60 colaboradores, está sediado em S. Francisco e, segundo a Biz Store, apenas em 2010 prevê a introdução de publicidade.

Esta rede social existe há três anos e estima-se que tenha 54M de visitas mensais, logo, tem atraído a comunicação social.

O Twitter, tal como o Facebook, está a revolucionar a internet como a conhecemos: é um site de mensagens em tempo real que permite uma resposta de 140 caracteres (no máximo) à pergunta “O que estou a fazer?”. O crescimento exponencial do Twitter recorda os especialistas do boom das empresas .com no início dos anos 90.

Não é de espantar: em menos de um ano, o Twitter passou de 30M de utilizadores para 50M. O Twitter mostra que vale a pena investir-se nele e angariou já 50M de dólares de investimento. Está a um passo de angariar 100M e na lista dos seus investidores encontram-se sociedades como a Insight Venture Partners, T. Rowe Price (garantia mútua), a Spark Capital e a Institutional Venture Partners.

Segundo uma fonte, um dos co-fundadores do Twitter pensa gerar fontes de receita com as suas aplicações (apps), porém não está interessado nos tradicionais banners da Web. A intenção dos fundadores do Twitter, segundo a mesma fonte, é continuar sempre a ligar de forma relevante e inovadora indivíduos e negócios.

Os especialistas são da opinião de que, a ser vendido, os fundadores do Twitter não aceitariam menos de 1 bilião de dólares. A verdade é que o Twitter pode não ter um modelo de negócio, mas parece garantir o sucesso financeiro a quem decidir adquiri-lo.

O Facebook viu-se a braços com a mesma inexistência de fonte de receitas, mas depois teve um investimento de base de 200M de dólares e agora, segundo consta, vale 10 biliões de dólares e começou a ter cash flow positivo.

Cada utilizador do Facebook vale entre 30 a 35 dólares, contra os (ainda) 25 dólares por utilizador do Twitter.

Há quem diga que as redes sociais são a próxima camada de inovação da internet, pois acrescentam mudanças à forma como interagimos.

Recordo que, quando o Twitter começou a ficar conhecido, foram múltiplas as vozes contra, rotulando o Twitter como o parente pobre dos blogs.

Esta notícia confirma que quando procuramos o nosso Santo Graal, por mais obstáculos que existam, acabamos por encontrá-lo – graças ao nosso trabalho, persistência e aceitação social do nosso produto.

Fontes: Jornal de Negócios e New York Times.

 


 



publicado por Francisco Banha às 19:02
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O Poder das Redes Sociais

A forma como comunicamos em rede sofreu uma revolução com a introdução das reses sociais, como o Facebook ou o Twitter.

A crescente adesão às mesmas é uma realidade incontornável: o Facebook tem mais de 250 milhões de pessoas ligadas no mundo, das quais 120 milhões interagem entre si, pelo menos uma vez por dia.

Há alguns dias atrás, escrevi um post sobre inteligência competitiva, em que exemplifiquei com a Microsoft e o Google. A rivalidade entre o Facebook e o Twitter também assenta neste exemplo.

Apercebendo-se da simplicidade de utilização do Twitter, o Facebook criou uma versão mais simples, o Facebook Lite, para aumentar o número de utilizadores. Os especialistas crêem que esta é uma resposta ao duelo de titãs: o Twitter comprou a rede social FriendFinder recentemente e agora usa os seus engenhos.

A vantagem do Facebook passa pela procura na Web em tempo real e a versão Lite é uma versão fast-loading com funcionalidades simplificadas que permite aos utilizadores fazerem comentários breves, pedidos de amizade, escreverem nos murais e verem actualizações de perfis dos seus amigos.

A estratégia da administração do Facebook é inserir a versão Lite em países onde a procura da rede está ainda no início e onde os novos utilizadores pretendem começar a usar a rede de forma simples, sem funcionalidades complexas. Por exemplo, nos países em vias de desenvolvimento, onde a ligação à internet nem sempre é duradoura, a versão Lite pode ser uma opção viável.

Paralelamente, o Facebook, tendo em sua posse informação sobre os seus utilizadores, pode originar procuras bastante específicas. No Google AdSense, a procura faz-se com palavras-chave, ao passo que no Facebook, se faz pelos gostos e interesses dos utilizadores- baseando-se apenas nas informações fornecidas pelo seu perfil.

Por seu turno, o Twitter, vaticinam os especialistas, poderá ser a próxima compra do Google. Depois da Microsoft ter comprado a Yahoo (para atacar o Google), faz sentido pensar que o Google poderá adquirir o Twitter, lançando o “Twoogle” e tornando-se hegemónico na procura em tempo real.

As redes sociais estão de tal forma poderosas que alguns especialistas acreditam que podem mesmo declarar guerra à internet, como a conhecemos.

Fonte: Digital Media Buzz



publicado por Francisco Banha às 10:50
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Sexta-feira, 12 de Junho de 2009
Capital de Risco Estónio Investe em Redes Sociais para Animais


 


Fresh cash for cat and dog communities


United Dogs and Cats (UDC)
, the Estonian owners of Web communities Uniteddogs.com and Unitedcats.com, has secured €480,000 in new funding. Investors in the round were the state-owned Estonian Development Fund, the private investor Raivo Hein, as well as existing shareholders Ambient Sound Investments (ASI). ASI, an investment vehicle of some of the co-founders of Skype, previously backed UDC with €150,000 in April 2008, and an undisclosed sum in October 2007.


UDC was founded in 2007, and developed and launched the pet-oriented social networking sites Uniteddogs.com and Unitedcats.com. The sites allow cat and dog owners to make a website for their pet (and add breed, date of birth, lifestyle, favorite food, etc.), take a look at other people's pets, post comments and communicate with each other. Both sites present fora, where users can ask for advice about veterinarians, health issues, eating habits, trainings or anything related to their cats and dogs.


It may sound somewhat trivial, but there are plenty of Internet-savvy dog and cat lovers out there. The sites are available in ten languages and they have increased their user base to over 200,000. Community membership is free of cost. The company currently makes money from advertising of pet-related products, as well as paid services for its members. The latter includes a Champion membership which enables access to additional features, such as the possibility to add up to 100 photos in each pet profile, receive profile designs, photo albums, e-cards, custom photo frames, etc. Currently, about three quarters of UDC’s revenues come from outside Estonia.


The latest investment will be used to further improve the company’s offering and grow the user base. It plans to introduce new services later this year to bring veterinarians and pet-owners closer.

in Tornado Insider, 11/06/09



publicado por Francisco Banha às 11:54
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Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008
Young Entrepreneurs Network

YEN

 

Deixo o convite a todos os interessados em aderir a uma rede social exclusivamente dedicada a empreendedores jovens:

 

http://youngentrepreneurnetworkers.ning.com/

 

Jaime Henriques, de 23 anos, é o mentor desta rede e vê nela a possibilidade de se gerar partilha de ideias, ajudar no desenvolvimento e implementação de projectos, permitir uma melhor visão de mercado, fomentar os conceitos de marketing e vendas e contribuir para o networking entre os jovens empreendedores.

 

Aproveito para deixar o meu e-mail para aqueles que queiram partilhar o seu perfil comigo - fbanha@gesbanha.pt



publicado por Francisco Banha às 14:56
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