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Desde pequeno que o malawiano William Kamkwanba mostrou ser um inventor com talento, bastando-lhe uns cartões de cerveja para construir um carrinho de brincar. É então em 2002 que, com 14 anos, decide usar o seu engenho para fabricar um moinho de vento que providenciaria electricidade e, ao mesmo tempo, ajudaria a extrair água para a sua aldeia, apoiando-se unicamente num livro de física requisitado a uma biblioteca local. Este moinho tinha apenas como matéria-prima uma bicicleta, madeira e materiais encontrados no lixo. Esta invenção foi criada para combater a seca que ocorreu nesse ano, obrigando a família de William a tirá-lo da escola e a fazer apenas uma magra refeição diária.
William, sentindo-se inspirado, começou a recolher pedaços de metal de velhas bicicletas e tractores, levando as pessoas, incluindo a mãe, a pensarem que estava louco!
Valeu a William, hoje com 22 anos de idade, o título de “Herói Humilde”, por ter conseguido ultrapassar obstáculos e melhorado a situação da sua família, graças á sua invenção e teimosia. A sua história foi retratada no livro “The boy who hardnessed the wind” (O rapaz que capturou o vento).
Kamkwamba ficou, assim, fascinado pela ciência, descobrindo o moinho de vento na capa do tal livro da biblioteca sobre física, chegando então à conclusão que o moinho seria um combatente da fome. Decide, então, construir um moinho.
Sob a iluminação de uma lâmpada de parafina, o jovem malawiano foi juntando peças para construir o moinho que salvaria a sua família e comunidade.
O resultado desta construção foi uma torre de cinco metros em madeira de eucalipto que se erguia nos céus de Masitala (a aldeia natal de William), após trabalho árduo e alguns choques eléctricos. Ao início os vizinhos mostravam-se cépticos mas, logo após, renderem-se às evidências quando William subiu à torre e as luzes se acenderam. Toda a aldeia acorreu para carregar os telemóveis e, passado pouco tempo, o motor começou a bombear água para irrigar os campos.
Foi mais tarde convidado para uma conferência sobre tecnologia na Tanzânia e foi aí que, pela primeira vez, utilizou um computador. O jovem empreendedor ficou espantado sobre o que aprendeu a cerca de moinhos de vento digitando simplesmente aquela palavra no Google.
William Kamkwanba conseguiu obter uma bolsa de estudo através do seu discurso emotivo, feito num inglês hesitante, arrancando aplausos e valendo-lhe a primeira página do Wall Street Journal.
O agora estudante bolseiro promete regressar a Masitala quando terminar os estudos, comprometendo-se a ajudar o seu o país através da aplicação dos conhecimentos adquiridos.
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