« Luanda – O relatório “Entrepreneurship Monitor – GEM Angola 2008" será lançado hoje (quarta-feira), em Luanda, numa iniciativa da Universidade Católica de Angola e da Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), com o apoio do BFA.
Trata-se de uma análise entre o nível de empreendedorismo e o nível de crescimento económico em Angola, determinando as condições que fomentam e dificultam as dinâmicas de crescimento no país.
De acordo com os resultados da sondagem à população adulta, realizada no âmbito do GEM Angola 2008 (envolvendo 1500 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e 64 anos), Angola é um dos países mais dinâmicos a nível da actividade empreendedora.
Em 2008, a taxa de empreendedorismo foi de 22,7%, significando que pelo menos 23 adultos angolanos em cada 100 estiveram envolvidos na criação de novos negócios.
Esta taxa de Angola foi a quarta mais alta dos 43 países analisados pelo GEM 2008.
Relativamente às características da actividade empreendedora em Angola, destaca-se a elevada participação das mulheres (cerca de 25% da população adulta do sexo feminino está envolvida em actividades empreendedoras, em comparação com cerca de 20% dos homens).
O projecto GEM (www.gemconsortium.org) é o maior estudo de empreendedorismo realizado em todo o mundo. O primeiro estudo GEM, a nível internacional, foi desenvolvido em 1999, numa iniciativa conjunta entre o Babson College (EUA) e o London Business School (Reino Unido).
Tendo começado com 10 países, o projecto tem vindo a expandir-se e contou, em 2008, com a participação de 43 países, incluindo Angola, que participou pela primeira vez.»
in ANGOP - Agência Angola Press, 8/07/09
Estou a pensar em áreas onde Angola tem já hoje vantagens competitivas, ou onde as possa vir a desenvolver. Mas convém manter o focus, pelo que estou a pensar em cinco ou seis áreas estratégicos que proporcionem:
- O desenvolvimento dum sistema de incentivo à inovação
- A resposta a necessidades regionais, tendo em conta o contexto Global
- O apoio à investigação em áreas específicas
- A integração das capacidades intelectuais locais e regionais
- O apoio à implantação e desenvolvimento de empresas com forte valor acrescentado
- O apoio à educação de trabalhadores qualificados
Sob o ponto de vista regional, parece-me que o país tem um posicionamento geográfico e condições para desenvolver serviços diversos, nomeadamente nas áreas da logística e transportes.
A nível mais global, parece-me ter igualmente condições para criar áreas de especialização na agricultura avançada e na área dos recursos naturais e, porque não, na área da saúde (especializando-se por exemplo na investigação e combate a doenças da região, como é o caso da malária).
Quanto aos parceiros, penso que devem ser escolhidos os que, em cada área, dêem simultaneamente maiores garantias de competência técnica e de capacidade de implementação, o que pressupõe a capacidade de adaptação à realidade e aos recursos humanos locais. Para projectos de longo prazo, parceiros com visão de longo prazo!
A transição para a Sociedade do Conhecimento, na minha opinião, deverá ser feita apostando, em primeiro lugar, nas pessoas:
- Nas que vivem em Angola, às quais será necessário disponibilizar uma boa educação de base e formação profissional permanente
- Nas que Angola pretenderá atrair para aí se estabelecerem e desenvolverem actividades de alto valor acrescentado
Um desenvolvimento mais acelerado vai necessitar de “importar” gente qualificada, à semelhança do que continuam a fazer países desenvolvidos e em desenvolvimento. A começar pelos muitos angolanos que estudaram ou trabalham no exterior. Estamos a falar de professores, nomeadamente professores universitários, técnicos e gestores qualificados e mesmo cientistas em áreas de desenvolvimento prioritárias.
Assim, o investimento em infra-estruturas de base continua a ser necessário, afim de permitir uma melhoria da qualidade de vida aos angolanos em geral, bem como a todos aqueles que, vindos do estrangeiro, angolanos ou não, aí pretendem investir, estabelecer e desenvolver a sua actividade. Estou a pensar em áreas como a habitação, a saúde, a educação, redes de telecomunicações, caminho-de-ferro, portos e aeroportos, estradas, redes de energia.
Acredito que Angola tem potencial para se tornar um pólo de atracção muito forte a nível regional e, pontualmente, um pólo de atracção global.
Julgo, em primeiro lugar, que existe a necessidade de, através de road-shows locais, dar a conhecer o que é um Business Angel, qual o seu papel na sociedade e que vantagens traz aos empreendedores que queiram lançar o seu negócio, face a todas as outras possibilidades de financiamento.
