1. Fogões solares: mais saúde, melhor ambiente

O eco-negócio tem como característica principal a sua capacidade de dar resposta a problemas ambientais. É um negócio inovador pois conquista novos mercados, cria novos produtos/ serviços, mobiliza novos recursos, constituindo-se num verdadeiro desafio.

Por outro lado, o eco-negócio alia a protecção ambiental às competências, interesses e recursos pessoais e da organização, não deixando de satisfazer necessidades do mercado.

O homem tem necessidade intrínseca de se alimentar, cozinhando os seus alimentos e esterilizando água. A forma como o faz é que pode ser mais amiga do ambiente, se utilizar um fogão solar.

Os fogões tradicionais são poluentes, a exposição prolongada ao fumo pode levar a doenças e, paralelamente, a queima progressiva de madeira pode levar à desflorestação.

O fogão solar, que pode ser em caixa ou painel, reflecte a luz do sol numa superfície plana, focalizando calor suficiente para cozinhar alimentos e aquecer água. Este fogão é extremamente simples: qualquer pessoa o pode construir, exige apenas cartão, alumínio e vidro; é portátil de uma funcionalidade muito simples. É eficaz: coze e assa alimentos, ferve água.

Sublinhe-se que a cozinha solar se adapta às várias culturas e gastronomias o que, per se, possui um tremendo potencial de vendas à escala global.

O fogão solar existe desde os anos 70, contudo, no Ocidente tem sido associado aos países em vias de desenvolvimento, dada a sua simplicidade e, sobretudo, parco (ou mesmo nulo) design (ver imagem).

As possibilidades de reinventar o fogão solar são inúmeras, começando pelos seus materiais e acabando no seu design e estética.

O fogão solar pode mudar a vida a milhares de pessoas nos países em vias de desenvolvimento, evitando que percorram Km para apanhar madeira e depois a queimarem, empobrecendo a floresta e potenciando problemas de saúde devido à inalação de fumos. No mundo ocidental, o forno solar tem um enorme potencial no mercado de lazer, sendo uma óptima alternativa no campismo, praia, férias, caravanismo.
O fogão solar é uma eco-ideia de negócio, uma vez que respeita o ambiente e satisfaz uma necessidade de mercado e gera mudança comportamental.

Links úteis:
 
- http://www.ajc.pt/cienciaj/n10/avulso.php3
 
- www.solarcooking.org
 
- Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=kbJ6K3GIkKY
 

Numa altura em que as alterações climáticas e a constante deterioração do ambiente estão na ordem do dia, é imperativo fazer a diferença na nossa empresa. Observamos que grandes empresas mundiais (como a Wal Mart) começam a ter a protecção ambiental inserida na sua estratégia de negócio. Uma empresa com responsabilidade ambiental torna-se mais competitiva, especialmente numa altura de crise económica.

Na verdade a pressão para a “revolução verde” é cada vez maior e recai nas empresas, por via da legislação e também pela pressão dos consumidores/ clientes. A verdade é que uma empresa com responsabilidade ambiental se torna mais competitiva, especialmente numa altura de crise económica.

Para uma empresa se tornar verde, tem de ultrapassar várias etapas, nem todas necessariamente fáceis. Numa primeira fase, tenta convencer os seus fornecedores, financiadores e investidores que a opção ambientalmente responsável é viável, pois trará ganhos a longo-prazo e uma enorme poupança. Depois, a empresa terá de investir em novos equipamentos, mais económicos e ecológicos. Por fim, a empresa assume e mantém um compromisso ambiental, que começou no seu interior e que se desloca para fora - para os seus clientes, consumidores e para o público em geral.

Uma eco-empresa sabe que não é apenas a sua existência e capacidade de lucrar que está em causa, mas o futuro dos seus colaboradores, familiares, amigos e em larga escala, do planeta.

A eco-empresa desafia o pensamento tradicional e inaugura um ciclo onde repensa a sua forma de estar, optimizando o seu negócio com respeito pelo ambiente e vincada responsabilidade colectiva.

Como não existe moeda sem reverso, os problemas ambientais são uma fonte de oportunidades de negócio. O eco-negócio junta um produto ou serviço inovador para o mercado à resposta a um problema ambiental.

Os eco-negócios, como se pode observar, crescem com bastante rapidez, pois respondem a problemas ambientais que se traduzem em preocupações sociais, a que os consumidores estão cada vez menos indiferentes. Podemos tomar como exemplo a alimentação orgânica, os cosméticos biodegradáveis, os transportes movidos a biodiesel ou o vestuário ecológico. 


Nos próximos posts, partilharemos um conjunto de ideias simples e inovadoras de eco-empreendedorismo.