Para finalizar o meu contributo para que a reflexão sobre o incremento do mercado português de Capital de Risco seja uma realidade, não quero de deixar de expor a minha opinião sobre como deverá actuar a imprensa especializada:
a) Divulgação de textos sobre a evolução do capital de risco e do seu enquadramento a nível dos países onde o mesmo tem desempenhado, ao longo dos tempos, um papel relevante na criação e desenvolvimento de empresas.
b) Desenvolvimento de textos formativos sobre o envolvimento das SCR/FCR no financiamento (via capital próprio) e apoio às empresas, de modo a clarificar o espírito dos empresários e empreendedores que ainda, com muita frequência, revelam um desconhecimento deste importante instrumento financeiro.
Naturalmente que o contributo que tenho vindo a expressar ao longo dos últimos dias - e a concretização das ideias nele contidas - dependerá da nossa capacidade para assumir o compromisso de antecipação de mudanças e encontrar as soluções personalizadas, inovadoras e sustentáveis partindo de um perfeito entendimento da Visão estratégica que queremos para o nosso País.
E é esse compromisso que se impõe como um verdadeiro dever para todos aqueles que têm responsabilidades, directas e indirectas, na Indústria de Capital de Risco nacional.
Na sequência de anteriores posts sobre a dinamização do mercado português de Capital de Risco, saiba como a FNABA pretende dar a sua contribuição:
a) Articulação, com a APCRI, na divulgação da actividade de capital de risco em Portugal, e realização de acções conjuntas, de âmbito nacional e regional.
b) Melhoria da articulação entre as associações de BA’s no que respeita a:
i) Implementação de uma base de dados de BA’s inscritos nas diversas associações.
ii) Estabelecimento de uma rede de divulgação dos projectos (ao nível das suas características principais) de forma a conhecer eventuais BA’s interessados no apoio aos mesmos.
iii) Conhecimento, se possível, das principais áreas de interesse no envolvimento dos BA’s das respectivas associações (tipo de projectos, sectores de actividade, montante de recursos a aplicar).
c) Criação das necessárias condições que permitam às associações filiadas assumir uma participação mais activa nas suas áreas de referência, na captação de operações e no apoio às mesmas, quer junto de SCR/FCR, quer de outras associações.
Hoje deixo aqui o que na minha opinião deveria ser feito pelo Governo para o incremento do mercado português de Capital de Risco:
a) Definição clara de uma estratégia de desenvolvimento do Capital de Risco, como forma de apoio a projectos de raiz ou de empresas já existentes (micro empresas, PME’s e outras) através do reforço de acções práticas levadas a cabo pelos agentes dependentes do governo (IAPMEI, SCR/FCR públicas /CGD, SPGM e outras).
b) Criação de um regime fiscal para os ICR (BA’s) que incentive a actividade dos mesmos e estimule o seu apoio e envolvimento em projectos / empresas.
c) Criação de Fundos de Co-Investimento com Business Angels de forma a alavancar esta importante actividade de apoio ao Empreendedorismo qualificado.
d) Promoção da formação em Empreendedorismo nas escolas e universidades com o apoio de entidades vocacionadas e especializadas neste tipo de formação.
Amanhã partilharei convosco a forma como pretendemos que a FNABA dê o seu contributo a esta dinamização.
Na sequência do meu post anterior, deixo aqui mais ideias essenciais para o incremento do mercado português de Capital de Risco.