Só com esta divulgação e consciencialização das comunidades locais, é possível começar o trabalho de criação dos Clubes de Business Angels regionais, compostos, por exemplo, por empresários ou gestores locais que estejam receptivos à análise e financiamento de projectos.
Mas, para um Clube de BA ser bem sucedido e activo é necessário trabalhar, não só no lado da “oferta”, trazendo investidores para o Clube, mas sobretudo, no lado da “procura”, desenvolvendo as diligências necessárias para que o Clube seja uma boa fonte de recepção de projectos, e para isso, é necessário uma forte ligação destes Clubes às Universidades, Centros Empresariais, Centros de Investigação, Incubadoras,…
A organização de um evento de grande dimensão, a nível nacional, que conte com a presença de representantes de países mais desenvolvidos neste sector pode também ser uma óptima forma de dar visibilidade a este conceito e mostrar o que de melhor se faz lá fora, onde muitos dos casos de sucesso que conhecemos tiveram origem no financiamento por BA (Google, Amazon, Body Shop, Skype,…).
Por outro lado, é de vital importância que se crie um enquadramento fiscal favorável a esta actividade, de modo a que o business angel, na hora de decidir entre diversas oportunidades de investimento, opte pelo investimento em start-ups. É assim que países como a França e o Reino Unido têm feito crescer, de forma incrível, a comunidade de BA e a possibilidade de aparecimento das futuras APPLE…
A introdução em Angola do conceito de Business Angel, bem como a criação de Associações regionais que colaborem na disseminação e promoção desta figura só traria vantagens a um país como Angola que está a viver um período inigualável da sua história pelos crescimentos registados na economia, ao longo dos últimos anos, e pela intensidade que está a possuir na atracção de investimento directo estrangeiro.
O desenvolvimento do mercado de Capital de Risco neste país não poderá passar só pela criação de Sociedades de Capital de Risco institucionais e por dotar os respectivos Fundos de enormes quantidades de capitais pois, caso não seja criado um verdadeiro ecossistema em torno desta forma de financiamento, corre-se o risco de os recursos financeiros desses Fundos e Instituições pura e simplesmente não seja investido, não ajudando, desta forma, os projectos dos empreendedores angolanos a avançarem.
Como é do conhecimento generalizado, a economia angolana assenta, nos dias de hoje, no petróleo e nos diamantes, tendo contudo um potencial enorme em diversas áreas, e estando a atravessar ao mesmo tempo uma fase de reconstrução de anos de guerra, onde os investimentos nas grandes obras publicas (estradas, escolas, saneamento básico,…) são preponderantes.
Neste contexto, urge dar a Angola e aos seus jovens quadros condições de financiamento para o desenvolvimento das suas ideias e do seu país, pela criação de PMEs inovadoras que, de outra forma, seria difícil serem apoiadas. Só deste modo será possível diversificar a economia angolana e sustentá-la no médio e longo prazo.
Angola e Cabo Verde,assinaram a Declaração de Intenções com vista a aprovar a constituição formal da WBAA.
Nesse sentido estou convicto de que, após a constituição formal da Federação Angolana de BA, esta venha ser admitida como membro da WBAA.
Neste contexto, porque não pode ter Angola a sua Federação de BA se, até esteve representada no Núcleo dos Países que acabaram por dar origem à WBAA?
Na minha opinião e por tudo aquilo que tenho vindo a referir, creio que o país só teria a ganhar, sendo um passo importantíssimo no apoio a projectos de jovens angolanos residentes, e não só, pois não nos podemos esquecer da diáspora angolana, nomeadamente os que estudam em Universidades um pouco por todo o mundo que, com as qualificações aí obtidas, poderiam ter mais um factor motivador para regressar ao seu país, desenvolver o seu negócio, e criar riqueza no seu país natal.
Inclusivamente uma das medidas que preconizei na reunião no Dubai foi a criação, no seio dos actuais países fundadores, de embaixadores que pudessem disseminar este conceito por países e regiões do mundo onde o mesmo ainda não está desenvolvido.
"Luanda – O primeiro Centro de Empreendedorismo do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) foi inaugurado hoje, quinta-feira, no município do Cazenga, em Luanda, pelo ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, Pitra Neto."
[...]
"A instituição tem como objectivo dar noções de empreendedorismo para o desenvolvimento das capacidades intra e inter empreendedoras dos empregados e dos empregadores, desenvolver uma bolsa de ideias e apoiar os utentes na
caracterização do negócio que pretende criar."
[artigo completo em ANGOP - Agência Angola Press 14/05/09]
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