Achei curioso o artigo de opinião de Inês Santos publicado no blog C4G que versa o ser-se ou não empreendedor nos dias que correm, com cinco dicas práticas e úteis.
“Hoje em dia ouve-se falar muito de empreendedorismo e inovação. Todos querem ser empreendedores e inovadores, mas será que sabemos ao certo o que isso significa? Será que qualquer um o pode ser? Ou só queremos ser porque é “giro” e está na moda?
Para mim, uma pessoa empreendedora é alguém inovador e original que possui as capacidades certas para modificar qualquer área do conhecimento humano. É uma pessoa que com o seu conhecimento e força de vontade consegue construir algo que não existia.
Portanto, no meu entender, qualquer um pode ser empreendedor, mas temos de ter uma coisa em conta, não é fácil e dá trabalho!” (…)
Continue a ler em http://c4gcoffee.wordpress.com/2011/01/21/ser-ou-nao-ser-empreendedor/
Partilho a notícia que encontrei no blog brasileiro “Empreendedorismo e inovação” sobre a empresa Buscapé, que lançou recentemente um concurso de ideias inovadoras, na área da tecnologia, com o objectivo de resposicionar a empresa face ao mercado online e refrescar a sua relação com os seus utilizadores. Um bom exemplo de intra-empreendedorismo e estímulo à inovação passível de ser aplicado noutros países e contextos.
“Na última terça-feira, a empresa Buscapé anunciou na Campus Party que vai lançar um concurso de ideias inovadoras de startups dentro de duas semanas. Ao todo, o vencedor ganhará o equivalente a R$ 1 milhão: terá 30% da sua empresa comprada por R$ 300 mil e receberá R$ 700 mil para investir em parceria com o Buscapé.”
Continue a sua leitura em http://flammarion.wordpress.com/2011/01/19/empresa-lanca-desafio-de-r-1-milhao-para-ideias-inovadoras/
Para uma Época Especial, uma Oferta Inovadora proporcionada pela Ortik, a empresa de que sou Co-Fundador e Business Angel e na qual deposito grande esperança de que a curto prazo possa deixar feliz todos aqueles que nela têm confiado.
Oferta de Natal Ortik - ficheiro .pdf (0,29 MB)
Saiba mais sobre a Ortik num artigo e entrevista do Diário Económico de 20 de Dezembro - ficheiro .pdf (3,67 MB)
Tenho defendido como empreendedor e empresário, que é extremamente importante inspirarmos os nossos colaboradores, pois a inovação e a optimização do produto/ serviço provém, frequentemente, deles. Este artigo da Revista Exame brasileira vem precisamente abordar este tema, dando exemplos concretos de empresas que aumentaram a sua facturação através de ideias de colaboradores, sabendo recompensá-los por isso.
“Como os empreendedores podem incentivarmos funcionários a dar ideias que ajudem a criar novos produtos, aumentar vendas e cortar custos.
Será que, se dobrar a aba desta caixa de papelão aqui, cabem mais produtos dentro? Mudar os horários de entrega não resolveria o congestionamento de caminhões no pátio? E não dá para fazer uma planilha que organize os horários dos motoboys?
Conforme uma pequena ou média empresa cresce, são os funcionários que passam a conhecer certos detalhes da operação. Por isso, chega um momento em que, sozinho, o empreendedor não consegue encontrar todas as respostas. A questão principal consiste, portanto, em como motivá-los a contribuir com sugestões de melhorias. "Os bons funcionários querem reconhecimento", diz Paulo Sérgio Quartiermeister, diretor do centro de Inovação e Criatividade da Escola Superior de Propaganda e Marketing, em São Paulo. "É preciso recompensá-los por boas ideias com algo concreto, como bônus ou outro tipo de prêmio." Veja como funcionam os programas de recompensas em algumas pequenas e médias empresas em que os funcionários colocam a cabeça para funcionar.”
Continue a ler em http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0030/noticias/inovacao-coletiva
Estudo “The Global Innovation 1000”, da consultoria Booz & Company, mostra que o essencial para as empresas é ser bom no que realmente importa, não em tudo.
Qual o segredo que permite a algumas empresas lançar continuamente produtos e serviços que, além de inovadores, são lucrativos e ter sucesso no mercado? O segredo é ser-se bom no que importa, não em tudo. É o que aponta a sexta edição do estudo “The Global Innovation 1000”, da consultoria americana Booz & Company, que analisa as mil empresas de capital aberto no mundo que mais investiram em investigação e desenvolvimento em 2009. Ao contrário do que o senso comum poderia supor, o volume de investimentos em I&D não é a garantia para uma estratégia vencedora de inovação. O que realmente importa, segundo o estudo, é alinhar uma combinação entre talento, conhecimento, ferramentas e processos, voltados para a inovação, com as directrizes gerais do plano de negócios da empresa. (…)
O estudo da Booz & Company revelou também que practicamente todas as empresas seguem pelo uma de três estratégias básicas para inovar: congregar os actuais e potenciais consumidores na criação de novos produtos e serviços; observar cuidadosamente os concorrentes e as tendências de mercado; investir em investigação e desenvolvimento, procurando resolver necessidades não atendidas dos consumidores através da tecnologia.
As competências envolvidas para colocar em acção estes três modelos são essenciais para o sucesso da estratégia de inovação das empresas. (…)
Leia o artigo na íntegra em http://cafeempreendedor.blogspot.com/2010/11/regra-de-ouro-da-inovacao.html
O Público hoje lança esta notícia, mostrando-nos que, apesar da crise e da incerteza, continua a haver inovação e empreendedorismo em Portugal! Esta notícia devia motivar todos os que a lessem…
“A Alemanha, o Luxemburgo e a Bélgica eram os únicos países da União Europeia com mais empresas com actividade inovadora do que Portugal, entre 2006 e 2008, segundo dados divulgados hoje pelo Eurostat.
Naquele período, Portugal teve 57,8 por cento das suas empresas a declararem práticas de inovação, um valor significativamente superior aos 52,2 por cento da Finlândia, aos 50,2, da França ou aos 43,5 de Espanha.
A Alemanha apresentava o valor mais elevado, com 79,9 por cento, seguido do Luxemburgo (64,7 por cento) e da Bélgica (58,1 por cento), segundo os dados do Sexto Inquérito da Comunidade à Inovação, conduzido pelo Eurostat em 2008.
No conjunto da EU, 51,6 por cento das empresas tiveram actividade inovadora naquele período. Dentre estas, 34,2 por cento cooperaram com outras empresas ou instituições, quando em Portugal foram apenas 28,4 por cento.
