Na sequência da minha proposta de criação de uma Secretaria de Estado para o Empreendedorismo, para não falar mesmo da criação do Ministério do Empreendedorismo, recebi algumas questões, sobre a importância da Educação em Empreendedorismo, da parte de alguns amigos que me seguem neste nosso espaço de diálogo e reflexão, que decidi comentar e partilhar com todos aqueles que tem interesse no aprofundamento deste tema e desta maneira tentar contribuir para o esclarecimento de algumas mentes que continuam a ver estas ideias como mais do mesmo e o que é mais grave como consumidor de recursos por parte do Estado…
1. Sei que é um acérrimo defensor do Ensino do Empreendedorismo como via de transição para a citada Economia do Conhecimento. O que é, na sua opinião, uma educação empreendedora?
A Educação em Empreendedorismo pretende sensibilizar e motivar os alunos para a importância do empreendedorismo no mundo actual. Acreditamos que o empreeendedorismo pode ser aprendido e que é possível construir uma sociedade mais empreendedora explicando aos nossos jovens o que é o empreendedorismo e desmistificando o conceito.
A educação, ao longo do tempo, tem sido vista segundo uma dupla perspectiva.
Por um lado, uma educação que enriquecesse a pessoa em si, que a torne mais instruída e rica. Ou seja, todos deveríamos ser educados com o objectivo de podermos vir a tomar as nossas decisões, tendo por base todo o conhecimento que nos passaram.
Uma outra perspectiva relaciona-se com uma Educação mais pragmática que forma com o intuito de integrar os alunos nas sociedades e nos mercados de trabalho. É nesta perspectiva que se insere a Educação em Empreendedorismo que permite fazer a ponte entre o campo educativo e o mercado de trabalho. A educação em empreendedorismo pretende dar aos alunos um vasto conjunto de ferramentas que lhes permitam, no futuro, tomar um conjunto de opções. Estas duas perspectivas não são antagónicas, mas hoje sente-se uma enorme preocupação em dar sentido às aprendizagens que os alunos realizam, pois embora seja importante ter um vasto conjunto de conhecimentos, é essencial saber mobilizar esses conhecimentos para aquilo que será o futuro e esse passa pelo mundo laboral.
A educação em empreendedorismo pretende esbater a enorme barreira que ainda hoje separa a Escola das restantes organizações sociais. Assim, se a Escola tem como missão preparar para a vida, deve fazê-lo em conjunto com a sociedade e com as suas forças vivas. Os estabelecimentos de educação e formação deverão estimular as competências e o espírito empreendedor dos alunos ao longo de toda a sua aprendizagem.
2. A educação empreendedora não visa apenas a criação futura de negócios? Correcto?
A educação em empreendedorismo, que tenho vindo a preconizar, pretende desenvolver um conjunto de atitudes e competências para o desenvolvimento dos alunos. Quando falamos em competências como a autonomia, criatividade, espírito de iniciativa e inovação não estamos apenas a falar na esfera do empreendedorismo, estamos, num âmbito mais geral, a falar em formação integral dos alunos.
Assim, acredito no empreendedorismo enquanto um modo de estar e de interpretar o mundo onde vivemos, podendo ser empreendedores sem ter o nosso negócio. O negócio poderá ser um caminho, mas o nosso objectivo é promover uma mudança de atitudes que acreditamos só ser possível através da nossa metodologia de ensino “learning by doing”.
A GESENTREPRENEUR - empresa do grupo GESBANHA - ministra a citada metodologia, neste ano lectivo, junto de mais de 7000 alunos e 400 professores. A experiência torna-se o livro de texto. As competências apreendem-se, não se avaliam segundo o conceito de certo ou errado. Podemos mudar a nossa visão com a nossa formação, com as nossas leituras, mas as atitudes mudam-se com acções, pelo que temos que criar experiências para que os empreendedores possam tomar a melhor opção.
O objectivo da GesEntrepreneur é desenvolver o melhor indivíduo, o melhor empreendedor, porque será esse que tomará a decisão certa, sem que outros lhe digam que opção tomar. Ensinando a tomada de decisão aos nossos jovens, eles irão escolher o melhor caminho , seja criando o seu próprio emprego, abrindo o seu negócio ou trabalhando por conta de outrem. De certeza que se tomar essa opção, irá trabalhar e agir de uma forma empreendedora, tendo um factor de diferenciação bastante forte em relação aos outros que não beneficiaram da mesma.
