Deixo-lhe aqui a intervenção de Ricardo Luz, Presidente do Invicta Angels durante o XII Encontro Gesventure no painel com o tema "A estratégia de investimento das Entidades Veículo de Business Angels".
in Jornal de Notícias, 3/11/2010 «O antigo Ministro das Finanças Miguel Cadilhe afirmou hoje, terça-feira, que a proposta de Orçamento do Estado para 2011 é a primeira que conhece que actua mais pelo lado da despesa do que pelo lado da receita. "É a primeira vez que vejo uma proposta de Orçamento que actua mais pelo lado da despesa do que pelo das receitas fiscais", disse hoje Miguel Cadilhe, na sessão de lançamento dos novos fundos do Invicta Angels, que dá início à Semana Nacional de Business Angels, no Porto.
Miguel Cadilhe
O antigo Ministro das Finanças defendeu que "é muito importante que nos próximos anos o país não esteja obcecado com o défice".
Recusando falar aos jornalistas sobre a proposta de Orçamento que vai ser votada na quarta feira, na Assembleia da República, Miguel Cadilhe afirmou estar "otimista" em relação ao futuro, expetativa que, acrescentou, "decorre da deceção dos últimos dez anos".
O Invicta Angels lançou hoje oito fundos, com um valor superior a seis milhões de euros, para investir em start-up inovadoras do Norte nos próximos três anos, em parceria com a Caixa Capital e o Programa Compete.
"O nosso grande objectivo é investir essencialmente no Norte de Portugal e acreditamos que há mais do que potencialidades para que nos apareçam projectos inovadores em que valha a pena investir", disse à Lusa o presidente do Invicta Angels.
Em declarações à Lusa, Ricardo Luz avançou que "os fundos de investimento de 40 associados da Invicta Angels, juntamente com a Caixa Capital e o Programa Compete, que totalizam um valor superior a seis milhões de euros, são dirigidos a oito áreas para investir nos próximos três anos", representando um reforço da atividade da associação com três anos de existência.
"Acreditamos que temos que desenvolver a região Norte para sair do marasmo em que estamos", disse, acrescentando que o objectivo é "incentivar empreendedores para que vão a jogo, para que lutem pelos seus objectivos".»
A Invicta Angels do meu amigo Ricardo Luz abre amanhã a Semana Nacional de Business Angels (www.fnaba.org/3snba) com boas notícias:
in Jornal de Negócios Online 1/11/2010
Ricardo Luz, Presidente da Invicta Angels
«O Invicta Angels lança amanhã oito fundos, com um valor superior a seis milhões de euros, para investir em "start-ups" inovadoras do Norte nos próximos três anos, em parceria com a Caixa Capital e o Programa Compete.
"O nosso grande objetivo é investir essencialmente no Norte de Portugal e acreditamos que há mais do que potencialidades para que nos apareçam projetos inovadores em que valha a pena investir", disse hoje o presidente do Invicta Angels. Em declarações à Lusa, Ricardo Luz avançou que "os fundos de investimento de 40 associados da Invicta Angels, juntamente com a Caixa Capital e o Programa Compete, que totalizam um valor superior a seis milhões de euros, são dirigidos a oito áreas para investir nos próximos três anos", representando um reforço da actividade da associação com três anos de existência.
"Acreditamos que temos que desenvolver a região Norte para sair do marasmo em que estamos", disse, acrescentando que o objectivo é "incentivar empreendedores para que vão a jogo e lutem pelos seus objectivos".
Ricardo Luz destacou que a intenção é "investir em empresas rentáveis" e, ao mesmo tempo, "afirmar a capacidade empreendedora e investidora da região Norte".
Com um valor de 770 mil euros por fundo, o Invicta Angels vai investir em empresas com menos de três anos nos sectores da agroindústria e ecoactividade, ciências da vida e biotecnologia, energia e ambiente, habitat e construção sustentável, saúde e dispositivos médicos, indústrias criativas, nanotecnologias e nanomateriais e tecnologias de informação, comunicação e eletrónica.
De acordo com o presidente, nos primeiros três anos de actividade, o Invicta Angels criou uma rede de parcerias que permitem "a partir de 2011, estar muito mais activo e visível no mercado, marcando uma nova fase da vida da associação".
A sessão de lançamento dos novos fundos da Invicta Angels, que dá início à Semana Nacional de Business Angels, organizada pela Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA), realiza-se na terça feira, no Palácio da Bolsa e conta com a presença do ex-ministro das Finanças Miguel Cadilhe.