O inquérito abrange foi conduzido junto de um vasto conjunto de sectores, recolhendo informação sobre inovação em produtos e processos, bem como inovação organizacional e de marketing, e sobre “outras variáveis-chave”.
O Eurostat não divulgou dados mais específicos, pelo que não é possível dizer a quais destas componentes se deve a boa posição das empresas portuguesas.”
In http://economia.publico.pt/
Ao ler o artigo de Sérgio Malta, “Histórias de Inovação”, publicado no site da Globo- Economia, ocorrem-me uma série de pensamentos e ideias.
Muito se fala e se premeia a tão aplaudida inovação nos dias que correm. Inovação tecnológica, inovação social, inovação no produto, serviço…
Continuo a afirmar que, para mim, inovar não tem de ser necessariamente com novas tecnologias, grandes descobertas técnico-científicas ou
metodologias altamente complexas. Inovar pode ser simplicíssimo, pode ser apenas a incorporação de algo diferente num negócio pré-existente, de venda produto ou de prestação de serviços.
Portanto, inovar está ao alcance de qualquer um! A inovação pode tornar a empresa diferenciada da sua concorrência, gerando mais oportunidades. Isto é especialmente válido para as micro e pequenas empresas. Gostei muito dos exemplos dados por Sérgio Malta de empreendedores brasileiros que trilharam o caminho da inovação e que elucidam claramente sobre os vários modos de inovar:
- Uma professora brasileira e o seu marido, engenheiro, faziam brinquedos de madeira para os seus filhos como passatempo e, dado o sucesso que estes artigos tinham junto dos seus amigos, decidiram transformar o passatempo familiar num negócio. Investigaram bastante e hoje a Magoo Brinquedos comercializa brinquedos, caleidoscópios e telemóveis em madeira reflorestada, tendo como pontos de venda lojas de arte, livrarias, escolas e…já está presente no Reino Unido;
- O casal de dentistas proprietários da Clínica Dentária Consuldent ao perceber que uma sua paciente estava impossibilitada de se deslocar ao consultório, improvisaram um serviço de atendimento dentário ao domicílio, através da adaptação do equipamento existente no consultório. Este novo serviço singrou e os dentistas criaram um consultório odontológico portátil, que cabe numa mala de mão. O casal decidiu comercializar o equipamento e, actualmente, exportam-no para 25 países.
Como afirma Sérgio Malta, “não faltam exemplos” de inovação, nem no Brasil nem em Portugal. Seria perfeitamente possível continuarmos esta lista de histórias de inovação com exemplos de ambos os países.
É preciso que os empreendedores estejam atentos, actualizados e não tenham medo de perguntar quando não sabem. Afinal, o “Não!” está sempre garantido…
Termino com a seguinte mensagem: Inspire-se você também e faça diferente!
Os seguidores deste blog sabem o quanto acredito no potencial de projectos empreendedores desenvolvidos nas universidades, sejam elas onde forem- mesmo que seja em Portugal e fora de Lisboa.
Por este motivo, chamou-me a atenção a notícia publicada no DN (22/09) sobre um carro eléctrico- inovação eborense- de duas rodas à frente e uma roda atrás, portador de uma autonomia de 100km.
Para marcar bem a sua origem portuguesa, este carro até tem assentes forrados a cortiça…
Leia esta curiosa notícia aqui.
Apenas um terço das empresas brasileiras utiliza algum tipo de prática inovadora na sua gestão. Segundo dados apresentados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 33,6% das empresas são inovadoras e o nível de investimentos feitos pelo sector privado em Investigação e Desenvolvimento (I&D) está abaixo da meta estabelecida para o País. Em 2010, o dispêndio das empresas privadas em I&D deve alcançar 0,56% do Produto Interno Bruto (PIB), ante uma meta de 0,65% do PIB.
“O nível de envolvimento das micro e pequenas empresas com o tema ainda é muito baixo. A inovação deve ser prioridade número um dentro das estratégias das empresas, precisa de ocupar o papel central da indústria brasileira”, afirma o investigador de Estudos e Políticas Industriais da CNI, Rodrigo Teixeira.
Por outro lado, ressaltou, o apoio governamental em relação a outros países também é baixo e deveria elevar-se. Actualmente os incentivos fiscais e subvenções totalizam 0,16% do PIB. “Já é baixo, e se retirarmos o volume que é atrelado ao sector de informática, cai para apenas 0,05%”, afirma.
Numa palestra durante o XX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e XVIII Workshop da Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que se está a realizar esta semana em Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Teixeira defendeu, entre outros pontos, a simplificação e o melhoramento dos incentivos fiscais, além de uma melhoria dos marcos regulatórios relativos ao sector de inovação e tecnologia.
Engajement
O representante do governo federal no evento, o secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Rodrigues Elias, afirmou que os investimentos federais na área têm avançado e concordou que a alavancagem privada ainda é reduzida.
“Temos uma evolução crescente do orçamento do Ministério (o orçamento passou de R$ 1,9 bilhão em 2000 para R$ 7,9 bilhões em 2010), mas isso ainda não conseguiu incentivar o lado privado. É necessário que o sector empresarial participe do risco do conhecimento. O risco está em envolver o lucro neste processo, não contando apenas com recursos públicos. Não temos tido a mesma resposta, a mesma envergadura no sector privado”, afirmou.
O representante da CNI destacou como uma deficiência brasileira a falta de investimento em recursos humanos e em equipamentos e máquinas o que, segundo ele, compromete a competitividade. “Precisamos de cientistas e engenheiros. Dos brasileiros que têm nível superior, apenas 11% são cientistas e engenheiros. Na China, esse volume é de 39%. Na Alemanha, de 31%.”
Segundo o secretário, entre os desafios do País nos próximos dez anos está o fortalecimento da capacidade de inovação das empresas. “Temos hoje recursos e instrumentos eficientes para fomentar planos de inovação nas PME e fortalecer redes de pesquisa e inovação para o mercado brasileiro, como por exemplo, por meio do Sebraetec (programa do Sebrae que fornece consultoria para ajudar a introdução de conceitos de inovação nos pequenos negócios)”, afirma. De acordo com o secretário, é necessário que a cultura da inovação se introduza no sector empresarial e que os parques tecnológicos e as incubadoras possam ajudar fortemente na elevação dessa capacidade.
