Com 10 anos de existência, a Chipidea, empresa tecnológica portuguesa fundada por uma equipa de engenheiros liderada por José Epifâneo da Franca, foi comprada pela americana MIPS Technology por um valor superior a 100 milhões de euros. O grupo de Sillicon Valley vai pagar 147 milhões de dólares em dinheiro e cerca de cinco milhões de dólares em acções suas cotadas no Nasdaq.
O negócio cria o segundo maior grupo mundial no design de semicondutores, com 15% a 20% do mercado, e o fornecedor número um de IP analógico. Aliás, a tecnologia analógica, na qual a Chipidea criou um know-how único numa empresa independente, foi a principal motivação para a compra, explicou ontem o presidente executivo da MIPS, John Bourgoin, na sede da empresa portuguesa, no Tagus Park. Mesmo sem sinergias, o negócio criará valor, dada a elevada complementaridade das duas empresas. A MIPS concebe semicondutores de tecnologia digital. O novo grupo, em que a Chipidea se mantém como uma unidade de negócio autónoma, terá um portfólio único de tecnologia ao nível de design de semicondutores que são usados em vários interfaces da electrónica de consumo. A aposta é que estas componentes, hoje produzidas integradamente em grandes empresas a custos mais elevados, passem a ser fornecidas pelo grupo.
Epifâneo da Franca, que se manterá à frente da operação da Chipidea, admitiu que a venda da empresa, cujo forte crescimento tem sido financiado por capital de risco, era o cenário certo, a prazo. Mas, acrescentou, os investidores só exigiam o retorno do capital daqui a dois anos. E apesar de ter havido outra ofertas no passado, esta era "foi oportunidade que fez sentido". O novo accionista vai manter os planos de expansão da Chipidea e o centro operacional em Portugal, onde estão mais de 100 das 310 pessoas.
in Diário de Notícias (28/08/07)
Para ver o press release divulgado pela empresa consulte: Chipidea
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