Não posso deixar de partilhar esta interpretação que recebi através da Young Entrepreneurs Network:
«A protagonista da narrativa plena de sentido recriada por Tim Burton com base na história nonsense de Charles Lutwidge Dodgson, consagrado pelo pseudónimo Lewis Carrol, pode, a meu ver, ser vista como um símbolo do espírito empreendedor que, antes de mais, se actualiza na sua relação com a vida quotidiana.
Alice, uma adolescente plena de ingenuidade, na sua viagem mirabolante pelo seus sonhos, cai num buraco negro, espécie de locus sacratus de um ritual de passagem que a faz entrar num mundo mágico tão ilógico que gnóstico. Obstáculo negro que, convertido numa miríade de oportunidades de crescimento individual, a conduz, paulatinamente, à iluminação interior, levando-a a descobrir competências e capacidades que a si julgava alheias, sabendo adaptar-se às peripécias que a fazem assumir o Caminho delineado pelo Oráculo, mas, acima de tudo, por si aceite como missão, com base em valores nobres porque, essencialmente, altruístas.
O seu optimismo vivencial, a curiosidade que a move, a vontade de saber e ir mais além, a humildade que caracteriza essa busca mais interior que externa, fá-la metamorfosear-se numa heroína que, ao perder a sua ingenuidade, não se desvia, todavia, da sua inocência primordial, a que a faz lutar pelo que poderia parecer ilógico aos olhos da sociedade real que deixara para trás. É essa curiosidade quase infantil, essa capacidade de contínua auto-regeneração, esse apego a inexoráveis valores de berço, que a fazem passar do desejo à acção, materializando os seus sonhos.
Alice é, antes de mais, uma criatura assistémica, que contraria um destino burguês mediano auto-aniquilador em prol de um Caminho Redentor que a faz assumir-se, antes de mais, como pessoa pró-activa.»
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