3. Os pais estão preparados para uma educação empreendedora?
Os pais estão parcialmente preparados para este tipo de educação, uma vez que querem o melhor para os seus filhos e a educação em empreendedorismo pode ajudá-los a prepararem-se para o séc. 21. Contudo, ainda não se aperceberam disso, uma vez que é um modelo educacional baseado na acção, diferente da educação à qual estão acostumados. Os pais vão precisar de perceber que em educação em empreendedorismo, as suas crianças vão participar em actividades fora da sala de aula e da escola. Quando as suas crianças chegam e perguntam a opinião dos pais sobre as suas ideias de negócio, não devem criticar logo, mas antes permitir que o jovem lidere o processo e suporte as suas ideias, uma vez que a experiência empreendedora é a chave para a sua aprendizagem, quer bem sucedida financeiramente ou não. Os que os pais podem fazer para ajudar as suas crianças é apoiar as suas actividades fora do currículo escolar e louvar os esforços dos jovens quando aderem a uma actividade.
4. O que é na sua opinião uma educação empreendedora?
Caracteriza-se por aspectos distintos:
1. Há oportunidades para arriscar, para efectivamente conduzir um negócio.
Este aspecto da educação em empreendedorismo é crítico e o que o torna único. Não quero com isto dizer a condução de um grande negócio enquanto estudam, mas sim a oportunidade de iniciar, gerir e fechar um negócio, durante períodos tão curtos como meio dia. O objectivo não é fazerem lucro, apesar de isso também ser bom. O objectivo é que comecem a aperceber o pensamento empreendedor e que comecem a desenvolver as qualidades empreendedoras que têm. O negócio que vão conduzir é a sua ideia, algo que eles queiram fazer (não é a gestão de um negócio na qual eles têm uma função. Isso seria educação em gestão).
2. Situa-se na comunidade, envolvendo a comunidade.
Por isto, quero dizer que as acções do estudante estão inseridas na realidade e a comunidade fornece o feedback para o aluno de forma imediata, comprando ou não comprando o produto. Os alunos também ficam a conhecer a sua comunidade e os líderes dos negócios locais de forma a melhor perceber o pensamento empreendedor. Através de conversas com empreendedores, apercebem-se das características que têm e que se assemelham às dos empreendedores que conhecem.
3. As consequências das acções dos alunos são determinadas por estes.
Assim, os estudantes aprendem que as suas acções têm um impacto directo neles próprios. Se produzirem um produto mau vão receber reclamações e vão ter que perceber a situação. É importante que sejam eles a perceber e não os professores ou pais por eles. Se estes se substituírem nesta função, o aluno estará protegido e não aprenderá com a lição. De forma oposta, se o aluno faz algo bem, como realizar lucro, por exemplo, então o reconhecimento deverá ser do próprio aluno. Se for a escola a ficar com o créditos ou se o obrigar a entregar os lucros a uma causa social sem o consentimento do aluno, então a recompensa é-lhe tirada e a ligação entre a acção e a consequência desaparece.
5. De que forma pode direccionar-se no dia-a-dia um diálogo empreendedor?
Enquanto pai, pode conduzir um diálogo empreendedor quotidiano discutindo os resultados de pessoas em áreas diversas. Quando discutirem os acontecimentos do dia, discuta as coisas normais como o desporto… mas também as coisas que as pessoas fizeram. Isto não é obrigatoriamente focado no negócio. A ideia é reconhecer a atitude empreendedora e colocá-la num “pedestal” à semelhança do que hoje se faz com os desportistas ou modelos internacionais.
Enquanto trabalhadores, quer seja a trabalhar para o Estado, para privados ou ONGs, é importante perceber onde o empreendedorismo pode ser aplicado e como pode ajudar a atingir os nossos objectivos. Ser consciente do conceito empreendedorismo é o primeiro passo para pensar nas possibilidades. O passo seguinte é trazê-lo para as discussões. Se houver formas de que uma abordagem empreendedora possa ajudar, mencione-a. Não falo exclusivamente do sector privado nem de soluções de negócios mas sim que uma abordagem empreendedora pode conduzir a soluções, que podem ser ou não uma solução de negócios.
6. Podemos perceber na criança características empreendedoras? E assim percebendo, como devem os pais agir?
Sim podemos. A primeira coisa a identificar são as características em si e não o empreendedor por si só. Um exemplo é a criatividade. É essencial ao empreendedorismo mas não é exclusiva. Um artista é criativo, como o são muitas outras personalidades. Contudo, algumas características chave são perceptíveis através das atitudes das crianças, nomeadamente o que querem fazer, o que tentam fazer, etc. Algumas destas características podem revelar um desejo de fazer as coisas à sua maneira, resistência à autoridade, ou uma afinidade natural pela comunicação, apenas citando algumas.
