Image: Rawich / FreeDigitalPhotos.net |
Partilho com os seguidores deste blog mais uma notícia publicada sobre o Award internacional ganho pela Waymedia, empresa assessorada pela Gesventure:
http://tek.sapo.pt/noticias/negocios/waymedia_premiada_por_investidores_internacio_1108448.html
O Encontro Gesventure volta a superar as expectativas, contando a edição deste ano com mais de 150 inscrições até ao momento.
Gostava de dar especial destaque para o 1º Painel, que terá inicio por volta das 9.30 e que contará com:
Catroga, Eduardo Chairman da SAPEC Ministro das Finanças do XII Governo Constitucional |
Duque, João Professor Catedrático no ISEG Presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão, para o quadriénio 2009/2012 |
Piriquito, Horácio |
e de Manuel Avelino de Jesus, Professor Catedrático e director do ISG.
Ao longo o dia de amanhã, deixarei aqui informação sobre o XI Encontro Gesventure, discursos, apresentações e conclusões, pelo que poderá acompanhar este evento mesmo não podendo estar presente.
O XI Encontro Gesventure é já na próxima 5ª Feira e o prazo para inscrições no Elevator Pitch está a terminar.
Não perca esta oportunidade de apresentar o seu projecto a vários investidores.
Apresentações de 5 minutos. As apresentações decorrem de forma intercalada com a agenda do congresso, e têm como objectivo não só dar a conhecer ao público em geral novas oportunidades de negócio emergentes, mas também transmitir um pouco do espírito empreendedor que existe no nosso país. Esta é uma iniciativa inovadora em Portugal, tendo já sido introduzida no nosso país nos últimos eventos organizados pela Gesventure e com resultados muito positivos.
Consulte o capital já angariado através de eventos anteriores em http://www.gesventure.pt/11encontro/capital_angariado.htm
Para mais informações visite o site do XI Encontro Gesventure.
O envolvimento da Gesventure no EASY Project - Early Stage Investors for High Growth Business - tem-nos permitido identificar alguns sectores que regularmente mobilizam mais investidores ao nível Europeu. Para além das habituais TIC, são frequentes os projectos nos seguintes sectores: cleantech (tecnologias limpas), biotecnologia e ciências da vida (incluindo equipamentos médicos), design e media.
Acresce que a tendência verificada nos últimos anos de deslocalização de negócios, assentes na produção ou prestação de serviços quando o factor preço supera o factor criatividade, vai continuar a provar que não é sustentável nem um motor de desenvolvimento para o país continuar a competir com produtos que outros mercados respondem de forma bem mais eficiente.
Nesse sentido a internacionalização tem de ser feita com o recurso a actividades possuidoras de capacidade criativa, novos designs, novos processos, uma vez que é no valor humano e na capacidade de constante inovação que os jovens empreendedores se podem afirmar nos mercados internacionais.
A título de exemplo não resisto a mencionar a grande aposta efectuada pela Critical Links, um spin-off da Critical Softaware - empresa de capitais nacionais e com software desenvolvido em Portugal- que através de uma solução all-in-one para pequenas e médias empresas permite integrar numa única plataforma serviços de voz, dados, redes e segurança oferecendo todas estas funcionalidades numa única caixa, simplificando os serviços, reduzindo custos e optimizando o espaço. A Critical Links está presente em mercados tão distintos como o mercado Europeu, Americano ou Indiano nos quais tenta obter uma quota de mercado significativa para poder beneficiar em 2011 de um valor que se estima venha a ser de mais de 2.6 mil milhões de dólares.
Convido-o a ler um artigo elaborado pelo meu amigo Vítor Barbosa, Presidente da direcção da Alenbiz, Associação de Investidores do Alentejo sobre as dificuldades e oportunidades na actual Economia.
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"É reconhecido que a actual “pandemia” que grassa pela Economia Global veio questionar o modelo de desenvolvimento adoptado as sociedades mais desenvolvidas, o papel do Estado, das Instituições Financeiras e de Supervisão e - quero relevar - os nossos hábitos e modo de vida.
