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Hoje, segunda-feira, nasce em Lisboa a primeira Bolsa de Valores Sociais da Europa nasce. Lucros? Não. O objectivo é ajudar as organizações de cariz sócio-ambiental a conseguirem angariar mais fundos, através de donativos em forma de acções. Qual investidor interessado na empresa X e faz a sua aposta comprando acções.
Em Portugal, foram escolhidas quatro organizações para dar o input inicial à Bolsa de Valores Sociais, que só serão reveladas esta segunda-feira ao final da tarde, quando esta inovação social for lançada pela Fundação Calouste Gulbenkian, Euronext Lisbon e Fundação EDP, no Museu da Electricidade, em Lisboa.
As organizações envolvidas inicialmente desenvolvem actividades nas áreas de apoio a toxicodependentes, crianças portadoras de problemas de saúde, biodiversidade e avaliação do impacto social.
Uma organização apresenta um projecto, com a verba que necessita para o concretizar, sendo que cada investidor tem de comprar no mínimo dez acções, a um euro cada, o que perfaz um investimento mínimo acessível a qualquer pessoa- 10 euros. Depois, cada investidor pode acompanhar na bolsa a forma como o dinheiro é aplicado e o impacto social atingido na organização em que escolheu investir.
Os investidores sociais não têm retorno financeiro, mas podem abater o valor investido no IRS, explica Celso Grecco, autor da ideia, que nasceu junto da Bolsa de Valores de S. Paulo (BOVESPA), no Brasil.
Celso Grecco explicou que 100 por cento do valor investido chega directamente ao projecto escolhido pelo investidor.
Segundo o autor da ideia, no Brasil, a Bolsa de Valores Sociais já apoiou cerca de uma centena de projectos, no valor de quatro milhões de euros, e conta com 25 projectos cotados simultaneamente.
A ideia da Bolsa de Valores Sociais surgiu em 2003 na Bolsa de Valores de S. Paulo, o maior pólo de mercado de acções de toda a América Latina.
A Bolsa de Valores Sociais prova que o investimento empresarial pode tornar as organizações de apoio sociais mais fortes e sustentáveis, numa lógica bolsista.
A Bolsa de Lisboa, pioneira na Europa almeja tornar-se numa plataforma comum de responsabilidade social que visa uma sociedade mais justa e solidária e uma maior responsabilidade ambiental.