Partilho convosco o artigo que o meu grande amigo Rui Moreira de Carvalho publicou hoje e gentilmente me cedeu para postagem no blog.
Uma matemática perversa para a economia pode acompanhar promoção das energias renováveis. Se, por um lado, é importante desenvolver a economia verde, por outro, o seu modelo de subsidiação está a influenciar de forma perniciosa a competitividade.
A 22 de Março último, o jornal Expansión referia que em Espanha “as energias renováveis receberam em 2009 cerca de 6215 milhões de euros de subsídios”. Como este valor não foi repercutido nos consumidores, o défice tarifário, em 2009, aumentou cerca de 4,2 mil milhões de euros. Ademais, o Governo espanhol estima que, com o actual plano energético, “as energias renováveis sejam responsáveis por cerca de 126 mil milhões de euros em subsídios nos próximos 25 anos”, pelo que a 21 de Abril “levantou a hipótese de cortar os incentivos de forma retroactiva”.
A Alemanha, já em 2004, reduziu os apoios às energias renováveis, introduzindo pragmatismo e racionalidade na sua política energética. Em regra, na estrutura de custos das empresas, os custos com a energia são cerca de três vezes superiores aos custos com o pessoal. A energia é, pois, um factor importante de competitividade.
Para Portugal, o desenvolvimento da energia hídrica é estrutural. E uma operacionalização eficiente do cluster da biomassa de origem florestal pode mitigar os incêndios e as assimetrias económicas regionais. Importa transformar custos em investimentos. Estudem-se os diversos modelos de desenvolvimento da economia verde, e minimize-se a subsidiação. Na realidade, a economia, por vezes, pode tornar-se numa perversa matemática!
Rui Moreira de Carvalho
Professor Universitário
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