“Depois do "Parobook", a rede social para desempregados espanhola, uma dupla de portugueses criou algo similar. O Desempregados.net pretende ser um espaço de reunião, na Internet, de pessoas desempregadas e de possíveis empregadores, para ajudar na difícil tarefa que é, hoje em dia, arranjar trabalho.
Por isso mesmo, o objectivo é, garantem os fundadores, "conseguir usar a força das redes sociais para aglutinar o maior número de pessoas que estejam numa situação de desemprego e todas outras que julguem poder contribuir para a causa". O serviço serve, igualmente, para "mobilizar e dar voz aos que têm poucos recursos", explicam Paulo Fernandes e Fernando Correia.
Para tal, espera-se que os utilizadores partilhem "oportunidades de emprego, negócios, part-time, histórias pessoais ou dicas", por exemplo. Há, inclusivé, um "sistema de anúncios de emprego", implementado "através de um serviço de classificados de uma startup portuguesa". Esse sistema já tem, para quem quiser consultar, "várias ofertas de trabalho". Também as empresas não foram descuradas. No Desempregados.net, as companhias com necessidade de encontrar alguém para suprir uma vaga, poderão "colocar as suas ofertas de emprego".
Espera-se, igualmente, criar um "espírito de solidariedade" na comunidade, para que todos partilhem "histórias de sucesso", ma
s também "os dramas que se vivem no dia-a-dia de um desempregado".
O projecto foi desenvolvido por dois amigos que, mesmo não estando desempregados, pretendem dar um "contributo para os que estão a passar por uma fase menos boa". "A ideia nasceu no seguimento de uma conversa em que partilhávamos as nossas preocupações sobre o actual estado da economia e os dramas que muitas famílias vivem em virtude de terem perdido os seus empregos", dizem.
O projecto ficou em standby por um ano. "Há cerca de um mês, decidimos pegar novamente no projecto e definimos o modelo de funcionamento. Queremos criar algo dinâmico, interactivo e, sobretudo, que sejam os utilizadores a criarem conteúdo e a ajudarem-se entre si", explicam.
Outro dos objectivos desta comunidade é "potenciar e estimular o empreendedorismo". "Em Portugal quase tudo está formatado para sermos empregados", entende Paulo Fernandes. O projecto espanhol, "directa ou indirectamente", influenciou a rede social portuguesa. “
In Jornal de Notícias, 02/05/2011
Partilho esta notícia inspiradora do Público que conta a história de três amigos (na foto), quadros superiores de uma empresa portuguesa, que se depararam com uma situação de desemprego perto da meia-idade, que conseguiram fintar com o seu espírito empreendedor e versatilidade. Após as dificuldades iniciais de acesso ao financiamento, os três empreendedores abriram uma cafetaria e ainda conseguiram inovar na massa dos queques, o que contribuiu para o seu ainda mais rápido sucesso…
“Emília Proença, de 52 anos, não queria acreditar que fora despedida das Páginas Amarelas, onde trabalhava há 27 anos no sector do marketing, num processo de despedimento colectivo. De repente, ficou sem saber o que fazer. “É um drama sentir que se é despedido”, diz ao PÚBLICO. “É um bocadinho como as doenças. Pensamos que só acontece aos outros e quando tomamos consciência que é connosco, ou paramos, ou lutamos.” (…)
Continue a ler sobre este exemplo encorajador em http://economia.publico.pt/noticia/das-paginas-amarelas-a-restauracao-ou-um-exemplo-de-como-dar-a-volta-ao-desemprego_1485919
O meu amigo e seguidor deste blog, Jorge Pires, mandou-me esta manhã um email, expressando a sua preocupação perante a notícia que leu hoje no Jornal de Notícias, “Desemprego dispara entre gerentes de PME”. Subscrevo integralmente esta preocupação, num país onde o empreendedorismo em termos legais e de protecção social não é, de todo, estimulado. É frequente que as falências de PME venham numa idade em que o seu Gerente dificilmente se consegue empregar no mercado de trabalho. Agradeço esta reflexão ao Jorge Pires e partilho-a de seguida.
“A partir da manchete da primeira página de hoje do Jornal de Notícias e seu desenvolvimento na respectiva página Web reflicto sobre a necessidade de haver subsídio de desemprego para o gerente que, normalmente, é o próprio empreendedor. Sem querer com isto fomentar a subsídiodependência sobre o escravizado Estado.