A CNI lidera a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) que tem por objetivo sensibilizar as empresas para que invistam em inovação e trabalhem junto do governo na melhoria das políticas públicas. O Sebrae é parceiro da entidade e tem a função de actuar na incorporação do tema inovação pelas micro e pequenas empresas. O conceito de inovação, segundo Teixeira, engloba inovação de produto, de processo, a organizacional, a tecnológica e de marketing.
Parques tecnológicos
O Ministério da Ciência e Tecnologia publica na próxima semana dois editais para incentivar a melhoria dos parques tecnológicos e incubadoras de empresas existentes no Brasil. O primeiro, com um volume de R$ 40 milhões, prevê investimentos nos 75 parques tecnológicos existentes no País – 25 em exercício. O segundo investimento, de R$ 10 milhões, será dirigido às incubadoras de empresas.
“Queremos promover melhorias nas estruturas para a investigação, além de aumentar a capacitação e melhorar a gestão nos parques e nas incubadoras. Queremos deixar uma estrutura de parques adequada para o próximo governo, deixar um projecto de longo prazo”, afirma Elias.
O Seminário, que será realizado até à próxima sexta-feira (24/9) em Campo Grande (Mato Grosso do Sul), é promovido pela Anprotec em parceria com o Sebrae. Com 670 participantes inscritos, tem como tema central o desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis. A Anprotec reúne 400 incubadoras em actividade no País, que contam com mais de 6,3 mil empresas. Juntas, elas faturam cerca de R$ 3,5 bilhões por ano e empregam 25 mil trabalhadores.
FONTE: Agência Sebrae de Notícias
Encontrei este post no blo brasileiro “Blog dos Empreendedores” e parece-me possui dicas interessantes e curiosas para chegarmos à inovação nas PME sem grandes investimentos. A inovação é vital para para garantir a competitividade das micro e pequenas empresas. Inovar é preciso, não só nos produtos e serviços, mas também nas estratégias de gestão e marketing, por exemplo. Recomendo a leitura deste breve trecho do consultor do Sebrae, Edson Pereira.
Novos horizontes
A dúvida é comum a milhares de pequenos empreendedores: Como alavancar a imagem e a credibilidade da sua empresa sem gastar muito? Para expandir os horizontes e conquistar novos clientes, o recomenda-se que vá buscar novos nichos ou serviços que sejam diferentes dos tradicionais (inovadores!). Veja a seguir alguns exemplos de como fazer isso:
- Ofereça atendimento a públicos diferentes: terceira idade, crianças, executivos, etc.;
- Melhore o atendimento prestado, oferecendo serviços adicionais aos clientes que atendam a todas as suas necessidades;
- Avalie os concorrentes e identifique os seus pontos fortes e fracos (e descubra como ganhar com isso);
- Trabalhe o diferencial que criou para que o mesmo seja evidente para o cliente;
- Faça um registo de potenciais clientes e selecione os mais promissores para fazer contactos;
- Elabore um portfolio da sua empresa com os serviços ou produtos que oferece, devidamente definidos por segmento;
- Agende visitas aos clientes para apresentar a empresa: faça o seu “corpo a corpo”;
- Faça um follow-up constante com potenciais clientes. Não deixe que eles se esqueçam de si e da sua empresa. Poderá enviar mensagens com novos pacotes de serviços ou fazer contactos telefónicos periódicos, tomando cuidado para não se tornar aborrecido, é claro.
Saiba mais em www.blogdosempreendedores.com.br
Partilho convosco este artigo, do qual encontrei informação no blog brasileiro conhecido como o “Blog do Marcelão” e que nos tráz uma nova leitura do tão mediatizado e celebrado conceito de inovação.
O livro recentemente lançado “The Other Side of Innovation: Solving the Execution Challenge” do consultor indiano Vijay Govindarajan, em co-autoria com Chris Trimble argumenta que a maioria das pessoas pensa que a inovação está intimamente relacionada com a geração de ideias quando, de facto, está mais relacionada com a entrega, pessoas, processos.
Face à escassa existência de investigação no campo de execução da inovação, os autores apresentam uma investigação real sobre este assunto ao longo da última década.
Para os autores, a geração de ideias está na extremidade direita do processo de inovação, sendo a sua parte enérgica e glamorosa. A execução, por seu turno, aparece no back-stage, é o trabalho duro sem o qual as grandes ideias não tomarão corpo, nem mesmo em start-ups.
Eis os 10 mitos sobre a inovação mais comuns referenciados pelos autores:
1. A inovação está totalmente relacionada com ideias: Este mito é bastante conhecido e se alguém ainda pensa assim, precisa de rever urgentemente os seus conceitos. A geração de ideias é apenas o início do processo. Trata-se apenas da ponta do iceberg. É claro que sem ideias, não é possível inovar, mas isso não é o suficiente. É preciso atenção, disciplina e recursos para que as ideias se transformem em verdadeiras inovações. É preciso muita constância de propósitos, pois inovar é um processo de risco que enfrenta sempre adversidades que podem levar a desistência da ideia inicial. Como diz o consultor Stephen Kanitz, não basta ter iniciativa (ideia), tem que se ter a “acabativa” (inovação);
2. Um grande líder nunca falhará ao inovar: Quando a ideia, que possibilitará a inovação surge, é preciso entender que o processo de execução não é nada simples. Haverá conflitos pela partilha de recursos com as operações em andamento. É o chamado “Dilema da Inovação”. Um líder, por mais empreendedor que seja, necessitará de apoio organizacional para enfrentar conflitos como este;
3. Os líderes inovadores efectivos são subversivos na luta contra o sistema: Líderes inovadores efetivos não são necessariamente aqueles que mais assumem riscos ou são mais rebeldes. A virtude principal de um líder inovador eficaz é a sua humildade. O que você quer é a integração com as operações do mundo real, não uma confusão indisciplinada e caótica. Deve-se, pois, procurar ter uma equipa equilibrada, desde que este não seja um equilíbrio estável, mas sim dinâmico. Afinal de contas, o equilíbrio extremo também é prejudicial e inovar também significa ter os pés assentes no chão;
4. Qualquer um pode ser um inovador: Este mito é bastante conhecido. Nem todos estão dispostos a correr riscos. Muitos simplesmente não têm o menor interesse em inovar. Preferem ficar nas suas zonas de conforto a ter que aumentar as suas zonas de esforço em busca de grandes inovações e realizações;