O Invicta Angels que se define como "um clube constituído por pessoas disponíveis para investir dinheiro, competências, tempo e rede de contactos em projectos empresariais liderados por empreendedores da região", entrou no capital de três empresas - Fluidinova, Micropolis e Omnita.»
A propósito da criação da FNABA, no mês passado, considero importante divulgar algumas das declarações dos intervenientes. Assim, convido-o a ler um excerto das entrevistas realizadas pela jornalista Inês Henriques, no dia da constituição oficial da nossa associação.
De que áreas vêm os vossos investidores? Os nossos associados vêm de diversas áreas que representam, de certa forma, o tecido empresarial da região Norte: dos serviços, do comércio, de indústrias tradicionais, de novas indústrias, da área farmacêutica…Nos sectores chamados tradicionais conheço casos altamente inovadores e tecnológicos que mudaram de gestão, passaram de pais para filhos, foram comprados por outros, internacionalizaram-se, aproveitaram novas oportunidades, ou, por qualquer outro motivo, deram um salto que lhes permitiu crescer, conhecer novos mercados e novos segmentos, procurar capital e apoio para desenvolver o negócio. O conhecimento existe em todo o lado. Nós não temos qualquer tipo de “pré-conceito” em relação a qualquer tipo de negócio. O sector é irrelevante. O forte tecido empresarial da região Norte atrai projectos e empreendedores? Em termos de empreendedores, há claramente uma grande atracção para a região Norte, onde há muita investigação, desenvolvimento e indústria. Por exemplo, na área das medicinas da vida, a região do Porto tem 600 investigadores, que é metade daquilo que se investiga nessa área no país todo. Temos um triângulo de Universidades – Porto, Minho, Aveiro e mesmo Trás-os-Montes – que têm laboratórios e centros de investigação, onde têm vindo a surgir empresas muito inovadoras, algumas que já estão no mercado. O nosso objectivo é descobrir potenciais empresas inovadoras e ajudá-las a trazer o produto ou serviço criado, desde a investigação até ao mercado. Em primeiro lugar, é preciso ter um projecto que, de alguma forma, seja diferenciador no mercado. Ou seja, aquele produto ou serviço que vai colocar no mercado deve fazer a diferença, portanto, deve ser útil para suprir alguma necessidade que exista ou criar uma nova oportunidade. Segundo, o produto ou serviço deve ter um grande potencial de crescimento actual ou num futuro próximo. Em terceiro lugar, é preciso que o líder e a sua equipa sejam capazes de implementar esse projecto. Finalmente, o Business Angel deve acrescentar valor ao projecto, não só com o investimento financeiro, mas com o investimento em conhecimento, em redes de contactos, em acesso ao mercado.
José Alberto Fonseca, Presidente do Clube de Business Angels da Covilhã
O que espera que a criação da FNABA traga à sua região? O que é importante é que a nossa região não fique para trás, como ficou durante muitos anos e a criação da FNABA é um esforço nesse sentido. A filosofia é aproveitar, desenvolver e dotar a região de todos os mecanismos necessários para que as empresas possam aparecer. O Parque de Ciência e Tecnologia e a Universidade (aos quais nós estamos muito ligados), que é sempre uma nascente de novas ideias e iniciativas, são outras armas, digamos assim, neste sentido. Mas não é só a região do interior que precisa disto, todo o país está atrasado relativamente à Europa.
Paulo Andrez, Presidente do Clube de Cascais – Associação de Investidores de Cascais
De que áreas vêm os vossos Business Angels? Os nossos investidores vêm, sobretudo, da área do turismo e novas tecnologias, nomeadamente as ligadas ao ambiente. Do clube de BA fazem parte investidores que são relevantes na região. Entre os investidores mais mediáticos, temos o Comendador Rui Horta, fundador do grupo Top Atlântico, que foi dar à Espírito SantoViagens e que é o maior operador de agentes de viagens em Portugal e o Dr. Nandim de Carvalho. O que é, no vosso entender, um bom projecto empreendedor que mereça ser financiado? Primeiro o projecto tem que ter um bom promotor, depois tem que ser um bom projecto. Funciona assim: primeiro a equipa, depois o projecto. Um bom projecto é aquele que vai suprir uma falha no mercado e que é efectivamente uma oportunidade, porque existem boas ideias, que são nichos de mercado e que não têm dimensão. Até pode ser uma ideia inovadora, mas que não tenha mercado.
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