Depois de ter sido acusado de ter ajudado a ampliar os efeitos da crise financeira por causa da regra do “fair-value”, o IASB, o organismo internacional que emite as regras internacionais de contabilidade, avançou com uma proposta de alteração à valorização dos instrumentos financeiros.
Segundo avança o “Financial Times”, o IASB dará mais liberdade de opção aos bancos e seguradoras para escolherem a forma como valorização os seus fortfolios financeiros: se se tratarem de posições de curto prazo, o “fair-value” (valorização dos activos ao preço justo, uma aproximação ao preço de mercado) prevalece; mas, se a empresa entender que se trata de uma participação de longo prazo, então pode usar o custo histórico.
O FT ilustra a mudança recorrendo ao exemplo das obrigações do tesouro norte-americanas, um título com elevada liquidez. Actualmente, os bancos e seguradoras são obrigados a registar o titulo ao seu preço de mercado. Contudo, caso a proposta do IASB vingue, se a instituição de crédito entender que a o investimento é de longo prazo, pode, em alternativa, registá-lo pelo método do custo amortizado, afastando a volatilidade da primeira opção.
Esta é a resposta do IASB à IASB à intensa pressão internacional de bancos e reguladores, que, desde que a crise estalou, estão a acusar a regra do “fair-value” de ter ampliado as perdas contabilísticas, em especial do sector financeiro. O argumento é que o “fair-value” cria uma volatilidade desnecessária nos resultados contabilísticos, contribuindo para a perda de confiança dos investidores.
Artigo publicado em jornaldenegocios.pt da autoria de Elisabete Miranda.
-
Portal do Empreendedorismo no Desporto
-
Antonuco
-
iZNovidade
-
Start-Up Whisperer
-
Seth Godin
-
Venas Inside
-
No Fio da Navalha