5. A inovação real acontece de baixo para cima: Qualquer iniciativa de inovação, independentemente do nível organizacional de onde ela tenha surgido, exige um compromisso formal de toda a cadeia administrativa. Além de exigir a atenção e os recursos patrocinados pelos executivos da alta administração, é preciso ter uma infra-estrutura organizacional que favoreça a experimentação e o aprendizagem com o processo de inovação. Não basta o apoio unicamente do tipo chuveiro (Top-down) ou do tipo bidê (bottom-up), é preciso apoio do tipo hidromassagem, vindo de todos os lados;
6. A Inovação pode ser incorporada dentro de uma organização já estabelecida: Está claro aqui o pensamento do consultor Vijay Govindarajan. Quem já assistiu a palestra sua, sabe que ele defende que é impossível gerar inovação descontínua competindo pelos mesmos recursos com operações contínuas que estão em andamento na organização. Segundo Vijay, a inovação descontínua é simplesmente incompatível com operações em curso. Ele defende que as equipas devem ser separadas de forma a dedicarem-se totalmente a esse processo(assunto do próximo mito);
7. Implantar a inovação requer uma mudança organizacional completa: O que se espera é que a inovação seja um alvo. Para isso é preciso respeitar as operações existentes. Uma abordagem que o consultor Vijay Govindarajan defende é que sejam utilizadas equipas dedicadas a estruturar esforços inovadores;
8. A Inovação somente ocorre em esforços isolados: A inovação não deve ser isolada das operações em curso. Deve haver uma conexão entre ambas. Quase toda a iniciativa de inovação de valor precisa de alavancar recursos e capacidades existentes;
9. A inovação é um caos incontrolável: Mais uma vez é importante analisarmos de forma separada o processo de geração de ideias e o processo de execução da inovação. A geração de ideias tem maior facilidade de surgir em ambientes caóticos e que favoreçam o surgimento da criatividade. O mesmo não pode ser aplicado ao processo de execução da inovação, pois é um processo que deve ser acompanhado de perto e cuidadosamente gerido;
10. Somente start-ups podem inovar: Aqui vem uma boa notícia para empresas mais antigas e que actualmente têm dificuldades em inovar devido a velhos vícios. Apesar de alguns empresários estarem convencidos de que só é possível inovar através da aquisição de start-ups, a investigação sugere que muitos dos maiores problemas que o mundo enfrenta só poderão ser resolvidos por grandes empresas estabelecidas.
Como podemos constatar através dos mitos acima apresentados, não existem respostas absolutas e definitivas no mundo empresarial e da
gestão. O processo de inovação requer constância de propósitos e estrutura organizacional que permita o surgimento e a execução da inovação, principalmente no que diz respeito a experimentação e o processo de aprendizagem, pois, como se advoga, é preciso tentar e se se errar, aprender e reflectir.
A palavra “Inovação” está na ordem do dia, no que se refere a produtos ou a serviços. Mas…e os processos? E inovar na gestão? Quem consegue inovar na gestão, normalmente, fica para a história- mas são muito poucos os que conseguem...
O Professor Gary Hamel, o meu Guru da gestão, parece-me o especialista mais indicado para reflectir sobre a inovação na gestão. Partilho e recomendo que vejam este vídeo (legendado em português).
Partilho com os seguidores deste blog o artigo de Emanuel Leite (na foto), pós-doutorado em Inovação e Empreendedorismo pela Universidade de Aveiro, professor na Universidade de Pernambuco e na Universidade Católica de Pernambuco e autor dos livros “O Fenómeno do Empreendedorismo Criando Riquezas (obra premiada), e “Empreendedorismo, Inovação de Empresas e Lei da Inovação”.
Identifico-me perfeitamente com as ideias-chave deste artigo e tenho-as não só defendido mas colocado na prática: formação em empreendedorismo, educação para o empreendedorismo na escola, legislação favorável à criação de empresas.
Emanuel Leite utiliza a mesma expressão que eu costumo utilizar para definir o empreendedorismo no século XXI, a era da comunicação global: revolução silenciosa. Em silêncio vai-se desenrolando uma mudança de fundo na economia. Em silêncio cada vez mais indivíduos decidem criar startups. Em silêncio vão alterando mentalidades, formas de estar e status quo.
Desejo a todos uma boa leitura!
“A criação do auto-emprego constitui um elemento essencial para vencer o fantasma do desemprego. Os empreendedores promovem a geração de empreendimentos que ofertam produtos/serviços, mas também representam um exemplo vivo de que é possível propiciar aos jovens a alternativa de ser um empreendedor ao invés de ser empregado. As novas empresas têm sido muito mais eficazes em aproveitar as novas oportunidades proporcionadas pelo avanço tecnológico onde seus empreendedores optaram não pelo primeiro emprego e sim pela primeira empresa consonância com as proposta da Lei de Inovação. A Lei de Inovação pode promover surgimento de uma cultura empreendedora e criar um ambiente favorável à implantação de um programa de Primeiro Emprego? Não. Primeira Empresa, como mecanismo de reforço do potencial espírito empreendedor, fornecer informação relevante e serviços de apoio, de modo a encorajar a criação e crescimento de start-up. Para que isso possa realizar a Lei de Inovação precisa reforçar acções na área da educação e a formação em empreendedorismo, facilitar a transferência de propriedade, rever a legislação relativa às falências e melhorar os procedimentos relativos ao cancelamento e reestruturação das empresas.
O número de indivíduos que desejam criar o seu próprio negócio cresce dia-a-dia.
O fenómeno do empreendedorismo vem se alastrando pelos quatro cantos do mundo, em ritmo cada vez mais alucinante. O candidato a empreendedor tem que vencer uma verdadeira corrida de obstáculos para poder concretizar o sonho de ser dono de seu próprio negócio.
Empreendedores não nascem, eles são formados e desenvolvem sua visão de negócios, sempre tendo em mente o objectivo de fazer o melhor, gerenciam o seu negócio de forma simples, eficiente e eficaz, porém, o sucesso é fruto não somente das práticas de boa gestão e sim de uma postura comportamental fundamentada no espírito empreendedor. Uma atitude mental positiva, firmeza de propósito, a consciência de que o objectivo de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes permitem ao empreendedor almejar o sucesso.
A proposta da primeira empresa, em lugar do primeiro emprego, tem um grande impacto no dia-a-dia dos jovens e permite entre outras coisas, tornar disponível uma grande variedade de bens e serviços para contribuir para qualidades de vida.
