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Sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2011
Entrevista ao Magazine INEO

Partilho a entrevista que dei ao Magazine INEO- Inovação e Empreendedorismo, iniciativa da JeKnowledge com o apoio do IPN e da DITS. Agradeço, mais uma vez, ao jornalista Daniel Fernandes Lopes que, tão gentilmente me entrevistou.

 

 

Entrevista Via Skype from Gesventure on Vimeo.

 

Conheça o Magazine INEO em http://ineo.pt/ 


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publicado por Francisco Banha às 18:31
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Sexta-feira, 4 de Junho de 2010
Competências Necessárias para se fundar uma startUp

Partilho convosco um artigo da autoria de Vasco Patrício que saiu na Neswletter electrónica INEO- Inovação, Empreendedorismo e StartUps. 
O porquê de se juntar irreverência, paixão e flexibilidade na criação de uma nova empresa.

 

 

Um assunto muito pouco discutido no universo das start-ups são as competências-chave necessárias para fundar uma. Analisamos frequentemente exemplos, ouvimos de mestres e pessoas de sucesso o que deve ter um empreendedor, mas ouvi-lo de outras pessoas e senti-lo por nós próprios é algo bastante diferente. Deste modo, muitas vezes permanecem certas ideias em nós por esclarecer.
Neste artigo, vou procurar reunir algumas competências subvalorizadas que podem ser, de facto, factores cruciais para o sucesso de uma startup.


1. Irreverência


Muitas vezes ouvimos entrevistas de líderes de empresas que, tendo começado como ideias radicais e inovadoras, agora estabilizaram, e os seus dirigentes dão conselhos para o jovem empreendedor como se de um negócio normal se tratasse.


Uma ideia crucial que é preciso ter é que criar uma startup é assumir um risco. Sem eufemismos e sem meias medidas. Não podemos pensar que vamos criar uma empresa como “mais uma empresa”. Para criarmos uma empresa, temos de ter um ponto de vista, temos de estar dispostos a lutar pelo nosso ideal, e trabalhar por ele.


As empresas que produzem “produtos normais” são normalmente as que já foram irreverentes no seu tempo, e agora têm estabilidade financeira suficiente para poderem tomar menos riscos e lucrarem na mesma.


Deste modo, somos muitas vezes levados a pensar que uma startup pode funcionar como uma empresa “normal”, nada mais longe da verdade. Para criar uma startup, precisamos de trabalhadores ou excelentes, ou apaixonados, ou obcecados por um ideal, ou uma permutação destes três.


Muitas grandes empresas começaram quando pequenas quando os seus fundadores eram irreverentes jovens com dezenas de horas nas mãos. No entanto, após anos as suas empresas estabilizaram e agora dão conselhos como jogar pelo seguro ou evitar riscos.
O que me leva a uma nota sobre os melhores conselhos que o autor poderá obter sobre startups: Se queremos saber como é fundar uma startup, temos de perguntar a quem está a fundar uma startup, não a quem já a fundou e agora tem uma empresa estável. Isto pode ir contra as dezenas de líderes de empresas com sucesso que dão entrevistas, aos quais naturalmente estou grato como qualquer outra pessoa.
Mas vamos pela lógica: Se perguntarmos a quem está a fundar uma startup com sucesso, sabemos o que é fundar uma startup com sucesso. Se perguntarmos a alguém que já fundou uma startup, sabemos o que é já ter fundado uma startup. E é exactamente esse o estado de espírito que leva muitos jovens empreendedores a falhar: Têm o mesmo estado de espírito dos grandes líderes de empresas, de quem já tomou riscos mas já não toma. O problema é que, no início de uma startup, o risco é necessário.


2. Paixão


A segunda característica essencial para qualquer fundador de uma startup é paixão. Muitas vezes ouvimos fundadores de empresas falarem dos seus negócios sem sequer esboçarem um sorriso na cara, com um discurso monotónico e objectivo sobre o que as suas empresas fazem.
Não se enganem, leitores. Para fundar uma startup é necessário paixão pelo que se faz. Quando nos faltam os 10% finais do trabalho, se tivermos paixão ficaremos as últimas horas adicionais a trabalhar até conseguir realizar a tarefa na perfeição. Se não tivermos paixão deixamos o trabalho como está e dizemos “ficou normal, basta”.


A razão pela qual as startups singram é devido a esta paixão. Por uma quantidade de processos subconscientes que não consigo descrever aqui, a paixão pelo que fazemos torna-nos melhores. Somos mais optimistas, estamos dispostos a trabalhar mais e temos capacidade de trabalhar mais, temos liberdade para tomar riscos e enfrentar medos, a nossa inteligência flui melhor, entre outros.