Como pais, precisamos de ver os aspectos positivos na rebelião das crianças e encontrar maneiras de reforçar os seus aspectos. Os pais precisam de encorajar as suas crianças a serem independentes e contribuidoras para a sociedade. Neste séc.21 não queremos uma sociedade de “sim senhor”. Portanto, como pais, precisamos de encorajar uma atitude activa de “posso fazer” e um sentido de independência.
7. Qual a importância de uma educação com esse enfoque?
Vou alterar a questão para as suas vantagens e colocar a relevância como parte da resposta. A vantagem da educação em empreendedorismo é o facto de que trás importância à educação em muitos casos. Uma das principais queixas dos alunos é “Porque é que tenho de aprender isto se nunca vou ter de o usar?”. Este nunca é um problema como educação em empreendedorismo. A relevância é imediata. Faço dinheiro ou tenho resultados.
No longo prazo, no aspecto educativo, a importância assenta na mudança de atitude comparativamente ao ensino tradicional. A atitude é formatada pela acção e a formação em empreendedorismo é baseada em acção. Uma educação que produz atitudes empreendedoras e prepara a juventude para a vida após a escola.
8. Devemos aqui alertar e separar que uma educação empreendedora, não é necessariamente, aquela que no futuro a pessoa terá um negócio, certo?
Correcto. A educação em empreendedorismo é sobre atitude, características e qualidades pessoais, bem como competências e conhecimento de gestão. Um negócio no futuro é apenas um resultado. Todos os empregadores querem trabalhadores com um espírito empreendedor. E o empreendedorismo apela a juventude uma vez que está em sintonia com os seus desejos de tomarem o controlo das suas vidas.
O culminar do ano lectivo de 2009 dos alunos dos concelhos de Cascais e Trofa vai ser original: com uma viagem a Londres!
Estes alunos foram alvo do programa de ensino de empreendedorismo da GesEntrepreneur, nas escolas que frequentam.
A viagem a Londres é uma missão empreendedora, onde os alunos conhecem uma nova realidade, desenvolvem a sua capacidade de networking, partilham experiências e abrem novos horizontes.
A viagem tem uma forte componente empreendedora, com visita ao Center for Entrepreneurial Learning, ao St. John’s Innovation Center (ambos em Cambridge), London Knowledge Innovation Center e almoços com empreendedores locais.
Existe uma componente cultural muito forte, constituída por visitas a locais emblemáticos como o Museu Madame Tusseaud, o Hard Rock Cafe ou Buckingham Palace. Os alunos vão assistir ao Musical de sucesso mundial “Mamma Mia”, no Prince of Wales Theatre.
A “Missão Empreendedorismo Londres 2009” é a quarta edição do prémio final atribuído às escolas cujos alunos ficam no topo dos classificados dos concursos de empreendedorismo. A viagem é acompanhada por professores, técnicos da agência DNA Cascais e da GesEntrepreneur.
Visite o site: http://www.gesentrepreneur.com/
Há pouco tempo publiquei um post sobre a importância da educação em empreendedorismo e exemplifiquei com o caso de Zucuria Ussery, estudante de 16 anos, que lançou “A Cabana dos Batidos” (vide post 3.9.09). Zicuria venceu o concurso regional da Geórgia do National Youth Entrepreneurship Challenge, promovido pela Network for Teaching Entrepreneurship (NFTE), associação americana sem fins lucrativos que se dedica à educação em empreendedorismo.
Hoje falo-vos de uma jovem empreendedora de Chicago, que desde os 14 anos costura a partir do seu quarto. Zoe Damacela (na foto) tem 17 anos e desenha e costura roupa para senhora “costume made”. Nos últimos quatro anos, vendeu mais de 300 vestidos.
Tudo começou aos 7 anos quando Zoe, a crescer numa família monoparental, quis um brinquedo caro que a mãe não lhe podia comprar. Fizeram um acordo: se Zoe conseguisse metade do dinheiro (cerca de $30), a mãe entraria com o restante. Criativa e com talento para as artes, a pequena Zoe pôs mãos à obra- fez postais e vendeu-os numa manhã, perfazendo os $30. Teve o seu brinquedo!
Aos 14 anos, Zoe já fazia a sua própria roupa e, passado um ano, começou a vender a amigos, mas como um mero hobby. Vendia vestidos por $65 e nem se preocupava com a sua margem de lucro.
Soube do programa “Small Business Entrepreneur”, desenvolvido pela NFTE e ministrado na sua escola. Aprendeu a gerir um negócio, a calcular o retorno do investimento, a levar em conta os custos de tempo e matéria-prima. Conseguia aplicar tudo o que aprendia quotidianamente, assim que chegava ao seu quarto.