No entanto, apesar da visão de primeira empresa e não primeiro emprego ser algo importante para uma opção viável para o desenvolvimento da economia, a sua valorização nos mais diferentes sectores governamentais não é muito elevada, contudo com a Lei de Inovação espera-se uma mudança nessa percepção. Actualmente a “primeira empresa”, para além de sua importância em termos económicos e sociais, tem sobretudo, relevância como factor de desenvolvimento económico, social e cultural em uma sociedade que precisa muito mais de pessoas que estejam a correr riscos ao criar seu próprio empreendimento do que correr em busca de um emprego.
Há cada vez maior necessidade de empreendedores capazes de criar sustentabilidade no desenvolvimento económico, que trabalhem em prol da qualidade de vida o que torna a Lei de Inovação um instrumento imprescindível que isso seja alcançado.
Esperamos que a leitura deste texto, ao mesmo tempo em que discorre sobre empreendedorismo, desperte, no leitor, a força do espírito empreendedor, como opção de vida. O empreendedorismo será a alternativa profissional para muitos indivíduos no século XXI. Vivemos a Era do poder da informação, dos negócios on-line, da força das ideias audaciosas... E da sorte. A ideia é a nova moeda do mundo empresarial. Quem tem uma ideia, depara-se com duas opções: ou faz o que é necessário para colocá-la em prática, ou arranja muitas desculpas para não o fazer. Esta é única alternativa que pode fazer a pessoa se arrepender para o resto da vida. O empreendedor, criador de empresas, sabe que "tentar e falhar é no mínimo aprender. Não chegar a tentar é sofrer a perda incalculável do que poderia ter conseguido.”
Discorrer sobre o empreendedorismo no Brasil solicita uma visita por toda a história política, econômica e social do país. Fazer uma ponte com as revoluções económicas e sociais do mundo também é necessário. Mas, principalmente, é preciso olhar atentamente para o homem e para a mulher, o empreendedor e a empreendedora, para as mudanças, a emancipação, o desenvolvimento e as transformações por que eles (as) passam.
Falar de empreendedorismo é falar do ser humano e, por conseguinte, da capacidade nata que ele tem de se moldar, suplantar e transcender os limites impostos a ele. É encontrar uma saída, e diga-se, dos empreendedores, uma boa saída para os momentos de crise. É falar de conhecimento, inovação, sabedoria, visão, ousadia, coragem. É falar de ética, de novas possibilidades e caminhos por desvendar. Inovação, criação e experiência de novos saberes, desejos. É acima de tudo falar de futuro. É falar de opções, da possibilidade de se escolher que futuro se quer e que começa a ser planejado no hoje, no agora.
Como afirma Drucker: “tentar adivinhar que produtos e processos o futuro exigirá é um exercício fútil”. Mas é possível decidir que ideia se quer ver como realidade no futuro e construir uma empresa diferente baseada nessa ideia. Fazer o futuro acontecer significa também criar uma empresa diferente. Mas o que faz o futuro acontecer é sempre a incorporação a uma empresa da ideia de uma economia, de uma tecnologia, de uma sociedade diferente. Não precisa ser uma grande ideia; mas tem que ser diferente da norma vigente no momento. A ideia tem que ser empreendedora – uma ideia com potencial e capacidade para produzir riquezas, expressa por uma empresa produtiva, em funcionamento, trabalhando – e levada a efeito por meio das acções e do comportamento da empresa. Não surge da pergunta: Com o que vai se parecer a sociedade do futuro? Mas de que grande mudança na economia, no mercado ou no conhecimento nos capacitaria a conduzir a empresa da maneira que realmente gostaríamos, da maneira pela qual realmente obteríamos os melhores resultados económicos?
A trilogia dos E’s – Empreendedor, Economia e Empreendimento constitui a base filosófica do Primeiro Emprego? Não. Primeira Empresa, pois explica onde e como o empreendedor pode desenvolver o empreendedorismo, identificando suas características comportamentais para criar um empreendimento com sucesso e que fenómenos dentro da economia (mercado) podem gerar a identificação ou criação da oportunidade de negócio.
Urge incentivar o espírito empreendedor entre os trabalhadores do conhecimento para que se tornem empreendedores, criadores de riquezas. Poucos estudos se dedicam à análise da transformação de uma ideia em uma oportunidade de negócio, em um startup, "as indústrias do conhecimento elevado" (serviços profissionais, engenharia, consultoria e assim por diante). O desafio é propiciar aos trabalhadores do conhecimento condições para criarem suas próprias firmas para que sejam bem-sucedidos.
Inovação, criação e experiência de novos saberes, desejos. É acima de tudo falar de futuro. É falar de opções, da possibilidade de se escolher que futuro se quer e que começa a ser planejado no hoje, no agora. Tentar adivinhar que produtos e processos o futuro exigirá é um exercício fútil. Mas é possível decidir que ideia se quer ver como realidade no futuro e construir uma empresa diferente baseada nessa ideia. Fazer o futuro acontecer significa também criar uma empresa diferente.
Este trabalho é um estudo, uma reflexão acerca do empreendedor(a) do século XXI, seu surgimento, a relação emprego x trabalho e finalmente, a materialização de uma visão, e porque não do sonho, em uma oportunidade de negócio: o fenómeno do empreendedorismo.
A proposta Primeiro Emprego? Não. Primeira Empresa! Ajuda a despertar para uma revolução silenciosa que está a transformar o mundo: a revolução de conectividade, que nos leva a vislumbrar um mundo em que as pessoas estão no mesmo patamar - graças à utilização da tecnologia, que nivela as condições de competitividade entre os países e amplia a integração internacional.
ENSINO DE EMPREENDEDORISMO: ALÉM DO PLANO DE NEGÓCIO – A TRANSCENDÊNCIA DE UM SONHO EM UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO
Quando analisamos as regras que hoje ditam o mercado económico, percebemos profundas mudanças estruturais, conceituais e formais. O sistema de troca de produtos está cada dia mais inteligente, mais apurado, melhor desenhado e agregando valores e práticas diversas e porque não, universais. Vender hoje requer um nível de especialização e informação sobre o produto, o serviço e o cliente que nossos ancestrais jamais imaginaram. Conceitos nunca antes pensados pelos primeiros empreendedores e empresários fazem parte hoje do dia a dia da maioria das pessoas, em todo o mundo. Palavras como logística, satisfação do cliente, inovação e criatividade sequer faziam parte do dicionário dos antigos mascates. E essas mudanças provocaram o nascimento e/ou acomodação de padrões, posturas e possibilidades.