Num país, de acordo com estudos, em que há das maiores taxas mundiais de desejo de empreendimento de negócio próprio mas em que o risco associado inibe bastante essa iniciativa (mas já esteve pior), seria bom haver uma protecção social caso algo corra mal e resulte em falência. Essa rede de segurança poderia fazer aumentar a criação de empresas.
Afinal o empreendedor é quem mais arrisca e é quem indubitavelmente mais perde se o empreendimento não resultar bem. Os seus empregados podem ficar bem com as indemnizações a quem têm direito e o dono do negócio pode ficar com quase nada.
Naturalmente que terão de haver regras rígidas para esse subsídio de desemprego para evitar a fraude (que se constata por parte de alguns ex-trabalhadores por conta de outrem), mas suponho que seja só uma questão para os juristas trabalharem. Afinal Portugal era dos países que mais tempo demorava a formar legalmente uma empresa e, de repente, com o Simplex, passámos para o topo mundial da rapidez. Foi só usar massa cinzenta e criatividade!”
Conheça o artigo do Jornal de Negócios que originou esta reflexão:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1618454
Em Abrantes, Santarém, foram apresentados dez novos projectos empresariais ligados ao empreendedorismo rural, elaborados exclusivamente por mulheres. Os projectos foram apresentados à Tagusvalley- Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Vale do Tejo.
Os dez projectos tiveram o acompanhamento por três meses da incubadora Tecnopólo do Vale do Tejo, incubadora e serão dinamizados por 12 mulheres seleccionadas de um universo de 120, todas com habilitações ao nível da licenciatura, estando numa situação de desemprego e inscritas no Centro de Emprego local. As suas ideias de negócio foram consideradas viáveis e inovadoras pela incubadora liderada por Céu Albuquerque.
Os projectos empreendedores “em incubação” passam por negócios como ateliers de imagem, produção de óleos essenciais, academia de estudos, estufa de sistema hidropónico para plantação de morangos, atelier de arquitectura e paisagismo, entre outros.
Este é o segundo exemplo que partilho esta semana de iniciativas simples, mas inovadoras de desenvolvimento local- neste caso, empreendidas por mulheres.
FONTE: Lusa
Seria impossível ficar indiferente a uma das principais notícias dos últimos dias: o layoff de 984 trabalhadores da Rhode.
A administração da fábrica de calçado de baixo custo vai dar entrada a um processo de insolvência por, segundo afirma, não haver condições para manutenção da produção.
Os trabalhadores de Santa Maria da Feira regressam à linha de produção, munidos de incerteza e receio de ficarem desempregados. Pediram ao Estado que forjasse um comprador para a Rhode e, ao que parece, o Ministro da Economia apadrinha o plano. Os trabalhadores esperam que os dois meses de layoff permitam encontrar uma solução para o futuro da fábrica alemã.
Caso não se encontre um comprador para a Rhode, o destino mais provável destas 984 pessoas é a fileira cada vez mais longa do desemprego.
Se assim for, qual a solução? Penso que o layoff nestas situações, pode bem ser uma porta de entrada no empreendedorismo. Não me refiro a este layoff com leveza e não o desdramatizo, mas a verdade é que perante um obstáculo se encontra sempre uma oportunidade.Trata-se de pessoas com poucas qualificações, mas com uma enorme experiência de vida e vontade de trabalhar. Um micro-negócio local, eventualmente com recurso ao microcrédito (vide post de ontem), após detectadas as oportunidades regionais existentes pode ser uma solução. As competências adquiridas ao longo da vida por estes trabalhadores- costurar, cozinhar, cuidar de crianças e idosos, carpintaria, bricolage- podem ser o início do seu auto-emprego. Os laços fortes que criaram ao longo do tempo na Rhode podem ser um rede fiável de apoio numa nova fase da vida e podem até originar pequenas sociedades comerciais entre ex-colegas.
O empreendedorismo sénior tem exactamente estas características: seja “acidental” (como é o caso) ou planeado, aproveita toda a experiência biográfica, profissional e social dos empreendedores, que já têm uma longa e rica vida atrás.
A Portugal Telecom recebe diariamente 60 a 70 currículos de recém-licenciados segundo declarações de João Carvalho, Director de Recursos Humanos da empresa ao Jornal de Negócios (14/2/08). Apesar de tudo, quase todos estes currículos são de licenciados em direito, geografia, sociologia, antropologia social, história e literatura.
Da área de gestão, poucos são os currículos recebidos e de áreas técnicas (electrónica, telecomunicações, redes e informática, são praticamente inexistentes.
Dá que pensar...
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