Em Portugal a nova realidade, que atingiu em cheio as nossas empresas - mesmo as mais competitivas - veio evidenciar as nossas fragilidades e dependências.
Esta situação impõe uma tomada de consciência e uma reflexão sobre o nosso papel colectivo e individual na sociedade: saídos há 35 anos de um mercado interno colonial, o nosso país ainda não consolidou o modelo de elo euro - atlântico que parece querer esboçar, nem cada um de nós se libertou da dependência do Estado nas nossas vidas e nas nossas iniciativas empresariais.
Desde Pombal ao Estado Novo que o poder do Estado se exerceu de forma excessivamente centralizada e concentrada. Está na nossa cultura de desresponsabilização querer um Estado que tudo determine, dirija e regulamente. A actual conjuntura veio de novo travar a sua reforma, dando argumentos aos que desejam o seu eterno adiamento.
A saída da crise impõe um caminho de melhoria da competitividade e da eficiência colectiva. Sem investimento privado disseminado nas pme’s e em actividades mais inovadoras e produtivas, a nossa progressão será medíocre. A iniciativa empresarial resultante da vontade individual de fazer melhor e diferente deve pois ser estimulada.
Cabe um papel fundamental à Escola, em especial à Universidade criar uma cultura de iniciativa e de responsabilidade como parte integrante da formação do indivíduo. A raiz do livre pensamento é a mesma da livre iniciativa.
Nas regiões do interior de Portugal, fruto da incapacidade do Estado de promover o Ordenamento equilibrado do Território, concentrando as populações no litoral, existem ainda regiões de enorme potencial.
Despovoadas e sem mercados de elevado consumo, estas regiões possuem um elevado potencial de melhoria da qualidade de vida se apostarem no conhecimento e na tecnologia, tanto no “upgrade” dos conhecimentos ancestrais como nos novos mercadores e valores, da preservação do ambiente às energias limpas, apoiando-se no conhecimento científico mas também nas artes e na cultura.
No Alentejo, onde tenho exercido a minha actividade profissional nos últimos 30 anos esta visão, parecendo óbvia, tarda a concretizar-se. Nesta região existe uma margem de crescimento elevado com pequeno investimento público, já que o “hardware” está lá todo: infra-estruturas de razoável qualidade na saúde e educação, excelentes acessibilidades, espaços de cultura e lazer. E como continua a ser melhorado, com ligações aéreas e de comboio de Alta Velocidade que a favorecem, o seu potencial será enorme.
É fundamental promover então o “software”, menos visível mas de elevada reprodução. Promover a qualificação e o ensino tecnológico e científico; incentivar e apoiar a iniciativa privada empresarial ou social, sustentada no conhecimento e na inovação; incutir a pedagogia da responsabilidade, aproveitando as dificuldades para criar oportunidades: criar o seu próprio negócio ou actividade, aplicar os conhecimentos e fazer melhor e diferente.
É no incentivo a estas actividades que algum esforço público se deve orientar, sem grandes regulamentos, instituições, linhas de crédito inacessíveis ou garantias infalíveis: mas com incentivos coerentes e claros ao investimento e regras simples e estáveis de acompanhamento.
O investimento directo na Economia Real numa perspectiva de proximidade parece ser uma excelente alternativa de rentabilidade dos recursos financeiros disponíveis dos aforradores, agora que se tornou mais evidente que não existe investimento sem risco nem aplicações financeiras com segurança absoluta.
Por isso a tentativa de concretizar em Portugal uma rede de investidores (conhecidos por Business Angels) promovida há alguns anos pela FNABA, e de que o Alenbiz é a expressão no Alentejo, poderá ser uma ferramenta extremamente relevante se estimulada e promovida com o enquadramento legal favorável que se faz esperar, agora que as dificuldades irão demonstrar a incapacidade da iniciativa pública tudo atender, agora que as dificuldades podem mobilizar as forças vivas da sociedade, todos nós, a ultrapassá-las, criando oportunidades."
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