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Quinta-feira, 8 de Abril de 2010
Empreendedorismo e inovação low cost: os Fab Labs

A leitura deste artigo que agora partilho convosco foi-me recomendada pelo meu amigo Jorge Pires. No programa “Falar Global” da SIC Notícias abordou-se o conceito dos Fab Labs, que se espera que surjam em Portugal no Verão. Os Fab Labs são acessíveis a todo o cidadão, constituindo-se numa ideia interessante de inovação e para empreendedorismo low cost.
 
Desperte o Einstein que há em si

 

 

Chamam-se Fab Labs e têm o poder de transformar ideias em projectos materializados a baixo custo, sejam eles brinquedos, softwares ou próteses de membros humanos. Apresentados pelo seu criador, Neil Gershenfeld, do MIT, o conceito parece proveniente de uma outra galáxia mas, a partir deste ano, vai concretizar-se em Portugal com os apoios do QREN e do Plano Tecnológico, ficando ao dispor de todos os cidadãos

Foi numa conferência organizada pelo IAPMEI, denominada “Fab Labs Portugal – A inovação ao alcance de todos” que o conceito dos Fab Labs foi apresentado e discutido, na óptica da sua implementação em Portugal. A explicação dos conceitos inerentes a estes laboratórios esteve a cargo do seu criador, o Professor Neil Gershenfeld (na foto), do Center for Bits and Atoms pertencente ao Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Baseado no conceito do Star Trek Replicator – no universo ficcional de Star Trek, um “replicador” é uma máquina capaz de criar (e reciclar) objectos – os Fab Labs são centros de prototipagem rápida, cuja tecnologia está aberta a todas as pessoas que tenham uma ideia e que a queiram ver concretizada num objecto. Estes “Fabrication Laboratories” pretendem que uma comunidade local de “pessoas comuns” possa ter acesso à inovação, à descoberta, à criatividade e ao empreendedorismo. Estes laboratórios, como o seu nome indica, são de fabrico local e neles é possível desenvolver-se novos produtos, softwares e serviços que, consequentemente, dêem origem à criação de negócios e emprego através do despertar da capacidade individual.

 

Ao funcionarem em rede, todos os Fab Labs utilizam software open source e maquinaria de ponta para prototipagem rápida de corte a laser. As instalações são constituídas por vários tipos de máquinas, mas também por ferramentas de gestão de conhecimento que possibilitam a partilha global e eficiente de informação entre laboratórios. O custo de um laboratório destes ronda os 35 mil euros. Apesar de ser uma quantia acessível em termos de orçamento, como afirma Gershenfeld, “é necessário que haja uma cultura científica e inventiva capaz de tornar estes laboratórios sustentáveis em termos financeiros”.

 

O conceito destes laboratórios prevê uma abordagem educativa, baseada na necessidade de devolver às pessoas o conhecimento pela experiência e pela prática. Um Fab Lab pode acolher uma diversidade de projectos, desde os mais simples desenvolvidos por crianças, que numa tarde constroem um porta-chaves, aos mais complexos, como casas (até uma determinada dimensão), chips, mobília, entre outros. O que estes laboratórios precisam são de instrutores que dominem a tecnologia para que possam ajudar qualquer pessoa que queira ver a sua ideia transformada num objecto. Porém, se estes não conseguirem ajudar, como os Fab Labs funcionam em rede, outros inventores de outros Fab Labs espalhados pelo mundo poderão dar uma ajuda. Um exemplo desta prática foi dado pelo professor Neil que contou a história de uma rapariga de oito anos do Gana chamada Valentina que não largou o Fab Lab enquanto não acabou de construir um sensor. Outro exemplo dado pelo professor foi o modo como a utilização destes laboratórios no fabrico de computadores de baixo custo pode contribuir para o desenvolvimento económico e tecnológico de uma região (neste caso na África do Sul), ou seja, em vez da produção em massa de computadores de 100 dólares, são construídos computadores que servem de terminais de internet com um custo de 10 dólares para uma utilização local.

 

Actualmente, existem 40 Fab Labs instalados em locais tão diferentes como a Noruega, a Costa Rica, os EUA, a África do Sul e Jalalabad (no Afeganistão), demonstrando como a revolução digital pode permitir o aparecimento de novos produtos, que funcionam como soluções para as necessidades imediatas das populações, incluindo as mais carenciadas, devolvendo aos indivíduos a capacidade real de criar o que realmente precisam

 

Instituições Motivadas


Organizações como o IAPMEI, a YDreams, o Instituto da Propriedade Industrial, a Câmara Municipal de Lisboa, a Fundação para a Ciência e Tecnologia, em conjunto com o homólogo português do MIT e com um gestor do QREN (financiador do projecto em Portugal) estiveram presentes nesta conferência, demonstrando o seu grande interesse em apoiar a instalação da rede de Fab Labs em Portugal. O Professor Neil Gershenfeld aproveitou para dizer na sua intervenção que bastariam as instituições presentes naquela sala de conferências para pôr em prática este programa.

 

Foram vários os organismos que mostraram interesse na adesão a esta associação, como Câmaras Municipais, escolas profissionais, a Fundação da Juventude, entre outros, mas a YDreams ambiciona que mais agentes adiram a este projecto para que , em Março deste ano esta associação esteja criada e dê o pontapé de arranque para instalação da rede de Fab Labs em Portugal.

 

FONTE: Ver (artigo completo)



publicado por Francisco Banha às 10:30
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