Sociedades de Capital de Risco/Fundos de Capital de Risco
a) Revisão e explicitação pública das respectivas estratégias de apoio a projectos, tendo presente o seu estádio de desenvolvimento, recursos financeiros necessários, dimensão, âmbito do mercado (nacional e ou internacional) de modo a evitar que os empreendedores recorram, em vão, a SCR/FCR cuja estratégia de apoio não abranja os projectos que aqueles pretendam desenvolver.
b) Reforço de um trabalho de interligação entre as SCR/FCR, de forma a desenvolver acções que visem o apoio a um maior número de projectos, diluindo o risco e envolvendo menos recursos por projecto.
c) Criação de FCR orientados para apoio de projectos nas fases de seed capital e start-ups, estes mais ao nível das SCR detidas maioritariamente pelo Estado ou entidades públicas.
d) Maior abertura e, consequentemente, assunção de uma postura menos conservadora na prospecção, análise e apoio a projectos seed capital e start-ups.
e) Maior articulação com a FNABA/Associações de BA’s no apoio a projectos, beneficiando do envolvimento dos BA’s pelo seu apport financeiro, apoio na gestão, abertura de mercados e acompanhamento na gestão das empresas.
Em breve deixarei aqui a minha opinião sobre o que deveria fazer o Governo sobre esta matéria.
Fonte: www.venturecapitalblogger.com |
No passado dia 2 de Junho, no decorrer da 5ª Edição do Evento CapCorp dedicado ao tema “Capital de Risco e Fusões & Aquisições”, tive a oportunidade de ouvir oportuníssimas constatações sobre a ausência de dinâmica na Indústria de Capital de Risco nacional.
Tais constatações foram proferidas pelo Dr. José Carrilho, Administrador da Caixa Capital e um dos mais profundos conhecedores desta Indústria, ao afirmar que " no decorrer do período de expansão económica que antecedeu a actual crise, a Industria de Capital de Risco foi completamente inexpressiva na dinamização da economia nacional, pelo que, se no período de crise agora em curso, a situação se mantiver inalterável, seremos então forçados a reflectir sobre a "razão de ser" desta Indústria no mercado nacional.
Estas justificadas preocupações poderiam ser o "mote" capaz de agregar todos os principais actores desta importante indústria, na conjugação dos esforços necessários à concretização de um Plano de Acção, realista e transparente, que permitisse lançar as bases de transformação desta indústria numa verdadeira alavanca da Economia Nacional.
De forma a dar o meu contributo para que essa reflexão venha a ser uma realidade, passo a expor algumas ideias que preconizo essenciais para o incremento do mercado português de Capital de Risco:
APCRI – Associação Portuguesa de Capital de Risco e Desenvolvimento
a) Promoção de diversos eventos, a nível nacional e regional, sobre o tema Capital de Risco, de modo a sensibilizar os empreendedores e investidores para a importância de uma maior procura e utilização de recursos financeiros para a concretização de projectos.
b) Publicação periódica (trimestral ou, no máximo, semestral), com divulgação no seu site e também na imprensa, de uma análise isenta das operações realizadas (seed capital, start-ups, capital desenvolvimento, MBO/I, Reestruturação) dos projectos apresentados, participações alienadas, reforços de capital (2nd round) e caracterização dos principais factores justificativos desta evolução.
c) Promoção periódica de reuniões entre sociedades de capital de risco e outros agentes, nomeadamente sociedades de apoio a empreendedores na angariação de capital, de forma a dar a conhecer a evolução do sector e criar condições de melhor articulação dos diversos agentes na captação de operações e eventual sindicação das mesmas.
d) Apresentação de linhas estratégicas de apoio ao desenvolvimento do sector, nomeadamente ao nível dos diversos estádios de desenvolvimento dos projectos (seed capital, start-up, capital de desenvolvimento/capital de substituição e MBO/MBI).
e) Maior articulação com as entidades governamentais, no sentido de conjugar os recursos financeiros das SCR/FCR com as linhas de crédito em vigor, para apoio a novos projectos ou empresas já existentes.
f) Maior articulação com as universidades/Incubadoras de empresas na captação das operações para este tipo de fonte de financiamento, independentemente da (s) SCR/FCR que vier (em) a apoiar o (s) projecto (s).
g) Maior articulação com a FNABA, de forma a desenvolver o apoio conjunto entre SCR/FCR e BA’s no apoio a projectos.
Amanhã deixarei aqui a minha opinião sobre as ideias essenciais para as Sociedades de Capital de Risco/Fundos de Capital de Risco.
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