Possibilidade. É este o enfoque que vamos tratar, a partir de agora. Novos mercados, formas de gerência e a presença cada vez mais forte e firme de um novo elemento na economia global, o empreendedor, a empreendedora. Esta nova condição de empreendedor (a) promove mudanças na forma de gerenciar e promover os negócios mudando com isso, o mercado e, por conseguinte, a economia onde ele (a) está inserido (a). O importante agora é perceber que vivemos em uma nação onde há muito mais que violência, cerveja e carnaval. Aliás, esses temas estão sendo objectos de iniciativas, ideias e acções empreendedoras.
Pensar sobre do fenómeno do empreendedorismo requer um entendimento e uma análise da sua força motriz. Dessa forma destacamos dois elementos que são pilares na construção dessa nova modalidade de trabalho: a inovação, a partir do desenvolvimento tecnológico, e o processo de globalização promovendo o fim do emprego. Passamos da era onde se investia essencialmente nos produtos e no objecto da venda, para a valorização do humano. É o momento de se investir no capital humano.
A óptica muda de foco e os desejos e necessidades do cliente passaram a ser reconhecidos e analisados à exaustão. O lado subjectivo passa a ser o foco, pode-se dizer que os profissionais descobriram a importância de ver a organização de forma holística. Trabalha-se agora o conhecimento e não apenas o produto final, o objecto. É preciso sempre destacar que o propósito de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes, por isso é necessário ter em mente que a empresa tem que satisfazer os desejos e necessidades dos seus clientes.
Percebe-se claramente que os empreendedores devem ter uma verdadeira obsessão por ouvir e entender os desejos e necessidades dos clientes, reagirem rapidamente visando a atender às exigências dos clientes, terem uma estratégia de atendimento bem definida e inspirada no cliente. Podemos afirmar que os 5 P’s do empreendedorismo são: Paixão, Paciência, Prudência, Perseverança e Prática.
A rigidez da legislação trabalhista brasileira também vem contribuindo com grande força na promoção do empreendedorismo, por não possibilitar a flexibilidade nas contratações. Podemos destacar que no Brasil apenas um único modelo impera: aquele onde o trabalhador é obrigado a trabalhar oito horas diárias, com um mês de férias, 13º salário, indemnização por demissão e todo o resto. Em todo país com legislação trabalhista rígida há mais desemprego.”
Extraído de http://emanueleite.blogspot.com/
Na busca de respostas para a situação actual da economia, é de fundamental importância o papel desempenhado pelas novas tecnologias e pela capacidade de inovação. Três dos principais executivos do sector de tecnologia da Espanha e dois empreendedores importantes do continente africano, extremamente heterogéneo e em franco crescimento, participaram juntamente com Alberto Durán, CEO da Mundivox Communications do Rio de Janeiro e moderador do encontro, do segundo dia do Fórum de Ex-Alunos Globais da Wharton, em Madrid, ocasião em que integraram um painel intitulado Tecnologia e inovação: panaceia ou falácia?
Ao preparar o terreno para o debate, Durán disse num painel e numa discussão posterior que, embora a tecnologia e a inovação tenham ajudado a forjar a base para o crescimento da sociedade, foi a demografia que “mudou completamente a maneira como vivemos e está a criar imensas oportunidades e desafios enormes”. Exemplo disso são os 85 milhões de garrafas plásticas de água descartadas diariamente. “A quantidade de garrafas encontradas no meio do Oceano Pacífico é o dobro do tamanho do estado do Texas, mas ninguém fala disso”, observou. “É preciso vontade política para lidar com questões deste tipo. Hoje podemos criar instrumentos financeiros fantásticos para financiar bens imóveis, telecomunicações e outras indústrias. Por que não há instrumentos para financiar novas tecnologias para o plástico? É preciso que apareça alguém que diga: ‘Olhe, temos de fazer alguma coisa.’ É a vontade política que fará com que isso aconteça.”
Durán chamou a atenção também para os desafios que a economia global terá pela frente nas próximas décadas em virtude do crescimento demográfico. Embora 50% das pessoas vivam hoje nas grandes cidades e 50% no campo, nos próximos 30 a 40 anos 75% delas viverá nas cidades e 25% no campo juntamente com uma população mundial que cresce de maneira exponencial, “não na Europa, mas no resto do mundo, inclusive nos EUA”, disse.
Para María Garaña, presidente da Microsoft Ibérica, o debate actual sobre tecnologia e inovação deveria estar centrado na aplicação prática da tecnologia nas empresas e na forma pela qual essa aplicação contribui para a produtividade e competitividade. “Não é mais eficiente quem mais investe em tecnologia, e sim quem a utiliza para aumentar a produtividade”, disse. “Há ocasiões em que basta tirar proveito das ferramentas já existentes. Na verdade, trata-se de fazer uma análise em profundidade das possibilidades disponíveis para incrementar a produtividade. A produtividade é algo que se consegue produzindo mais e reduzindo custos.” E mais: “A tecnologia é fonte de economia para os negócios. É preciso pôr de lado a tecnologia em si mesma, os termos mais técnicos e fazer dos sistemas de informática ferramentas relevantes para as empresas e apessoas.”
Garaña apontou duas tendências que estão se estão a destacar na evolução da adopção de novas tecnologias nas empresas: “A primeira delas é o que chamamos de cloud computing. Não se trata de uma tecnologia nova, e sim de um novo modo de consumi-la que agrega flexibilidade ao negócio”, disse. A segunda tendência é conhecida como consumerização, que é a possibilidade de realizar as mesmas coisas por meio de dispositivos diferentes a qualquer hora e em qualquer lugar. “Não é fácil. Muitas empresas têm processos já em uso por toda a companhia. A tecnologia no mercado de consumo de massa desenvolve-se mais rapidamente do que sua adopção pelas empresas.”
Oportunidade e responsabilidade
Juan Antonio Zufiria, presidente da IBM de Espanha, Portugal, Grécia e Israel, disse que a crise precipitou e antecipou a necessidade de inovações tecnológicas, bem como a aplicação de novas descobertas para mudar o que já existe. “Temos agora de incrementar o nível de eficiência e de sustentabilidade da nossa sociedade”, disse, “temos a oportunidade e a responsabilidade de construir um mundo mais inteligente”. O mundo está “cheio de deficiências. Há cem anos atrás, apenas 16 cidades tinham mais de um milhão de habitantes. Actualmente este número já se multiplicou por 20. Contudo, a comunicação no mundo actual melhorou muito e há maior capacidade de análise, o que nos permite prever o futuro e melhorar as nossas cidades”, disse.
