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Quinta-feira, 21 de Maio de 2009
Portugal está mais competitivo mas com menos resistência para enfrentar a crise

 

De acordo com o World Competitiveness Yearbook, um relatório onde são posicionadas, em termos de competitividade, as economias de 57 países em todo o mundo, Portugal tem vindo a aumentar a competitividade da sua economia nos últimos três anos. Este estudo é realizado através da análise de quatro factores de competitividade distintos: desempenho económico, nível de infra-estruturas, eficiência empresarial e eficiência do Governo.

 

A melhor performance de Portugal foi ao nível das infra-estruturas e a pior foi ao nível da eficiência do Governo, com os custos dos despedimentos e a dívida pública a empurrarem a descida de dois lugares na tabela.

 

Vêr artigo completo in Jornal Público, 21/05/09

 



publicado por Francisco Banha às 22:49
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1 comentário:
De Zé da Burra o Alentejano a 22 de Maio de 2009 às 09:21
A Globalização, tal como foi concebida, passará o ocidente para segundo plano, que será ultrapassado pelos países do extremo oriente: a China e a Índia serão as novas superpotências. O Ocidente caiu na armadilha que interessava às grandes Companhias que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente, onde o custo da mão de obra é insignificante para o estabelecimento do preço dos bens aí produzidos, em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Porque esses bens se destinavam principalmente à exportação para o ocidente; e como o ocidente tem vindo a perder poder de compra, a crise ocidental acaba por tocar também as novas potências orientais. Porém, a crise é aí apenas um menor crescimento económico: há poucos anos era de dois dígitos ao ano e agora deverá ficar-se por 6 ou 7% e isso é muito diferente da recessão ocidental que não tem fim à vista.
Ao aderirem a esta globalização que - nos dizem - seria inevitável (como se o mundo não existisse antes), os países ocidentais prometeram que as suas economias se tornariam mais robustas e competitivas (não sei bem como?) e não condicionaram a abertura dos seus mercados ao cumprimento de regras ambientais e à criação de leis laborais justas: melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice. Não, o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação sem condições, criando com isso uma concorrência desleal e “selvagem” da qual sairá a perder. A única alternativa seria a de nivelar os salários e regalias sociais dos ocidentais pelos do oriente. É a esse reajustamento que os ocidentais assistem agora.
O ocidente ditou a sua própria “sentença de morte”: enquanto algumas empresas não resistem e fecham as portas para sempre, outras deslocam-se para o extremo oriente para assegurar aí a sua sobrevivência.
Quanto aos trabalhadores, será que depois de terem atingido um razoável nível económico e social vão aceitar trabalhar 10 ou mais horas por dia a troco de um ou dois quilos de arroz por dia, sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por isso o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. A Segurança Social não poderá suportar o esforço nem minimizar os problemas que irão crescer sempre, até porque as receitas serão cada vez mais reduzidas, devido a menores contribuições por parte das empresas pelos incentivos (inúteis) que lhes estão a ser oferecidos e também menores contribuições dos trabalhadores devido a mais desemprego. A época áurea do ocidente é já coisa do passado, que em breve se encherá de grupos de salteadores desesperados, sobrevivendo à custa do saque.
Regressaremos a nova “Idade Média”, se é que poderei chamar assim: A sociedade passará a ser formada por uns (poucos) muito ricos - alguns por via do crime - que habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções, e que apenas sairão à rua rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; haverá, em simultâneo, uma enorme mole de gente desesperada, de mendigos e de salteadores que lutam pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida quando em grupos, pois as ruas serão cada vez mais dominadas por marginais, ficando as polícias confinadas aos seus espaços e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir
Os dois maiores partidos portugueses (PS e PSD) estão amplamente comprometidos com este tipo de políticas neo-liberais e os Governos deles saídos trocaram sectores essenciais da economia portuguesa por alguns milhões de euros (que já se gastaram) e pelo megaprojecto da Autoeuropa, cuja deslocalização já se coloca como hipótese.


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