Portanto, para desmitificar esta ideia de que podemos formar uma startup se formos simplesmente “um fato”, nada mais difere da verdade. Para fundar uma startup precisamos de ter o nosso ideal, por mais arriscado, irreverente, ou pessoal que seja. Com uma afirmação um pouco binarizante, arrisco-me a dizer que se o leitor não deseja criar uma startup para mudar o mundo, então não vale a pena criá-la.


Pessoas com paixão jogam para ganhar. Pessoas sem paixão jogam para não perder.
E para ter sucesso com uma startup, é preciso jogar para ganhar.


3. Flexibilidade


A terceira característica essencial para fundar uma startup é a capacidade de aguentar mudança. É frequentemente pensado que para fundar uma empresa apenas temos de saber trabalhar. Podemos colocar a nossa vida pessoal, emoções, capacidades de parte, e está tudo bem.
E esta ideia está totalmente errada. Arriscaria a dizer que a capacidade de mudança a que uma pessoa consegue adaptar-se é um factor tão importante quando os conhecimentos de programação, design, gestão, contratação ou outro numa startup.


Tudo na nossa vida é um reflexo da nossa vida. Se a pessoa A não está disposta a tomar riscos, e um trabalho exige riscos, essa pessoa faz apenas uma porção desse trabalho. Se a pessoa B está disposta a tomar riscos vai completar esse trabalho.


Daí a pessoa ser um factor bastante importante. A pessoa é a empresa. O leitor pode ter todos os recursos, computadores topo-de-gama, uma equipa de trabalho genial, mas se o leitor não quiser tomar um risco com a empresa, nunca vai ter a recompensa. Se não estiver disposto a tornar o produto excelente, nunca vai ter um produto excelente. Os meios são o veículo. Quem define o resultado somos nós. Se formos um 50%, o resultado será um 50%. Se formos um 100%, o nosso resultado será um 100%.


É essa a razão pela qual pessoas num escritório de madeira velha podem ser milionários. Porque podem não ter condições, mas eles são 100%. Hey, trabalhador A, precisamos que arrisques o teu medo de falhar para lançar este produto. Okay. Hey, trabalhador B, precisamos que fiques as horas extra para acabar este produto. Okay. E no final, surge um produto excelente. E as pessoas comentam em como “são sortudos”.
Estas competências são as mesmas em tudo na vida. Algo defendido nalguns ramos da psicologia é que, no modo que fazemos uma coisa, fazemos tudo. Se o leitor apenas lava os seus dentes até estarem “bons”, apenas trabalha até o trabalho está bom, apenas se dedica à sua relação até ela estar “boa”, apenas trabalha até a sua situação financeira estar “boa”.


Se por outro lado der 100% com a sua apresentação, dará 100% no seu trabalho. Nas viagens que planeia, no modo como comunica com os outros, entre inúmeros exemplos.


Há leitores que se dedicam a 30% no trabalho, se dedicam a 30% no estudo, se dedicam a 30% na comunicação com os outros, e depois esperam fundar uma startup que funcione a 100% e sejam milionários. O leitor está a ver para que destino segue este caminho?
Uma conclusão a que todos temos de chegar é que uma startup não é diferente de nada na vida. Muitos pensam: Existe a minha vida, e depois existe a minha startup. Sem sentido. Se tem paixão, terá na startup. Se lhe falta dedicação, faltará na startup. Se não consegue comunicar com colegas, terá o mesmo problema na startup. Se quer uma startup a 100%, mude a sua vida para ser a 100% antes.


Conclusão

 

Em conclusão, procurei abordar alguns dos aspectos psicológicos mais ignorados no processo de fundação de uma startup. Naturalmente que a parte técnica, de gestão, finanças e outras áreas não foi explorada neste artigo, pois existe uma base enorme de conhecimento sobre as referidas áreas. E não menosprezo o seu valor.


Mas espero que o leitor possa, depois de ler este pequeno texto, nunca mais ouvir um podcast ou ler uma entrevista onde o entrevistado diz “É preciso paixão”, e pensar algo como “okay, apenas preciso de trabalhar normalmente, paixão é irrelevante”, ou “posso continuar a trabalhar mediocremente e magicamente vou ter sucesso na startup porque sim”.


Neswletter INEO- Inovação, Empreendedorismo e StartUps:
http://ineo.pt/

 



publicado por Francisco Banha às 10:30
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