A própria IBM elaborou um projeto denominado Smarter Cities (Cidades mais inteligentes) com o qual procura corrigir as deficiências das cidades europeias através da tecnologia. Este ano a empresa destinará 50% dos seus recursos em investigação e desenvolvimento (I&D) para o projeto. Na Dinamarca, por exemplo, a empresa está a desenvolver um sistema através do qual os cidadãos poderão ter acesso aos serviços de saúde através da Internet, conforme já se pratica actualmente no segmento bancário. Em Estocolmo, as portagens são reconfiguradas automaticamente em função do tráfego automóvel, reduzindo em 25% os engarrafamentos, com um efeito dominó positivo sobre a diminuição dos gases de efeito estufa.
“Em Nova York, o número de crimes desveu em 20% graças a um algoritmo matemático que permite prever delitos. A energia, os transportes, a segurança, a saúde, os serviços públicos [...] têm deficiências e, portanto, oferecem oportunidades de negócio em vários segmentos da sociedade”, disse Zufiria.
Regino Moranchel, CEO da Indra, empresa espanhola de sistemas de informação, concorda com Zufiria e diz que as empresas de tecnologia têm uma “dívida”: a de redefinir a forma pela qual as pessoas partilham informações, o que permitirá transformar o mundo. Moranchel fez um balanço dos 80 anos de trajectória da multinacional. “Actualmente, é fácil ter acesso e partilhar a informação em tempo real. A nossa obrigação é redefinir a maneira como utilizamos e compartilhamos a informação para gerar valor”, disse.
Da mesma forma que Garaña, Moranchel preferiu deixar de lado a discussão técnica para se concentrar no valor que se pode agregar a um negócio. “Não há dúvida que inovar é fácil quando se conhece o problema, o modo de resolvê-lo e quem pode contribuir com a gestão do processo”, disse. “Cremos numa inovação centrada no cliente, de forma a que possamos compreendê-lo, conhecer as suas necessidades e, assim, anteciparmo-nos à concorrência”, disse.
O CEO da Indra insistiu, além disso, no valor do bom profissional dentro da empresa, um activo que considera “crucial”. “Sempre haverá profissionais mais talentosos fora do que dentro da empresa. Por isso, é importante a colaboração e a motivação para tirar o máximo proveito da equipa. Infelizmente, não há regras simples a seguir”, disse. Garaña lembrou que muitas tecnologias novas chegaram às empresas através dos seus funcionários, habituados a utilizar todo o tipo de dispositivos no seu dia-a-dia, acabando por requisitá-los também no seu ambiente de trabalho.
África: novos casos de empreendimento
Participaram também no debate Eric Kacou, diretor geral do Grupo OTF, empresa de estratégia e competitividade com sede em Ruanda, e Eva María, uma das fundadoras e CEO do Nairobi Color Creations Group. Ambos são exemplos deste surto empreendedor que está a ocorrer na África. Ambos expuseram a situação específica dos seus países. “São muitos, e cada vez aumentam mais, os casos de sucesso de empreendedores africanos”, disse Muraya.
Kacou atribui à mudança das políticas de apoio económico do governo de Ruanda o aparecimento de uma nova classe de empresários africanos. “Se há casos de sucesso, isto deve-se ao Executivo, que acreditou nos empreendedores. Graças a este pequeno passo, as exportações cresceram cinco vezes nos últimos dez anos. Não se trata simplesmente de pespegar e copiar o que fazem os outros países, e sim de criar coisas novas”, disse. Como exemplo, citou o caso de uma empresa do Quénia, a Safaricom (www.safaricom.co.ke), que realiza transações comerciais por meio de telemóveis. “Agora, a população do Quénia pode carregar o banco no bolso. A transacção não tem custos porque é feita pelo telemóvel.”
“Existe no continente africano um bilhão de pessoas, muitas delas bem jovens, porém, ainda assim a taxa de crescimento não é suficiente. É preciso fazer muito mais, porque a tecnologia avança rapidamente”, disse Muraya. A executiva de Nairóbi lembrou a evolução recente do seu país. “Em 2007, foi descoberta uma fraude no sistema manual de contagem de votos nas eleições que, infelizmente, acabou por gerar disputas internas. Houve mortes e um grave retrocesso nas empresas locais. Graças à implantação de um sistema de votação eletrónica nas próximas eleições, marcadas para 2012, nada parecido voltará a ocorrer”, disse.
Muraya dá sua receita particular para o empreendedor de sucesso. “É preciso capacidade de adaptação, bem como cultivar a paixão e não perder o foco do negócio. O empreendedor deve-se assegurar, além disso, de que o seu sócio é a pessoa certa, que partilha da sua visão e da sua energia.” Muraya faz referência ao papel fundamental que tiveram as microfinanças, “muito sensíveis às condições especiais da população situada na base da pirâmide” em África e noutras regiões ou países em desenvolvimento. Disse ainda que o modelo de microfinanças beneficiou mais as mulheres do que os homens, já que elas são melhores pagadoras e não se distraem tanto quanto os homens quando se trata de conquistar o seu objetivo empresarial.
Zufiria falou também sobre os bons profissionais disponíveis e disse que “com a chegada das tecnologias da informação, cresceu o seu peso. Em África, assim como na China e no Brasil, há muitos talentos. As mãos deixaram de ser importantes e foram substituídas pela capacidade de inovação. Há uma única solução, a tecnologia, mas é preciso ousadia e bons profissionais para que ela possa ser útil”, disse Zufiria. “No momento em que soubermos como oferecer um serviço que seja realmente útil à sociedade, sairemos do círculo vicioso e criaremos programas capazes de superar todas as barreiras”, disse Kacou. “Precisamos de mudar a forma de pensar e abrir a porta a novas ideias. Isto faz a diferença entre um líder e um seguidor”, concluiu Muraya.
“Se retomarmos a essência do significado da palavra inovação, encontraremos a resposta na nossa própria capacidade de empreender”, disse Zufiria. “Se há algo de positivo que se possa tirar desta crise económica é a capacidade de refletir e de voltar a discutir o fundamento das coisas. A inovação não é mais um gasto para muitas empresas, e sim uma alavanca necessária para a produtividade”, disse a presidente da Microsoft da Espanha.
Extraído do site http://www.wharton.universia.net
A Ryanair apresentou uma proposta, no mínimo original, que consiste em instalar ‘assentos verticais’ nos seus aviões para viagens de curta distância, algo que pretende fazer num período de dois anos.
