A sociedade de capital The Wellcome Trust e a conhecida farmacêutica Merck&co. juntaram-se numa joint venture para a criação de vacinas para as doenças causadoras de maior mortalidade nos países do terceiro mundo.
A Wellcome Trust designa este tipo de acção “research charity”, pois as vacinas serão vendidas a preços acessíveis e a joint venture não tem fins lucrativos.
Esta joint venture é inédita, pois é a primeira vez que uma farmacêutica faz uma parceria com uma outra entidade com um fundo de investimento partilhado e iguais direitos de decisão. A investigação e desenvolvimento foram entregues aos laboratórios Hilleman.
O objectivo da Wellcome Trust é aumentar o nível de saúde no mundo em desenvolvimento e, daqui a parceria com a Merck, que tem um longo historial de inovação na saúde global. Juntou-se a experiência da Merck em vacinação, ao investimento em saúde e biomédica que tem caracterizado o Wellcome Trust.
Ambas as entidades pretendem inovar, criando vacinas que salvem vidas e aumentem os níveis de saúde pública nos países desfavorecidos. Os laboratórios Hilleman irão optimizar as vacinas, gerando um maior impacto das mesmas em contextos de forte limitação de recursos. Por exemplo, algumas das vacinas a criar não vão ter necessidade de ser refrigeradas.
A Merck e o Wellcome Trust investiram, em igualdade, 90 milhões de libras (130 milhões de dólares) em I&D. Espera-se que o processo dure cerca de 7 anos e prevê-se o vínculo de 60 investigadores.
Os laboratórios Hilleman vão operar através de uma combinação de core funding entre a Merck e o Wellcome Trust, havendo ainda abertura a outras linhas de financiamento. Pretende-se que, ao longo do processo, haja capacidade de atracção de outro tipo de investidores, igualmente empenhados na missão da joint venture.
A Índia foi o país escolhido para sediar o projecto, pois foi considerado o local onde mais facilmente se podia reunir uma equipa de especialistas em vacinação, produção e políticas de saúde pública.
A Merck, Wellcome Trust e Laboratórios Hilleman pretendem que, assim que as novas vacinas demonstrem um bom desempenho, sejam inseridas nos países terceiro-mundistas, começando o seu impacto a sentir-se de imediato na prevenção de doenças.
É preciso lembrarmo-nos que, por exemplo, a bactéria estreptococos- responsável por doenças como a septicemia, pneumonia, escarlatina, faringite ou infecção renal- provoca 500.000 mortes anuais nos países mais pobres.
Fonte: www.wellcome.ac.uk/news/mediaoffice
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