Actualmente, cobra entre $60 e $2000 dólares por vestido, já vendeu modelos exclusivos e já vestiu toda uma boda de casamento! Decidiu pagar-se a $20 por hora e o restante deposita numa conta de uso apenas empresarial.
“Considerando todas as opções, é muito mais rentável iniciar o meu próprio negócio do que trabalhar por conta de outrem”- afirma Zoe, que venceu o concurso regional de Chicago do National Youth Entrepreneurship Challenge, que terá a sua final em Nova York no próximo mês de Outubro.
Zoe Damacela não se deixa iludir pelo sucesso do seu negócio e sabe que uma boa educação é fundamental: pretende licenciar-se em Artes e manter em paralelo o seu “Zoe Damacela Apparel”.
Saiba mais em: http://zoedamacela.com/
http://www.chicagobusiness.com/cgi-bin/multiMedia.pl?mmId=779
A Network for Teaching Entrepreneurship (NFTE) é uma associação americana sem fins lucrativos fundada em 1987 pelo professor Steve Mariotti, que se apercebeu que a “educação do mundo real”- aquela que se ganha quando se monta um negócio- é um caminho a percorrer.
A NFTE promove anualmente o National Youth Entrepreneurship Challenge (Concurso Nacional do Jovem Empreendedor), extensível a todo o país e sub-dividido em concursos regionais. Os vencedores dos concursos regionais disputam o prémio final em Nova Iorque, no valor de 10.000 dólares.
Zicuria Ussery (na foto), 16 anos, aluna de excelência a dois anos de ingressar na licenciatura em engenharia industrial, foi a vencedora do concurso regional da Georgia.
“The Smoothie Shack”, ou a “Tenda dos Batidos”, consiste na venda a estudantes de batidos artesanais de fruta, fora do horário de aulas e nas suas actividades extracurriculares. Zicuria verificou que as máquinas de vending e o bar escolar não ofereciam grande variedade de bebidas e ainda menos, de bebidas saudáveis.
O júri regional elegeu com a sua ideia de negócio, deleitando-se com as amostras dos vários batidos (feitas pela própria Zicuria) e felicitando o seu forte plano de negócios.
Cerca de 1000 estudantes concorreram com as suas ideias de negócio e foram seleccionados 27 para o prémio final. Zicuria é a única estudante natural da Geórgia, estado caracterizado pelos baixos rendimentos da sua população.
O concurso nacional da NFTE é dirigido a estudantes de baixos rendimentos entre os 13 e os 19 anos. O concurso é o culminar do programa anual ministrado nas várias escolas do país. Empreendedorismo é ensinado como uma parte do programa de matemática, formação cívica ou pode ainda ser uma disciplina optativa. O programa é como um mini-MBA, onde os estudantes aprendem a fazer um plano de negócios que contemple custos iniciais, custos com a angariação de clientes, custos unitários de produtos, custos com o ponto de venda e ainda a previsão de vendas e de rendimentos.
Este programa é financiado por várias empresas e beneméritos individuais, sendo dirigido a estudantes de comunidades carenciadas. É oferecido em mais de 600 escolas dos EUA e em mais 13 países, incluindo a China e Israel. Estima-se que mais de 280.000 estudantes tenham já sido abrangidos pelo programa de empreendedorismo.
Zicuria Ussery planeia lançar o seu negócio na próxima Primavera, fazendo os batidos e começando a vende-los na sua escola; eventualmente, planeia expandir-se para outras escolas e contratar colaboradores.
A educação em empreendedorismo é, de facto mundialmente imperativa, como defendo desde sempre. Muda a vida a milhares de estudantes e fá-los “sair fora da caixa”. Nas palavras da jovem vencedora, que afirma não ter sido empreendedora desde sempre, “a NFTE ajudou muito ao meu desenvolvimento intelectual”.
Saiba mais em:
http://www.ajc.com/business/smoothie-idea-takes-teen-128610.html
http://www.atlanta.k12.ga.us/1861101118113928800/cwp/view.asp?A=3&Q=289502&C=55462
A educação em empreendedorismo, que tenho vindo a preconizar, pretende desenvolver um conjunto de atitudes e competências para o desenvolvimento dos alunos. Quando falamos em competências como a autonomia, criatividade, espírito de iniciativa e inovação não estamos apenas a falar na esfera do empreendedorismo, estamos, num âmbito mais geral, a falar em formação integral dos alunos.
Assim, acredito no empreendedorismo enquanto um modo de estar e de interpretar o mundo onde vivemos, podendo ser empreendedores sem ter o nosso negócio. O negócio poderá ser um caminho, mas o nosso objectivo é promover uma mudança de atitudes que acreditamos só ser possível através da nossa metodologia de ensino “learning by doing”.
