As oportunidades actuais não têm precedentes na história da humanidade. Para as aproveitar, porém, o Líder sofre isoladamente e quantos de nós estamos dispostos a fazê-lo? É, de facto, penoso sobreviver à agonia da primeira (e prolongada) rejeição. Só aqueles que o conseguem fazer irão transformar o mundo. Para isso, há que demonstrar coragem, capacidade de correr riscos, não temer o fracasso, o que implica a criação de condições que levem a uma procura constante de novos produtos, serviços, processos e utilização de novas tecnologias.
A necessidade de assumir os riscos (financeiros, pessoais e profissionais) e encarar as oportunidades é imperiosa e o Líder deve emanar confiança e acreditar profundamente no êxito face a contrariedades. Esta postura permitirá ao Líder afectar ao seu projecto inicial cada vez mais competências ou complementar as já existentes, nomeadamente a nível dos soft skills.
O risco ou a aversão ao risco distingue os Líderes de sucesso e dos que ficam para trás. Torna-se imprescindível investir em activos intangíveis, como o investimento intelectual (pessoas, I&D) ou a notoriedade da empresa/marca/produto.
Mas como podem os Líderes tornar-se melhores na criação de novas ideias e inovações e depois começar a produzi-las ou colocá-las em funcionamento? Fracassando com inteligência! Ideias inteligentes, bem executadas podem ser a resposta, uma vez que todas as ideias têm uma elevada possibilidade de fracasso, tal como os sucessos que mesmo sendo escassos, nem sempre são possíveis.
Conclusão adaptada da minha intervenção no Fórum “Liderazo Directivo: desarrollo de equipos y organizaciones- Qué liderazgo necessitamos?”, organizado pelo ITAE, prestigiada Escola de Negócios de Espanha, no passado dia 11 de Novembro. O ITAE- Escuela de Negócios- existe desde 1992 e está no ranking das melhores escolas de negócios de Espanha. Ministra cursos de formação, mestrados e MBA’s a executivos e empresas.
No passado dia 11 de Novembro fui orador no Fórum “Liderazo Directivo: desarrollo de equipos y organizaciones- Qué liderazgo necessitamos?”, a convite do ITAE, prestigiada Escola de Negócios localizada em Espanha.
Partilho consigo a minha intervenção neste Fórum, para que reflictamos em conjunto, sobre a nova Liderança que os tempos acelerados e conturbados que vivemos exigem. Como a minha intervenção foi extensa, vou dividi-la em várias partes, subordinadas aos sub-temas, que publicarei nos próximos dias.
Liderança: suas definições e importância
Definiria a Liderança como a capacidade de influenciar o comportamento de um indivíduo, de um colectivo, de uma organização ou de uma sociedade, numa determinada direcção, com a finalidade de alcançar um objectivo.
A importância do Líder é imensa: é o Líder que tem de possuir não só o conhecimento do negócio e a visão do mesmo, mas também a capacidade de transmitir e envolver os outros nas suas ideias. Para tal, tem de possuir três atributos: coragem, transparência e persistência. O mundo mudou muito na última década e já não há ninguém que “compreenda e saiba tudo” só porque é Presidente do Grupo ou o Gestor da Unidade A ou B. O velho modelo “o topo pensa, o resto faz” está esgotado.
Somente os Líderes que conseguirem perceber como capitalizar o Génio Colectivo dos seus Recursos Humanos farão a diferença e estarão aptos para vencer na “arena empreendedora”!
A Liderança não é definida pelo exercício do poder, mas pela capacidade de aumentar o sentido do poder naqueles que lideram. Deste modo, criar-se-ão mais Líderes.
Um Líder deve obter, assim, conhecimentos e capacidades suficientes para ser um agente de mudança, isto é, tem de conseguir ser, ao mesmo tempo, um aluno, um diagnosticador, um visionário de novos sistemas e estruturas organizacionais e- não menos importante- um mestre na arte da conversação.
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