Depois de terem ganho a nível nacional, quatro estudantes da Escola Secundária do Forte da Casa venceram a final europeia do Concurso Europeu de Cartazes sobre os direitos das crianças, intitulado, “Desenha-me um Direito”.
A mão da criança dá a dimensão humana ao cartaz. A cor ilustra a infância contrastando com o lado escuro da exploração do trabalho infantil. Os lápis simbolizam a única ferramenta que uma criança deveria usar. O verde, em particular, surge pela esperança num futuro melhor com as crianças a ter acesso à educação e ao direito a ser simplesmente criança.
Esta é a mensagem implícita no cartaz elaborado pelas quatro estudantes da Escola Secundária do Forte da Casa, concelho de Vila Franca de Xira, que convenceu o júri e arrecadou o primeiro prémio do concurso europeu “Desenha-me um Direito” (Ver Caixa), entre os participantes dos 27 Estados membros da União Europeia.
O trabalho elaborado por Raquel Marques (16 anos), Inês Bico (15), Fátima Nobre (15) e Soraia Azinheira (16), sob a orientação da professora Susana Martins, – depois de ter ganho o concurso a nível nacional no passado mês de Abril – foi escolhido como um dos três melhores cartazes europeus na faixa etária dos 15 aos 18 anos, onde estiveram a votação 3895 trabalhos representando os direitos das crianças.
Como recompensa, a equipa denominada de RIFS – cada letra significa a inicial do primeiro nome das jovens – viajou até Bruxelas no fim-de-semana de 8, 9 e 10 de Maio último, onde foi anunciado o vencedor entre os três cartazes pré-seleccionados. As estudantes portuguesas venceram, deixando em segundo uma equipa belga e em terceiro uma outra alemã.
Antes de partirem para a Bélgica as estudantes tiveram de responder a um formulário de participação. Uma das questões era saber os motivos pelos quais decidiram ilustrar aquele direito. “Como estudantes e tendo nós o privilégio do acesso à Educação, sensibilizámo-nos para o facto de existirem crianças que não têm. Quisemos também chamar a atenção da sociedade pois infelizmente no nosso mundo, as crianças são constantemente exploradas e privadas da educação, essencial para o equilíbrio do seu desenvolvimento”, respondeu a equipa.
Na altura em que a professora as incentivou a participar no concurso, as estudantes do 10º ano do curso Profissional e Multimédia estavam a dar o módulo sobre cartazes e publicidade. O trabalho foi realizado durante o período normal de aulas ao longo de cerca de um mês.
O trabalho original ficou em Bruxelas e as jovens tiveram de assinar um documento de cedência de direitos. O cartaz será usado em campanhas que a Comissão Europeia entenda fazer.
Durante os três dias que estiveram em Bruxelas as jovens tiveram a oportunidade de conhecer a cidade. Na bagagem trouxeram a experiência inesquecível, os troféus, um diploma e o orgulho de terem levado bem alto o nome de Portugal além-fronteiras.
O Concurso Europeu de Cartazes sob o lema “Desenha-me um Direito”, foi lançado em Portugal em Novembro de 2009, na Assembleia da República, no âmbito do evento do lançamento da Plataforma Comemorativa do 20º aniversário da Convenção e dos 50 anos da Declaração dos Direitos da Criança. A organização logística coube à OIKOS.
FONTE: O Mirante
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