A GESENTREPRENEUR - empresa do grupo GESBANHA - ministra a citada metodologia, neste ano lectivo, junto de mais de 7000 alunos e 400 professores. A experiência torna-se o livro de texto. As competências apreendem-se, não se avaliam segundo o conceito de certo ou errado. Podemos mudar a nossa visão com a nossa formação, com as nossas leituras, mas as atitudes mudam-se com acções, pelo que temos que criar experiências para que os empreendedores possam tomar a melhor opção.
O objectivo da GesEntrepreneur é desenvolver o melhor indivíduo, o melhor empreendedor, porque será esse que tomará a decisão certa, sem que outros lhe digam que opção tomar. Ensinando a tomada de decisão aos nossos jovens, eles irão escolher o melhor caminho , seja criando o seu próprio emprego, abrindo o seu negócio ou trabalhando por conta de outrem. De certeza que se tomar essa opção, irá trabalhar e agir de uma forma empreendedora, tendo um factor de diferenciação bastante forte em relação aos outros que não beneficiaram da mesma.
O facto de ser Empresário há 23 anos, exercer a actividade de Professor Universitário nas áreas da Gestão e Estratégia e de estar ligado à criação de um novo Ecossistema de empreendedorismo no nosso País, permitiu-me constatar que a oferta actual existente ao nível do ensino de empreendedorismo se encontra completamente desajustado das reais necessidades do mercado. Qualquer curso que vemos no mercado centra-se no desenvolvimento de competências ao nível do marketing, liderança, finanças ou como fazer um business plan para implementar um negócio em detrimento da exploração das características intrínsecas que se encontram subjacentes a uma atitude empreendedora.
Empreendedorismo antes de mais, é uma forma de estar na vida. É algo que está dentro de nós, o desejo de controlarmos a nossa própria vida, o nosso destino. A educação nesta área deverá desmistificar o conceito de empreendedorismo, explicando que todos nós temos algumas características empreendedoras e que as podemos utilizar para controlar a nossa vida.
Nesse sentido, a aspiração a ser empreendedor, a auto-confiança, a resolução de problemas devem ser trabalhadas para o "bichinho" do “just do it” ficar dentro do formando. E a melhor maneira de formar um empreendedor, é proporcionar-lhe condições para que ele possa fazer as coisas acontecerem. Assim, em vez de tentarmos levar o mundo exterior à sala de aula, levamos os formandos ao mundo exterior, fazendo-os sair da sua zona de confiança.
Os sucessos da actividade "Empreendedor por um Dia", por todo o mundo têm demonstrado que a metodologia "learn by doing" é vencedora no ensino do empreendedorismo, pois permite aos formandos produzir o seu próprio conhecimento, sendo o papel, tradicional, do professor substituído pelo de facilitador.
A educação em empreendedorismo, que tenho vindo a preconizar, pretende desenvolver um conjunto de atitudes e competências para o desenvolvimento dos alunos. Quando falamos em competências como a autonomia, criatividade, espírito de iniciativa e inovação não estamos apenas a falar na esfera do empreendedorismo, estamos, num âmbito mais geral, a falar em formação integral dos alunos.
Assim, acredito no empreendedorismo enquanto um modo de estar e de interpretar o mundo onde vivemos, podendo ser empreendedores sem ter o nosso negócio. O negócio poderá ser um caminho, mas o nosso objectivo é promover uma mudança de atitudes que acreditamos só ser possível através da nossa metodologia de ensino “learning by doing”.
A GESENTREPRENEUR - empresa do grupo GESBANHA - ministra a citada metodologia, neste ano lectivo, junto de mais de 7000 alunos e 400 professores. A experiência torna-se o livro de texto. As competências apreendem-se, não se avaliam segundo o conceito de certo ou errado. Podemos mudar a nossa visão com a nossa formação, com as nossas leituras, mas as atitudes mudam-se com acções, pelo que temos que criar experiências para que os empreendedores possam tomar a melhor opção.
O objectivo da GesEntrepreneur é desenvolver o melhor indivíduo, o melhor empreendedor, porque será esse que tomará a decisão certa, sem que outros lhe digam que opção tomar. Ensinando a tomada de decisão aos nossos jovens, eles irão escolher o melhor caminho, seja criando o seu próprio emprego, abrindo o seu negócio ou trabalhando por conta de outrem. De certeza que se tomar essa opção, irá trabalhar e agir de uma forma empreendedora, tendo um factor de diferenciação bastante forte em relação aos outros que não beneficiaram da mesma.
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