Encontrei este texto, provocador e incomodativo, no site brasileiro www.segs.com. Sempre apreciei a personagem Tom Sawyer Gostei imenso e partilho-o com os seguidores deste blog.
“Se o desespero é a mãe da inovação, então a ignorância deve ser o pai. Nos estágios iniciais de um novo negócio, a proteção contra influências externas pode ser um estímulo poderoso para a criatividade e inovação.
Porquê? Pelo mesmo motivo que as ideias mais criativas e empreendedoras surgem, com frequência, por iniciativa de pessoas mais jovens.
Sabedoria e experiência ajudam uma empresa a crescer e a manter-se, mas gerar novas ideias requer uma certa dose de ingenuidade. No contexto do empreendedorismo e geração de idéias, a ignorância equivale a uma mente aberta.
Uma mente vazia é uma mente aberta – vazia de viés, vazia de experiências passadas e vazia de críticas externas. Estar protegido de influências externas permite que dois traços empreendedores vigorem: criatividade e convicção. O primeiro é o mais importante nos estágios das grandes definições iniciais de uma empresa e este último é vital para mobilizar a equipa para realizar as tarefas, com excelência.
Melhor geração de ideias
Existem dois tipos de empreendedores bem sucedidos: (i) aqueles que, cientes das limitações, enfrentam as dificuldades e como resultado tornam-se mais criativos; e (ii) aqueles que não tem conhecimento de suas dificuldades nem da realidade externa e por isso, geram ideias livremente.
Os do segundo tipo são especialmente capazes de desenvolver uma paixão fanática pelas suas ideias. Se conseguir libertar a sua mente das barreiras e das opiniões externas, novas ideias fluirão mais rápido e tornar-se-á mais assertivo nas suas acções. Trabalhar na geração de ideias com um optimismo incontrolável conduz ao surgimento de novas formas de pensar.
Melhor realização através da convicção
Uma execução bem sucedida é devida em grande parte à priorização racional e a um planeamento cuidadoso. Mas, se a excelência na execução tem um espírito, a sua energia provem da convicção. Alinhar as pessoas a uma ideia requer uma crença absoluta na visão de quem está por trás dela. É mais fácil ter essa convicção, obviamente, quando não s sabe das milhares de maneiras que uma ideia tem de dar errado e falhar. Ninguém perde o sono com algo que desconhece!
A ignorância promove uma convicção livre de medos, que inspira e motiva os membros da equipa responsáveis pela execução. Os empreendedores sabem que entram em situações onde as estatísticas lhes são desfavoráveis, mas a racionalidade é suplantada pela convicção que eles têm na possibilidade de sucesso.
A convicção é altamente contagiosa e as pessoas que a “pegam” podem e irão executar uma ideia com maior intensidade e senso de objectividade dos respectivos papéis. Abraçar a ignorância de alguém não sugere que este deva permanecer ignorante para sempre.
A chave é saber reconhecer os momentos críticos da trajetória de um negócio, nos quais as ideias devem ser tratadas como uma “folha em branco”.
Na fase de concepção do negócio e em determinados pontos de inflecção no crescimento, o tipo certo de ignorância é sempre benéfico...
Tom Sawyer e a poupança dos jovens para a aposentadoria
Qual a relação disso com a poupança dos jovens para a aposentadoria? Bem, podemos ilustrar esta relação com uma passagem das “As Aventuras de Tom Sawyer”, que mostra o poder dos jovens quando são convencidos de algo.
Tom Sawyer é a personagem principal dos livros infantis escritos por Mark Twain (1835-1910), considerado o pai da literatura americana moderna.
Ele é um miúdo que vive com a tia Polly e o irmão Sidney numa pequena cidade nas margens do rio Mississippi, nos Estados Unidos da América, no século XIX. Esperto, Tom e seu amigo Huckleberry Finn metem-se nas mais incríveis peripécias.
Numa das histórias, a tia Polly pede que Tom pinte a cerca de madeira ao redor da casa, antes de ir brincar com os amigos. Uma tarefa certamente chata para miúdos de 12 anos, para quem a diversão vem sempre antes da obrigação.
Tom, então, começa a pintar a cerca e a cantarolar bem alto, como se estivesse a fazer algo super divertido e prazenteiro. Os amigos dele começam a chegar e chamam-no para brincar, mas Tom diz que não quer ir porque já se está a divertir muito.
Os colegas, com certa inveja, pedem para Tom deixá-los a pintar um pouco a cerca. Ele deixa-os pintar, mas começa a cobrar aos amigos, afinal, ele está a proporcionar um momento de prazer a todos. No final, Tom fica apenas a olhar para os seus vários amigos a pintar cerca e ainda ganha um dinheiro.
Convencer os jovens a poupar para a sua reforma não é um desafio muito diferente disto. Os jovens têm a mente aberta, sem os preconceitos dos mais velhos de que economizar é algo chato e deve ser deixado para depois.
Então, se o acto de poupar para a reforma lhes for apresentado como algo “divertido”, eles não só pouparão, como também ajudarão a convencer os amigos.
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