Segundo o jornal ‘Daily Mail’, o chefe executivo da companhia aérea, Michael O’Leary, que falava no programa ‘How To Beat de Budget Airlines’ do canal britânico ITV, indicou tratar-se de uma iniciativa que faz parte de um plano para revolucionar os custos das viagens aéreas e alterar o comportamento dos passageiros.
O plano da low cost irlandesa, que está ainda dependente da aprovação da autoridade de aviação britânica (CAA), consiste em substituir as dez últimas filas de assentos por 15 filas destes novos lugares, nos quais o passageiro viaja em pé preso por cintos de segurança.
FONTE: Publituris
O Guia de Boas Práticas de Gestão de Inovação é uma publicação da COTEC Portugal que compila casos de boas práticas certificados segundo a Norma Portuguesa 4457:2007.
Lançado em Junho de 2010, o Guia de Boas Práticas de Gestão de Inovação utiliza o conhecimento e experiência de 24 empresas portuguesas para apresentar exemplos de boas práticas distintivas de cada uma delas e descrever igualmente, em termos gerais, os seus sistemas, bem como as mais-valias e dificuldades que sentiram durante o processo de implementação de um Sistema de Gestão de IDI.
Entre os casos estudados figuram empresas como a Ana Aeroportos, a Bial, Brisa, Efacec, Grupo RAR, Martifer Energy Systems ou Sonae Indústria.
Com esta publicação, a COTEC pretende disponibilizar às empresas uma ferramenta que contribua para a gestão sistemática da inovação, sendo também esta uma das formas de criar valor e contribuir para um desenvolvimento sustentável de Portugal.
Consulte o Guia de Boas Práticas de Gestão de Inovação através deste link: www.cotecportugal.pt/images/stories/iniciativas/DSIE/FaseII/guia_boas_praticas.pdf
O concurso relativo ao Sistema de Incentivos “SI Inovação” terminado em Janeiro passado, recebeu propostas de 229 projectos, com um investimento exigível de 646 milhões de euros, segundo a edição online do Jornal de Negócios.
De forma a corresponder a esta disponibilidade dos empresários em investir, os programas do QREN (COMPETE para as médias e grandes empresas e PO Regionais para as micro e pequenas empresas) reforçaram o “plafond” orçamental inicial de 176 milhões para 369 milhões de euros, refere o site, citando um comunicado do Ministério da Economia.
Para compensar este reforço orçamental, o Estado vai exigir às empresas que os projectos arranquem ainda este ano, realizando um investimento não inferior a 15%, adianta o online.
FONTE: Jornal de Negócios
Estando apenas há um mês no mercado, o site Cennarium conquistou mais de 13 mil utilizadores
Mais de 90% das companhias de teatro não possuem site próprio. Foi o que descobriu o presidente da empresa de medias sociais Nortik, o brasileiro Ari Fernandes, quando resolveu melhor compreender o mercado teatral. Outro dado que o impressionou veio do Ministério da Cultura do Brasil: 95% dos brasileiros não têm acesso a espetáculos teatrais.
Ao analisar tais números, Fernandes encontrou um nicho de mercado e desenvolveu o site Cennarium, que exibe peças de teatro completas pela internet e ajuda a divulgar os grupos teatrais. Antes de começar o negócio, no entanto, Fernandes procurou quem está por trás das cortinas, os artistas, e questionou-os por que havia tão poucos vídeos de espetáculos disponíveis na internet. “A maioria acreditava que fazer esse tipo de filmagem era muito amador e que o processo de gravação interferia na produção”, afirma Roberto de Lima, 46 anos, diretor-geral da Nortik.
Como convencer os artistas de que esta iniciativa poderia ter sucesso? Primeiro, com muitas reuniões e oferta de benefícios. Todas as companhias de teatro que cedem as suas peças para gravação e comercialização no site Cennarium ganham um espaço na página como forma de divulgação e também podem usar o site para colocar publicidade dos seus patrocinadores. Além disso, cada companhia recebe 50% da facturação obtida com a venda de ingressos virtuais. “No começo do projeto foi duro. Hoje só temos problemas com os grandes grupos de teatro”, afirma Lima. Algumas companhias de teatro oferecem exclusividade à Cennarium e, portanto, não é possível encontrar vídeos das peças noutros sites.
É hora do espetáculo... online!
Para ganhar a confiança das companhias de teatro, a Cennarium precisou investir no primor técnico das gravações, que são feitas com, no mínimo, cinco câmaras de alta definição e algumas câmaras móveis, que percorrem as laterais do palco em carris. Para manter a qualidade auditiva são utilizados microfones de alta captação como os dos campos de futebol.
Toda a parafernália electrónica possibilita que o espetáculo seja gravado sem interrupções e sem interferências na obra original. “Não colocamos luz de televisão e não atrapalhamos os actores com microfones de lapela”, afirma Lima. A empresa gastou, logo no começo, R$ 10 milhões com equipamentos, desenvolvimento e manutenção do site e, passado um mês, já tem registados 13 mil utilizadores.
FONTE: Revista PEGN
Foi lançado o concurso “ ISCTE-IUL MIT - Portugal Venture Competition”, resultante de uma parceria entre o ISCTE-IUL e o MIT Portugal, a Sloan Business School, o Deshpande Centre for Technological Innovation e o MIT School of Engineering.
O AUDAX, centro de empreendedorismo do ISCTE-IUL e responsável pela operacional desta iniciativa, concebeu um concurso inovador centrado nas necessidades do empreendedor tecnólogo. O Audax, tal como qualquer centro de promoção de empreendedorismo, acredita poder contribuir de forma positiva para a transferência de conhecimento e know-how em produtos e processos úteis à sociedade, capazes de responder a necessidades de mercado globais.
O ISCTE-IUL MIT - Portugal Venture Competition procura empreendedores vocacionados para as seguintes áreas:
1. Ciências da vida;
2. Sistemas sustentáveis de energia e transporte;
3. Internet e Sistemas de Informação;
4. Outros Produtos e Serviços.
O envolvimento dos promotores do projecto candidato será essencial para que se consiga atrair a atenção mundial para esta iniciativa e colocar Portugal no mapa mundial da inovação!
Saiba mais em www.mitportugal-iei.org.
Portugal foi o país europeu que mais progrediu no indicador relativo à despesa das empresas em investigação e desenvolvimento (I&D), segundo o último relatório do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), revela o Magazine Leiria Económica.
«Portugal subiu um lugar no ranking europeu de inovação, ocupando o 16º lugar à frente de países como a Noruega e a Espanha, fazendo parte do grupo de países moderadamente inovadores», realça o documento.
FONTE: Leiria Económica
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